"Ele ainda era muito jovem para saber que a memória do coração elimina o mal e amplia o bem, e que graças a este artifício conseguimos suportar o fardo do passado."
O amor em tempos de cóleraO Ohm entra na cozinha me olha e suspira, vem até mim e tira o celular da minha mão.
- Lembra quando você falou sobre chegar aos 60 antes dos 30? Você vai me fazer chegar aos 60 antes dos 30 se continuar com essa militância.
Eu seguro a sua cintura e puxo ele pra mim, essa conversa é inútil, então é melhor nem começar.
- Se me lembro bem essa conversa acabou com uma maratona de 24h, que na verdade durou seis horas antes de você dormir.
- Não fale isso como se fosse algum crime, você acha que é fácil te acompanhar? Já falei que não sei de onde você tira tanta energia.
- Eu armazeno energia para usar no momento certo e por falar nisso.
Eu abraço o seu pescoço, como o banco do balcão é alto eu apenas preciso me esticar um pouco para conseguir beija-lo. Ele segura as minhas duas pernas e aperta, levanta elas levando até a sua cintura, pega nas minhas coxas quase na altura da bunda e com um impulso ele me tira da cadeira.
- Ohm!
Ele me beija e anda comigo, eu seguro firme no seu pescoço até ele chegar na mesa, quando ele me senta nela se afasta e começa a tirar a roupa, coloca uma camisinha, se aproxima e faz eu me deitar.
- Ohm, não inventa, a mesa não vai aguentar.
Ele sorri e começa a tirar a minha calça.
- Será que ela não aguenta o abalo?
Eu dou risada.
- Idiota!
Ele levanta a minha camiseta e eu termino de tirar, então sobe na mesa.
- Ohm...
- Ela aguenta, fica tranquilo.
Ele levanta as minhas pernas e beija o meu pescoço, eu começo a me concentrar na sua boca e esqueço de todo o resto. Ele me penetra e começa com aquele velho ritmo, rápido, lento, rápido novamente, a mesa começa a balançar quando ele se movimenta e sei que temos que parar, mas eu estou quase lá, ela só tem que aguentar mais um pouco. Ele começa a gemer alto e acelerar, segura o meu pênis e me masturba enquanto me fode. Se ajoelha, levanta as minhas pernas mais ainda e mete com tudo, eu seguro o meu pênis e continuo me masturbando.
- Nanon...
- Ainda não.
- Nanon!!!
- Ainda não!
- Nanon!
- Goza!
Ele mete com tudo, nós gozamos, a mesa vai para frente, para trás e cai ficando presa nas cadeiras, ele se levanta em um pulo e me ajuda a descer. Eu olho para a mesa e para ele, que faz cara de culpado.
Eu suspiro, seguro a sua mão e subo as escadas, não temos tempo para isso agora, temos que ir provar os ternos do casamento.
Chegamos na loja que fica em uma área mais reservada da cidade e o vendedor nos leva até os provadores, ele sai, retorna com os ternos que o Ohm encomendou e nós entramos na cabine. Quando saio do provador o vendedor está fazendo algumas marcações no paletó na altura da sua cintura do Ohm, ele me olha, primeiro sorri e então uma lágrima cai do seu olho, o vendedor olha para ele e para mim, sorri e sai. Eu vou até ele e limpo a sua lágrima.
- Porque você está chorando?
- Você está lindo com essa roupa.
- Ohm, você já me viu de terno inúmeras vezes, brancos inclusive.
- Mas nunca foi o terno que você vai usar no nosso casamento.
- Faz diferença?
- Faz toda a diferença, Non.
Eu limpo mais uma lágrima e o beijo, prevejo que vou ficar preocupado com ele chorando o casamento inteiro.
- Você gostou?
- Eu adorei, está perfeito, você é perfeito!
Eu reviro os olhos e beijo ele mais uma vez, me afasto e olho pra ele.
- Você tem certeza que vai ajustar o seu?
- Porque?
- Você está malhando e ganhando peso para a série, até lá você não vai estar com mais músculos?
Ele pensa um pouco e acena.
- Você tem razão.
Ele conversa com o vendedor, eles decidem ajustar os ternos na semana de casamento, porque eu também tenho problema em manter o peso de acordo com a quantidade de trabalhos e o casamento vai ser um pouco depois do lol e da divulgação da minha nova música, então provavelmente eu vou perder peso. Depois que saímos vamos direto para Pai, o Ohm acha que vamos conseguir visitar as floriculturas da região amanhã, temos que voltar no domingo de manhã para as eleições.
Chegamos no hotel ele desce pegar as chaves, volta para o carro e vamos para a nossa cabana, ele já tinha deixado reservada.
- Eles avisaram que a primeira cabana está ocupada, é a mais distante da nossa, mas eles acharam melhor avisar.
Eu olho para ele e sorrio.
- Isso quer dizer sem sexo no rio?
- Isso quer dizer sexo muito silencioso no rio.
Eu reviro os olhos e dou risada.
Estacionamos atrás da cabana, pegamos as nossas malas e entramos, o Ohm pega a minha mão, me leva para fora e vamos até a rede que fica em frente ao rio, ele deita no meu colo eu fico passando a mão nos seus cabelos. Ele me olha e sorri.
- Parece que estou tendo um déjà vu.
- Deve ser uma falha na Matrix.
- Você é muito nerd.
Eu dou de ombros.
- Você entendeu a referência.
Ele sorri e olha para a frente.
- As vezes eu ainda não acredito que isso realmente está acontecendo.
Ele me olha e o seu olhar enche de lágrimas .
- Nós vamos mesmo nos casar.
Eu olho para ele e também tenho um déjà vu dele há muito tempo atras quando estavamos nessa mesma rede eu prometi a mim mesmo que um dia eu ia fazer ele se ver como eu o vejo, ainda temos um longo caminho, mas temos a vida inteira para trabalhar nisso. Eu me abaixo, beijo ele e brinco.
-Então senhor Ohm Pawat, me fale sobre você.
Ele da risada, limpa a garganta e diz:
- Olá eu sou Pawat Chittsawangdee, conhecido também como Ohm Pawat, eu tenho 23 anos, 1,83M, sou ator da GMMTV. Nasci em Bangkok. Me formei em cinema e midia digital na Faculdade de Inovação em Comunicação Social da Srinakharinwirot University. Comecei a trabalhar nessa indústria em 2016, tenho feito alguns filmes e séries desde então. Estou aqui hoje porque quero que tudo no dia mais importante minha vida seja perfeito, porque vai ser quando o homem mais incrível do mundo vai olhar nos meus olhos e dizer sim para mim. É isso. Obrigado.
Ele levanta a cabeça e me beija, primeiro o meu queixo e então a minha boca, eu fico apenas olhando para ele. Ele sabe o efeito que esse tipo de coisa que ele fala de repente ainda tem em mim e faz de propósito. Ele da risada e pergunta.
- O que, não ficou bom?
- Ficou perfeito! Você é perfeito!