Capítulo 4

624 86 22
                                    

Assim que o avião decolou, Marília deu um sorriso e disse.

— Vida nova, aí vou eu!

Minutos depois, pegou no sono. Marília acorda e vê a aeromoça e chama fazendo sinal com as mãos.

—Boa noite, deseja algo? — pergunta aeromoça se aproximando.

— Boa noite, sim, por favor. — Marília fala de forma simpática.

— Bom, temos um cardápio, você pode conferir e fazer seu pedido. — a aeromoça explica.

— Obrigada. — Marília agradece pegando o cardápio. Depois de dar uma boa olhada, resolveu pedir strogonoff por conta da hora.

— Strogonoff com arroz e batata, schweppes cítrus e de sobremesa quero açaí. — ela finaliza e sorri.

— Anotado, qual tigela? — a moça pergunta anotando em uma caderneta.

— Pequena.

— Desejo acrescentar algo?

— Calda de chocolate suíço, granola, cereal, pode colocar paçoca, mas não coloque leite condensado e pode por leite em pó, dois canudos e jujubas, por favor! — ela finalizou.

— Certo, em cinco minutos seu pedido chega. — ela diz passando para o próximo passageiro.

***

— Maraisa, vamos, por favor! — Maiara continuava insistindo.

— Maiara, não! Eu já sai com você esses dias atrás. — a morena bufou — Você tem que colocar na sua cabeça que sou mãe. — ela diz enquanto organiza uns arquivos espalhados sobre a cama.

— Exatamente, um filho, meu sobrinho e ele não é um parasita! — a ruiva rebate — Poxa metade, ele é tão calmo. — Maiara fez bico — E, é festa dos calouros, festa fantasia. — ela diz ainda fazendo biquinho.

— Eu não sei, estou enrolada com a papelada do jurídico, ficou decidido que a filial de Seattle. — Maraisa comentou olhando olhando para o monte de papéis que tinha espalhados.

— Acha uma boa? Seria mais vantagem se levássemos para o Brasil, e deixasse um departamento só para causas pequenas. — Maiara diz e se senta a beira da mesa.

— Não sei, não temos fluência plena. — Maraisa suspira.

— Irmãzinha querida, Naiara comeu metade do seu cérebro? — a ruiva diz a encarando — Podemos abrir no Brasil, contratar pessoas de lá mesmo, que tenham inglês fluente. — diz ainda olhando para Maraisa, como se quisesse mostrar o óbvio.

— Bem pensado, não é burra não em! Come capim porque quer. — Maraisa diz e sorri.

— Melhor que o milho que você come. — Diz pulando em cima da irmã.

— Ah não, Maiara sai! — a morena a empurra.

— Prometo fazer com jeitinho, vai vira a raba. — diz dando um tapa na bunda da irmã.

— Aí! Maiara eu vou te matar! — ela esbraveja e sai correndo atrás da irmã que se levantou e correu para a escada.

Maraisa começa a perseguir Maiara pela casa, quando as duas dão de cara com a mãe.

— Será que as crianças podem sossegar? — Almira as encara. — Ou eu vou ter que ajoelhar as bebês no milho? — Almira cruza os braços enquanto bate o pé.

— Coloca Maraisa no feijão, porque o milho ela vai comer. — diz e junta as mãos em sinal de oração.

— Muito engraçado! — Maraisa revira os olhos.

— Já são 01:00AM, respeitem meu neto. — Almira diz e sai.

— Papai não está sacudindo aquela roseira direito, mamãe anda muito estressada. — diz Maiara caminhando para a sala e sentando nos sofá cinza a sua frente.

— Você acha que sexo resolve tudo. — Maraisa revira os olhos.

— Olha, nunca fiquei estressada depois dentre algumas horas de maravilhosos orgasmos, principalmente quando Gabi enfia a língua toda. — ela diz fechando os olhos. — Ah! Molho só de pensar.

— Me poupe os detalhes, por favor. — a morena diz caminhando até a mesa, pegou um copo e colocou um pouco de cidra de maçã e no outro copo uma dose dupla de whisky para a irmã.

— Se quiser eu te mostro. — a ruiva avança em cima dela — Vem cá — Maiara se levanta e pega na cintura da irmã, puxa o zíper do vestido e é interrompida por Maraisa.

— MAIARA, SAI! Cadê a Gabriela? — ela exclama — Os orgasmos não estão sendo suficientes pelo que aparenta. — diz subindo o zíper com dificuldade.

— Até resolve, mas sou gamada no seu rabetão — ela diz tranquila — irmãzinha, está decidido, você vai sim, vou encomendar nossas fantasias. — a ruiva fala empolgada.

— Aí Maiara, tá! Mas amanhã a nova babá do Léo vira aqui. — Maraisa a encarou — Agora, boa noite! — disse caminhando para as escadas.

— Que raba é essa, rebolando desse jeito eu passo mal, fiquei dura! — a ruiva comenta rindo — Boa noite, metade!

Maraisa finge pagar um cigarro na bunda, e sobe as escadas. Ao chegar no quarto, faz uma pilha com papéis e os deixa em cima da escrivaninha junto do seu macbook, vai para o closet e tira o vestido junto da calcinha e em seguida desabotoa o sutiã, deixando seus fartos seios a vontade. Pega uma blusa de alça fina e um short curto colado e uma calcinha de renda.

Hesita por alguns instantes tomar banho, mas acaba indo para o banheiro. Liga o chuveiro, espera a água esquentar um pouco, em seguida entra debaixo do chuveiro, veste um robe e enrola a toalha em seus cabelos castanhos escuros. Vai para o quarto e veste seu pijama que já havia separado. Olha no relógio e já era 02:30AM. "Céus, eu tenho que parar de ficar conversando com Maiara até tarde, acabou que eu não analisei a papelada." Deitou-se e em poucos minutos adormeceu.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora