Ao som do desejo.

FIM.

🌪

Pálida, foi assim que Anie saiu do carro do Gus junto com o B. Eu até podia imaginar o motivo, meu amigo deve ter passado um pouco dos limites na velocidade.

— Eu nunca mais ando de carro Com O Gus, nem mortinha me faça entrar  naquele carro de novo! — Ela disse para o Moreno que riu um pouco passando seu braço pelos ombros da Tuiva tentando acalma-la.

— Pelo visto o caminho até aqui foi de boa. — Brinquei fazendo ela negar.

— Onde está o resto do pessoal? — B. Perguntou.

— Lá dentro, já vou logo avisando que vão te obrigar a usar essa coisa em sua cabeça. — Mostrei a tiara com olherias de ursos.

O parque tinha um ar fantasmagórico, estava escuro e as luzes oscilavam entre vermelho, laranja e roxo. Tinha pessoas fantasiadas, e crianças chorando com medo dos palhaços um tanto quanto assustadores e malucos.

— Mal posso esperar! — Ele sorriu me arrancando uma careta.

— Vão reto e virem a esquerda, perto da barraca das maçãs doces é onde eles estão. 

Anie sorriu animada o puxando pelo braço.

— Vamos B. Quero uma maçã do amor!

— Mas já?

Ela deu de ombros mas lhe dizendo que não tinha hora para doces pra ela. Esperei que Gus estacionasse, é assim que ele veio em minha direção coloquei minha tiara na cabeça dele.

— Que coisa é essa?

— Cala a boca e aceita.

Ele revirou os olhos, sua jaqueta de couro por baixo da sua camisa verde claro. Caminhamos em silêncio até ele perguntar. 

— A Kimberly veio?

Fiz que sim.

— Por quê?

Ele franziu a testa.

— Nada, só quis saber.— Ele virou o rosto encarando um grupo de meninas que acenaram em nossa direção com os celulares apontados para Nós.

— Sei... 

Soltei um riso baixo. Gus pingarreou.

— Seu irmão está melhor?

— Sim.

—  Ele não quis vir?

Neguei.

— Jonata recebeu a visita de alguns amigos dele.   

Gus pareceu não me ouvir.

— Você está bem?

Ele assentiu em silêncio, Gus em silêncio...

— Se for mentir faça direito, não me deixe preocupado.

Ele relaxou os ombros e sorriu.