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— Porque você está com essa cara? Não gostou da nossa fantasia desse ano?— Sua voz saiu baixa e seus cabelos desceram por meu ombro.

— Não, na verdade eu gostei muito. — Ross beijou minha bochecha.

Estávamos voltando de um passeio, ela estava cansada de andar por isso estava em minhas costas. Acabamos de descer do barco em que ela alugou, a areia da praia entre meus dedos do pé e a brisa acoitando meu rosto. A noite estrelada e uma grande lua logo acima do mar, o som das ondas se quebrando e o seu cheiro doce misturado com o cheiro da água salgada.

— Então você ficou enjoado do passeio?— Chutou mais uma vez. — Ou você não gostou?

— impossível, pra um passeio ser bom não precisa de lugares incríveis só de pessoas incríveis. — Soltei um riso baixo quando ela disse.

— Você é um fofo sabia?

Balancei a cabeça, acho que essa é a primeira vez que alguém diz isso. Normalmente eu sou o amigo irritado, oque não conversa sem ironia e não tem um senso de humor que os outros apreciam. Segurei sua coxa com mais firmeza, Ross passou seus braços pelo meu pescoço.

— Foi um dia divertido não foi?

Ela fez que sim.

— Bem, tirando a parte de que eu confundi uma alga com um bichinho do mar e gritei horrores. — Eu ri lembrando do seu rosto vermelho e olhos arregalados.

— Ah, acho que essa foi a minha parte favorita. — Um tapa em meu ombro nu.

— Tem certeza de que não foi aquela parte em que você invadiu o banheiro e me agarrou?

Meus lábios se curvaram com as lembranças. Seu nó sendo desatado sua pele macia e bronzeada. Minhas mãos sendo cheia pelas suas curvas, seu corpo inclinado seus gemidos sufocados pelos meus dedos com aquela visão de tirar o fôlego. Exatamente como estou agora, eu já me sentia quente de novo.

— Ah sim, foi com certeza. — Ross firmou suas pernas em volta de mim, seu corpo colado ao meu seus dentes roçando pela minha pele. — Olha aonde nós estamos, isso não é justo!— Reclamei dolorido encarando as pessoas nos quiosques.

— Pare com isso Ross, o lugar não é um problema pra mim. — Ela forçou uma voz engraçada.

— Isso era pra ser uma imitação da minha voz?— Ela gargalhou.— Sua coisinha maléfica! — Mordi seu braço recebendo um tapa.

Avistei minha moto do outro lado da calça e fui até lá em passos apressados. Ivy desceu das minhas costas seu cabelo em uma trança bagunçada, suas bochechas coradas do longo dia de sol e um sorriso contagiante.

— Não quero que o dia acabe!  — Ela choramingou ajeitando sua bolsa de praia.

Me aproximei do seu rosto e deixei um beijo nele.

— Oque você quer fazer? — Perguntei assim que ela entregou minha camisa.

— Eu não sei, é só que... — Nossos celulares apitaram na mesma hora. — Opa! — Ela sorriu encarando sua tela, provavelmente a mesma mensagem que a minha. — O Gus é um anjo!

Ao som do desejo.Onde histórias criam vida. Descubra agora