🍄— Mãe? — Bati na porta mais uma vez. — Mãe abre a porta você está me assustando, eu sei que você está aí dentro.
Aonde mais estaria? Dois meses, esse é número de tempo que minha mãe está morando nesse apartamento. Antes ela vivia naquela casa, bem não exatamente na casa mas em um dos quartos das residências dos funcionários.
Trancada e bêbada, totalmente sem rumo sem expectativa de um futuro. Tudo oque ela faz nos últimos anos é respirar, imersa na sua perda e dor. Respirei fundo e tentei procurar a senha em algum papel na bolsa quando encontrei suspirei aliviada.
Do lado de dentro estava uma bagunça. roupas no chão, papéis picotados latas de cervejas, garrafas de vinho e wisk. Da sala tinha-se uma linda vista para os prédios. Os móveis eram brancos e cinza trazia uma leva aos olhos embora o ambiente pareça sempre pesado.
— Mãe? — Olhei em volta e encontrei uma garrafa quebrada, me aproximei líquido amarelado e... sangue?
Meu coração bateu mais forte, medo. Eu estava com medo então comecei a vasculhar seu apartamento, a cozinha os quartos e por último o banheiro. Minhas mãos suarem frio quanto girei a maçaneta.
Por favor não, por favor não!
Eu paralisei, minha respiração falha e o coração disparado. Os braços da minha mãe para fora da banheira, sangue seco em sua mão seus cabelos úmidos olhos fechados e lábios entreabertos. Corri e acabei escorregando um pouco mas me segurei na banheira e toquei seu rosto.
— Ei mamãe acorda! — Balancei seu rosto sentindo as lágrimas inudarem meus olhos. — Mãe, meu Deus! SOCORRO! — Gritei.
Minha visão turva e corpo trêmulo, eu não devia ter deixado ela sozinha. Eu devia ter me mudado com ela, a culpa é minha. A culpa é minha, eu sabia que ela não estava bem. Solucei enquanto gritava mas parei quando ouvi um murmuro.
— Por que que você está gritando?
Soltei o ar pela boca.
— Mãe?
Ela se endireitou na banheira e coçou a cabeça molhada. Me aproximei do seu rosto sentindo as lágrimas ainda descerem.
— Você está viva?
Ela riu, e pela sua risada estava bêbada. Sentia o cheiro de álcool de longe.
— Porra Diana você me assustou! — Esbravejei me sentando no piso molhado. Passei meus dedos no cabelo e respirei fundo.
Ela apontou pra mim.
— Você falou porra ou eu estou muito bêbada? — Ela perguntou com um olhar sério vacilante.
Me estressei.
— Não, não ouviu errado não! — Esbravejei. — Eu achei, achei que você... — Comecei a chorar novamente.
Seu rosto suavisou, ela se levantou da banheira seu vestido branco colado ao corpo. Minha mãe se agachou em minha frente e segurou meu rosto entre suas mãos.
— Eu nunca faria isso. — Ela engoliu em seco. — Nunca deixaria você meu anjinho. Ivy, Se eu ainda estou aqui é por você. — Ela me envolveu com seus braços acolhedores. — Shh, não chore mamãe está bem... vou ficar bem sabe disso não sabe?
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Ao som do desejo.
RomanceTrilogia Hurricanes. 🌪 Segundo livro. James Burton membro da banda Hurricanes sempre viu seus amigos como sua família depois da morte da sua mãe. Com o sucesso da banda e o breve fim do ensino médio James agora tem que lidar com um novo sentiment...