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— Quando eu me casar quero que você seja a responsável pelo meu vestido. — Sophie disse passando seus dedos pelo papel em minha parede.

Encarei o rosto dela a procura de brincadeira, ou em descobri que foi só uma forma de dizer que sou boa com os desenhos.

— Está falando sério?

Ela assentiu sorrindo. Encarei o Rosto de Anie que bateu palminhas animada.

— Aposto que Sophie ficaria linda em um vestido de noiva feito por você. — soltei o lápis e me aconcheguei em minha poltrona.

— E eu ficaria muito feliz em faze-lo. — sorri. — Não costumo criar vestidos de noivas mas darei tudo de mim quando esse dia chegar.

— Acho que não vai precisar se esforçar tanto. — Sophie disse realmente encantada com cada conjunto no papel.

— Você faz suas próprias roupas? — A ruiva perguntou com suas pantufas engraçadas.

Estalei a língua deixando o caderno de lado.

— Eu as desenho, e peço para que o alfaiate da família torne-os real. — Anie abriu a boca chocada.

—Sério? — Assenti achando graça do seu espanto. —  Isso é tão...

— Gente rica. —  Sophie completou com uma risada e se sentou em minha cama.

— Papel e canetas não é tão caro, difícil mesmo é tornar tudo isso real. — fitei um vestido de manga bufantes e o um enorme laço nas costas com um desenho frente e verso. — Pretendo fazer com que o mundo conheça cada peça dessas, e um dia farei desfiles tão famosos e empolgantes que sairá em todos os sites possíveis.

— Senti firmeza. — Sophie piscou. — só espero que sirvam aquele vinho caro que fica dentro do seu carro.

Gargalhei.

— Prometo.

— Mal posso esperar para que isso aconteça! — Ela disse. — Daqui a alguns anos não seremos conhecidas pelo nossos nomes e sim pelo oque fazemos.

— Isso é tão empolgante! — A ruiva comemorou. — Já me vejo em cartazes ao lado da grande estrela de ballet Sophie Valetim com figurinos finíssimos feito pela grande estilista Ivy Ross!

Me levantei fazendo uma dancinha já que ela imitou um microfone.

— É, essa sou eu! — balancei meus braços fazendo Sophie rir. Comparado a elas devo está parecendo uma mioca com um tijolo preso ao corpo. — Ivy Ross! — Me joguei na cama pulando em cima delas.

Rolei para o lado e encarei o teto.

— Acham que estamos colocando expectativas demais para o futuro? — perguntei sentindo meu sorriso sumir um pouco.

— Tá maluca Ross? Sonhar é de graça, por expectativas também. — Sophie murmurou. — O problema das pessoas é que elas fazem tudo isso sem se esforçar para que tudo se torne realidade.

— A realidade de um não é a realidade de outro. — Anie comentou.

— Meu pai não tinha um tostão de dinheiro quando começou, ele foi construindo tudo aos poucos. —  Eu disse pra ela. — Não foi da noite para o dia que ele chegou aonde está.

Ao som do desejo.Onde histórias criam vida. Descubra agora