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Aula, aula e mais aula. Minha tarefa estava feita mas ninguém sai da sala antes do sinal bater, Balancei meus pés inquietas encarando o quadro nós nem um usamos direito. Cada aluno tem um iPad ou notebook para isso.

Senti dedos tocarem meu ombro e quando olhei havia um papel na mão da garota.  A olhei confusa e ela apontou para o fundo da sala onde Maddiso e suas amigas estavam ela acenou e sorriu, me controlei para não revirar os olhos e peguei o papel o colocando mesa.

Não vou abri-lo, sei oque tem dentro. Ela faz isso sempre que dá na telha me ameaçando mas oque ela queria? Que eu adivinhase que ela era apaixonada pelo Nath também? Amasei o papel e endireitei minha postura, por um momento achei que a garota iria falar comigo. Mordi a bochecha desapontada e suspirei, parece que a fama de puta roubadora de namorados nunca vai terminar.

Odeio essa merda toda.

Dois anos atrás...

— Eu gostei desse aqui. — Eu disse a atendente bem vestida que segurava alguns cabides nas mãos.

Mad enrrugou o nariz.

— Não sei, essa cor não fica boa em você. — Eu encarei a peça de roupa, oque tinha de errado com a cor?

— Hm, oque você está dizendo? Qualquer coisa ficaria bom nela. — A moça disse fazendo Mad erguer uma sobrancelha. — Digo, senhorita...

A loira cruzou os braços.

— Isso é conversa de vendedora. — Ela soltou uma lufada de ar pela boca. — Não gostei dessa loja vamos em outra.

Encarei a bagunça de roupas no grande sofá perto do provador. Mad fez a moça trazer tudo que é tipo de roupa desdenhou de todas e agora quer sair sem comprar nada?

— Mas eu gostei daquela blusa. — Eu disse.

Ela me encarou por tempo demais, caminhou até uma blusa escura e disse.

— Vamos levar essa. — Estendeu para a vendedora que assentiu saindo com a roupa de marca nas mãos.

Mas aquela não foi a blusa que eu gostei, mesmo assim me mantive quieta. Eu podia voltar aqui outro dia.

— Achei que você foi bem grosseira. — Murmurei com receio.

— Tá brincando? Ela é paga para nos atender. — Seus olhos castanhos me fitaram.

— Eu sei mas...

— Aqui está sua roupa senhorita, desejam mais alguma coisa? — Mad negou. — Sendo assim voltem sempre.

— Obrigada e desculpe. — Eu disse quando minha amiga saiu pelas portas giratórias.

Saí da loja me sentindo péssima, a Mad é uma boa pessoa eu sei disso. Mas as vezes ela é tão... desnecessária. Com certo desconforto acompanhei seus passos. Ela me estendeu outras duas sacolas que estavam bem pesadas de outra loja que entramos. Com o passar do tempo minhas mãos e meus pés doíam.

Ao som do desejo.Onde histórias criam vida. Descubra agora