Capítulo 45

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Maraisa estava em seu quarto tentando acalmar Léo que não parava de chorar por sequer um segundo, quando o pequeno ficava assim, era Marília quem o acalmava brincando e fazendo-o gastar toda a energia brincando de capitã cueca. Era nítida a falta que a loira fazia na vida dos dois, já haviam se acostumado com toda a baderna que ela fazia na hora do café, ou até mesmo quando a mais nova irritava Léo falando que Pereira era só dela, claro que ele não entendia aquilo direito, mas ao ver a mãe ser carregada no colo para longe de seu campo de visão o fazia gritar de forma ensurdecedora todos que estivessem presentes. Ah como fazia falta os fios loiros espalhados em sua cama, seu corpo sobre o dela nas manhãs de sábado, sentir a dor muscular por dormir de mau jeito nunca foi tão desejada por ela.

FLASHBACK MARAISA

— O que é aqui? — Marília diz olhando para o teto do quarto de Maraisa. — É um avião? — Coloca uma mão acima dos olhos como se estivesse tampando o sol. — Um pássaro? Oh não! — Olha para Léo e Maraisa fingindo surpresa. — É a Capitã Cueca! Vuaaaaaah... — Disse esticando os braços e correndo na direção dos dois.

Léo estava eufórico e pulava no colo da morena que o segurava na cintura sorrindo junto com o filho. Marília estava com uma cueca Boxe do pequeno na cabeça e a toalha do backyardigans que fazia de capa. Pereira balançava a cabeça negativamente enquanto tentava esconder o riso que já estava tomando seu rosto, mas foi só a loira pular na cama para que ela pudesse sorrir de orelha a orelha ao ver o filho se desprender se seus braços e se jogar em cima de Mendonça.

— tueta! — Disse Léo puxando a cueca do cabelo da loira.

— Eu tenho duas crianças. — Maraisa disse rindo.

— Vou te mostrar a criança mais tarde. — Marília disse olhando-a com luxúria.

A morena sentiu seu corpo se arrepiar apenas com as palavras da loira. Aquela tarde foi recheada de brincadeiras e quem tirava proveito era o pequeno que tinha toda a atenção das mães. Assistiram filmes, correram pela casa brincando de bandido e mocinha, e claro, o pequeno era bandido e Marília era quem salvava a linda mocinha.

— Deveríamos nomear essa brincadeira de bandido e rainha. — Disse a loira depositando um selinho em Maraisa.

— Ou de a dama e o vagabundo. — Maraisa disse enquanto alisava o cabelo do filho que dormia em seus braços.

— Muito clichê. — a loira disse fazendo careta.

— Eu gosto de clichês. — Disse fazendo biquinho.

Marília mordeu os lábios de Maraisa que logo foi substituído por um beijo prolongado e calmo, com todo o cuidado para que o pequeno não acordasse. A morena deu um longo suspiro ao sentir-se quente com o que era para ser apenas um beijo.

— Você... me tira dos eixos. — Maraisa disse passando a mão nos cabelos.

— Nunca pretendi fazer diferente. Agora coloca o meninão no berço que eu quero amar a minha rainha.

FLASHBACK OFF

Maraisa pegou Léo no colo levantando-se na falha tentativa de fazê-lo se acalmar, brincava, fazia graças, mas o pequeno se distraía por apenas alguns minutos e logo voltava a mexer nas coisas fazendo a morena frustrar-se.

— Vamos ver filme, filho? Rei leão. — Disse sentando-o em suas pernas.

— leiao! — Léo disse batendo palminhas.

— É amor, Leão. — Maraisa disse abrindo seu notebook.

A morena soltou um longo suspiro aliviado ao ver que finalmente conseguira fazer o pequeno se aquietar, estava concentrado esperando o notebook ligar. Maraisa digitou a senha e ao carregar a área de trabalho, a imagem de Marília beijando o rosto de Léo do lado esquerdo e a morena do lado direito foi revelado fazendo o pequeno chamar pela mãe loira.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora