Capítulo 43

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Havia se passado um mês desde o aparecimento de Danilo e toda aquela tentativa dele se aproximar de Léo, com o tempo, ele foi ganhando sua atenção e vez ou outra conseguia dobrar o menino, não para menos, ele é uma criança e não tem noção do que é bom e ruim, criança é o ser mais puro nesse mundo, é linda a forma como elas entendem coisas que estão além de nossa compreensão.

Maraisa estava em seu escritório com Léo que brincava com seus carrinhos e bonecos de luta esperando pela chegada de Danilo para buscar o pequeno. Outra coisa que havia mudado, a morena conseguiu se desprender um pouco da paranoia de que o homem fosse sequestrar o filho, ainda ordenava que os seguranças o acompanhassem, mas tudo parecia estar se encaixando.

— Bom dia Maraisa — Disse Marília entrando na sala. — Eu estava lendo esse caso — Entregou a pasta para ela. — Você trabalhou com o FBI? — Perguntou admirada.

— Oh... Não exatamente. — Falava enquanto folheava a pasta. — Sr. Rogers foi acusado de tentativa de consolidação ao poder. — Olhou para a loira que estava com uma expressão de dúvida. — Consolidação do absolutismo... — Olhou para ela mexendo a mão na intenção de que ela dissesse saber o que se tratava, fracasso. — Que vergonha Marília... — Dizia ainda rindo.

— Nunca fui boa em sociologia, dá um desconto. — Disse a loira com a voz manhosa.

— Isso é história, Marília. — Rolou os olhos.

— História, sociologia, filosofia — Dizia gesticulando as mãos enquanto andava pela sala. — É tudo a mesma coisa! Só dividiram a matéria pra ferrar o cérebro da gente. — Disse cruzando os braços.

Maraisa tentou conter o riso ao olhar para a loira que estava com os braços cruzados em sua frente, mas teve seu plano frustrado quando Léo se pronunciou.

— Blééé... — Disse fazendo careta.

— Viu? Até ele concorda. — Disse pegando o pequeno no colo.

Maraisa não aguentou e gargalhou junto da loira, aproximou-se dos dois e deu um beijo na testa de Léo que colocou as mãozinhas no rosto e sorriu fazendo ambas sorrirem também, em seguida, selou seus lábios com os de Marília num beijo calmo.

Danilo entra na sala e se depara com aquela cena, na mesma hora faz cara de desaprovação e as interrompe pigarreando.

— Vocês poderiam pelo menos respeitar o meu filho. — Disse num tom de irritação.

— Você trai a Maraisa que na época estava grávida dele e quer se achar no direito de exigir respeito? — A loira diz colocando o pequeno no chão.

Danilo abre a boca para falar, porém nada sai, sabia que estava errado, mas seu pensamento retrógrado jamais deixaria que ele admitisse.
A verdade é que a chama do amor por Maraisa reacendeu dentro do homem e nesse tempo que se passou, ele queria cada dia mais ficar perto não só de Léo, como também da advogada, queria reconquistá-la e faria qualquer coisa para conseguir, cada dia que se passava, cada vez que ele via Marília perto dela era como se a raiva o consumisse, ele estava determinado a tê-la de volta custe o que custar.

— Você veio aqui para pegar o Léo, certo? — Maraisa diz seca. — Te encontro às cinco para pegá-lo. — Finalizou.

Danilo foi até o pequeno para pegá-lo, mas o mesmo recusou como sempre fazia.

— Vamos ver o Hulk filho. — Danilo chantageou, mas o filho não lhe deu atenção. — Maraisa, pode fazê-lo ir? Estou sem tempo. — Disse impaciente.

— Se você não tem tempo nem para seu filho, por que quer levá-lo? — Retrucou.

O homem revirou os olhos e pegou os brinquedos do menino um a um colocando dentro da bolsa e o pegou no colo fazendo-o chorar.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora