Capítulo 40

282 47 0
                                    

"Sempre é possível anular o passado. O arrependimento, o esquecimento e a renúncia poderiam apagá-lo. Mas o futuro era improvável."

"— Maraisa? É você? — Disse segurando a bandeja"

Maraisa está pálida sem reação nenhuma na frente de do homem. O que não passa desapercebido por todos ali presente.

— Maraisa, você está bem? — Maiara diz tocando seu braço e vê que a irmã está gelada. — Marília, vamos para a empresa com ela. — Disse levantando-se.

Marília fica sem entender o que está acontecendo, apenas vê Luísa e Bruno se levantar, mas a morena continua séria encarando o homem.

— Não vai falar comigo, Maraisa? — Ele diz fazendo menção de chegar perto.

— Você fica bem aí! — Maiara puxa a irmã para seus braços. — Aliás, traga a nossa conta, sr. Gentili.

Maiara sentou no banco de trás com Maraisa e Marília foi dirigindo, deixou seu carro com Luísa para que ele deixasse Bruno em casa antes de ir para a empresa.

Maraisa olhava para a janela do carro, sua mente estava longe e sequer escutava sua irmã a chamar, seu passado bateu em sua porta e ela sequer pôde recusar abrir porque de alguma forma, ele ainda tinha a chave.

FLASHBACK MARAISA

Maraisa sentada no sofá de sua casa encarando o pequeno embrulho colorido de presente, estava feliz e ansiosa à espera de Danilo que administrava um pequeno bar no centro de Vancouver, o Gentili Beer's.

Embrulhou a pequena caixa com carinho e colou um laço pronto na frente, caminhou até a mesa de descanso e o colocou em cima do jornal que o homem sempre lia.

Foi para o quarto separar uma roupa bem confortável e própria para aquela ocasião, queria agradar o namorado da melhor forma que ela achava que o mesmo merecia. Abriu o guarda-roupa e ficou observando seus vestidos apoiou-se dos dois lados da porta e inclinou o corpo para dentro do guarda-roupa inclinando seu pé direito. Encontrou a vestimenta que queria, era seu vestido de alça azul caneta ele era bem justo no busto até a cintura, em baixo soltinho e terminava na coxa. Deixou o vestido em cima da cama, e pegou seu salto scarpin preto na gaveta de baixo do guarda-roupa deixando-o próximo ao vestido. Prendeu o cabelo num coque mal feito e foi para o banheiro.

Deixou a peça de roupa que usava cair lentamente de seu corpo atingindo o chão, tirou a calcinha e a colocou no cesto junto do short e a blusa que usava. Ligou o chuveiro e permitiu maravilhar-se com aquela água na temperatura perfeita, nem tão quente e nem tão gelada.
Ao sair do banho, enrolou-se na toalha e caminhou para o quarto, o relógio marcava 6:55PM, Danilo estava para chegar. Vestiu-se rapidamente e preparou um rápido jantar colocando a lasanha de micro-ondas sabor calabresa para aquecer enquanto preparava o arroz.

Ouviu o tilintar das chaves ao serem postas no pequeno criado mudo que ficava perto da porta. Danilo havia chegado.

Atraído pelo cheiro, o homem caminhou até a cozinha tendo a bela visão de sua amada à beira do fogão, abraçando-a por trás, depositou beijos em sua nuca que a fez sorrir.

— O jantar está quase pronto... — Disse enquanto mexia o arroz.

— Com essa roupa, jurava que iríamos sair. — Beijou seu ombro. — Alguma ocasião especial? — Disse afastando-se da morena e caminhando para a geladeira.

— Tenha certeza que sim. — Disse Maraisa olhando-o de lado.

Quando a janta ficou pronta, Maraisa o serviu e sentou-se de frente para Danilo na pequena mesa de madeira que ficava em sua cozinha. O lugar era bem simples, ambiente rústico lembrava muito as casas antigas da idade média. Naquela época, a morena estava começando a conquistar seu espaço, não queria nenhuma ajuda dos pais, já que precisaria saber vencer as dificuldades se algum dia viesse a assumir a empresa Pereira.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora