Ao som do desejo.

27

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— Que filho da puta! — Kitty praguejou claramente chocada.

Respirei fundo sentindo-me constrangida.

— Eu lembro dele no primeiro ano mas, não sabia que ele era assim. Que ridículo. — Sophie comentou. — Sinto muito que tenha passado por isso.

Eu me levantei.

— Eu também sinto, mas já passou certo? Não vamos ficar remoendo o passado.— Fui até o espelho e Pisquei várias vezes para afastar qualquer tipo de sentimento que fosse estragar minha noite, já estava nervosa o suficiente ao está indo para a cova dos leões. 

— O James foi um fofo com você. — Kitty disse sua tela travando um pouco.

— É ele foi, sempre é. — Confessei. — O melhor amigo que uma garota podia ter. 

— E porque esse tom de voz? — Sophie perguntou.

Estalei a língua.

— Ser atencioso demais, fofo demais e ter um rosto bonito como aquele é um problemão. — Eu disse encarando seus olhos azuis e redondos. — Sem contar naquele físico de atleta. — Molhei meus lábios secos.

Uma risadinha que veio das duas.

— Ah, entendo. Fica difícil resistir ao charme dele. — Ela concluiu.

— Então não resiste, Que mal tem nisso? Já vi muitos filmes e li muitos livros em que melhores amigos se tornam namorados pro resto da vida.— Kitty disse empolgada. — Embora também já tenha visto amizades que foram arruinadas por certas aproximações.

Arregalei meus olhos, prefiro ser fadada a não demostrar oque sinto que perder a amizade de James.

— Kimberly! — Sophie a repreendeu.

Ela deu de ombros.

— Estou sendo sincera e colocando os dois lados da moeda na mesa. — Kitty foi franca. — Ver só o lado positivo as vezes pode ser imprudência.

Eu assenti, porque concordava com isso. Quando aceitei o mínimo só para ficar com o Nath eu acabei me machucando no final e ignorei totalmente o lado negativo das coisas, se eu tivesse colocado as coisas na balança certa da consciência talvez eu não estaria nessa situação agora.

— Estão ouvindo isso? — Sophie disse e apurei meus ouvidos.— Buzinas.

Kitty sorriu.

— Parece que a carruagem das donzelas chegaram. — Ela brincou nos fazendo rir. — Vou deixar vocês em paz, me contem tudo amanhã. Vou fazer um bolo e um cházinho pra relaxar.

Sophie a olhou preocupada virando o notebook.

— Oque aconteceu?

— Nada demais, ligo pra vocês amanhã.— Kitty se apressou em dizer assim que Sophie chamou seu nome, ela acenou e apertou um botão perto da tecla e a chamada foi encerrada.

— Nada demais...— Sophie resmungou com seus longos cílios de rímel. — Kitty está me escondendo alguma coisa. Será que ela não conseguiu achar a faculdade que ela queria aqui em Hollywood? E se deu tudo errado e ela não pode mais vir e não quer me contar?

Pisquei.

— Sophie calma aí, eu tenho certeza de que não é nada disso.— Tentei tranquiliza-la. Já que ela estava em pé e se movendo de um lado para o outro.— Vocês vão ficar bem, daqui a dois meses vocês vão estar juntinhas de novo.