🌪
— Aonde você estava? — Parei assim que ouvir a voz do meu pai.— Na casa dos Rimmer's. — Respondi não querendo discutir a uma hora daquela.
— Está mentindo? — Ouvi seus passos e me virei recuando um.
— Não.
— Sabe que fiquei esperando você aparecer a tarde inteira não sabe? Porra James, era um jantar importante e prometi que você estaria nele! — Ele esbravejou, sua voz ecoando pela aquela casa fria e vazia um reflexo de nós dois.
A tarde tinha sido agradável demais eu devia esperar que algo me atingisse mais tarde.
— Não é como se isso fosse um problema, promessas vazias é a sua especialidade Jorge. — Sei que não devia, mas não tenho mais medo dele.
Nunca mais eu teria.
— Oque disse? — Seus passos firmes e decididos me fez retirar as mãos do casaco húmido pelas gotas da piscina de horas atrás. — Repita mais uma vez seu drogado de merda!
Eu realmente não sei como suas palavras ainda me doem, depois de tanto tempo eu devia está imune certo? Errado, porque não importa quantas vezes ouvimos palavras que nos machucam nunca nos acostumamos com a dor de ser machucado.
— Eu. Falei. Pra você repetir! — Esbravejou segurando minha camisa, sua respiração batendo contra meu rosto e olhos que ainda me causava calafrios. — Não consegue né? Você é um convarde, um idiota mimado a sua mãe teria vergonha de você.
Segurei seu pulso com raiva que emanava por todo meu corpo.
— Não fale da minha mãe, não ousa falar dela! — Digo entre dentes. Ele não merecia, não era digno nem de lembranças.
— A verdade dói, sei bem disso. — Ele continuou falando. Puxei o ar que me restava e tentei me soltar sem ter que usar a força. — O Jhonata conseguiu ser muito mais filho pra mim doque você.
Porra, porra, porra!
Tentei manter minha respiração em um ritmo normal, em um que não fizesse meu peito doer.
— O Jhonata é só um lembrete de quem você realmente é. — Suas mãos em meu pescoço foi tão rápido que nem mesmo tive tempo de me defender do seu soco.
Meu rosto inclinado para o lado e lágrimas quentes brotando em meus olhos, dessa vez não de medo mas ódio. Quando o homem que dizia ser meu pai direcionou seu punho mais uma vez em direção ao meu rosto eu o segurei, seu corpo tremia e seus olhos transtornados.
— Não vai encostar em mim! — O empurrei uma vez. — Nunca mais vai tocar em mim papai, não sou mais a criança em que você descontava suas frustrações. — O empurrei pela segunda vez fazendo o mesmo cair derrubando o vazo, o vazo favorito da minha mãe.
Recuei ainda com os olhos nos cacos.
— Você sempre dá um jeito de destruir tudo! — Suas palavras ecoaram em minha cabeça.
— Oque está acontecendo aqui? — Meu irmão apareceu nos olhando, quando ele viu seu pai ao chão correu para o ajuda-lo. — Que merda você fez James, você bateu nele?
Eu não respondi, não importava oque eu dissesse ele não acreditaria. Então com a sensação de dormência no corpo subi as escadas quase em tropeços, empurrei a porta e fui até a gaveta da cômoda.
— Onde está? — Minha respiração falhou. — Onde está a porra dos comprimidos? — minhas meias agora estavam no chão junto com algumas roupas. Encontrei a que estava pesada e derramei os comprimidos sobre a cama.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ao som do desejo.
RomanceTrilogia Hurricanes. 🌪 Segundo livro. James Burton membro da banda Hurricanes sempre viu seus amigos como sua família depois da morte da sua mãe. Com o sucesso da banda e o breve fim do ensino médio James agora tem que lidar com um novo sentiment...