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— Eu devia mesmo é meter um tapão na sua cara. — Eu disse depois de ouvir Gus dizer oque acabou de fazer no banheiro da escola com uma garota.

Ele gargalhou cutucando minhas bochechas que queimavam, não gostava de falar desse assunto abertamente. Nem mesmo com amigos era... vergonhoso levando em consideração a minha primeira vez.

— Não é como se você não soubesse oque é. — Empurrei sua mão mas agora seu braço estava em volta do meu pescoço.

— Eu sei sim, mas não preciso saber dos detalhes. — Murmurei segurando sua mão fria por cima do ombro, Gus sempre estava frio. Oque me trazia lembranças ruins.

Quando eramos criança Gus tinha um certo descontrole por doces, na verdade descontre por qualquer tipo de comida. Oque o fez subir de peso, mas Gus temia que sua mãe descobrisse que ele comia as coisas escondidas já que ela o privava de muitas coisas inclusive certos alimentos por ser perfeccionista. Então Gus começou um tipo de dieta que quase o tirou de nós.

Apertei sua mão.

— Gus? — O chamei fazendo o mesmo me encarar.

— Sim?

— Você não acha estranho os garotos não se aproximarem de mim? — Ele desviou os olhos rapidamente mas vi um sorriso brincar nos seus lábios.

— Do que você está falando?

— Tô falando que tem uma diferença absurda dos garotos daqui para os garotos das festas. — Respondi realmente pensativa, ontem a noite vários garotos deram em cima de mim oque sempre me deixa confusa. Posso contar nos dedos quantos garotos chegaram em mim esse ano na escola, todos novatos mas que depois nem olhavam em minha cara. — Acha que tem alguma coisa de errado comigo? Fico estranha com o uniforme?

— Porque está tão preocupada com isso?

Dei de ombros observando um casal se pegando na porta da sala.

— Não estou preocupada só acho estranho.

— Devia perguntar ao James.— Gus susurrou antes de um assobio.

O olhei confusa.

— Oque o James tem a ver com isso?

Gus sorriu cínico e apontou para a direção onde o resto dos nossos amigos vinham.

— Ah, olha eles ali. — Me soltou andando mais rápido.

— Augusto choi! Você vai me contar o resto dessa história agora! — Tentei acompanhar seus passos e ou sua gargalhada.

[...]

— Então a professora mandou ela calar a boca e se sentar, foi só por isso que as duas não entraram no tapa. — Sophie disse mordendo seu sanduíche.

Michael riu negando com a cabeça e eu disse.

— Maddiso e ela não brigariam nem se a professora interferisse. — Comentei levando o canudo do suquinho até os lábios.

Seus olhos azuis e curiosos me fitaram.

— Por que não?

Quem respondeu por me foi o James que desde que sentou a mesa havia trocado apenas algumas palavras.

— Porque a Maddiso é do tipo que ladra mas não é ela quem morde. — Gus concordou com ele.

— Certa vez uma aluna acabou esbarrando nela sem querer e derrubou todo o café da cantina em sua roupa, ela fingiu ter levado de boa apenas porque o garoto que ela queria ter uma foda estava olhando mas depois suas amigas encurralaram a novata no banheiro e pinicaram toda sua farda. — Michael contou.

Ao som do desejo.Onde histórias criam vida. Descubra agora