Capítulo 13

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Marília avisou à Luísa que jantaria fora, Sonza ficou intrigada com tal notícia, afinal, até alguns dias atrás as duas não se falavam direito e essa semana estavam bem entrosadas e agora sairiam para jantar. Logo, esqueceu-se pois Maiara disse que seria um jantar para conversarem sobre o pai dela.

A morena ligou o som do carro colocando Carry on Wayward son - Kansas.

— NÃO ACREDITO! EU AMO ESSA MÚSICA! — Marília diz levando as mãos no peito em sinal de afeição.

— Eu também, você já assistiu supernatural?

— Claro! Você assiste? Sério? Nossa! Eu adoro a cena que o Dean fala que é um demônio. Tenho uma "tara" por ele. — Revira os olhos como se estivesse excitada.

— Tara? — Maraisa arqueia as sobrancelhas.

— Ah... Tara é o mesmo que... Vejamos...? Atração. É gíria brasileira. — Diz rindo.

— Ah sim. Então eu também tenho uma "tara" pelo personagem dele. — Sorri.

— Sério? Você tem uma cara de que gosta de mocinhos, está mais para Sam. — Marília diz entre risos.

— Cuidado Marília Mendonça, em outras vidas eu posso ter sido rainha de um império cruel.

— Claro, e eu sou filha da Branca de Neve. — Ironiza.

As duas seguiram viagem rindo e conversando sobre a série. Maraisa estava mais solta, descontraída às vezes falava besteiras e xingava Marília por dar spoilers da série. Ainda estava na quinta temporada, e Marília na décima primeira. Ao chegarem no local, Marília ficou admirada com o ambiente. Luzes baixas e para não ofuscar a paisagem, mesas do lado de fora, dando um toque típico de Paris, dentro do restaurante, a temperatura era ambiente, com uma melodia suave, dando um toque ameno ao lugar.

— Aqui é lindo. — Marília diz admirada.

— A comida daqui é uma delícia, você precisa experimentar. — Diz sentando-se em uma mesa ao fundo do recinto.

O garçom entregou o menu para elas, e retirou do bolso sua caderneta para anotar o pedido.

— Eu vou querer o Clássico Poutine, para acompanhar um vinho branco da adega de 66. — Disse Maraisa entregando o menu.

— Eu vou acompanhá-la. — Disse entregando o menu.

— Depois podemos ir ao Mint Night Club, o que acha? — A loira sugere.

— Marília, aqui tem bar. — Apontou para o local.

— É, mas aqui não posso rebolar o cuscuz. — Piscou.

— Como?

— Requebrar a raba, bater tambô, fazer tumtum... Céus vocês adoram o Brasil e não entendem as gírias? — Diz rindo.

— Traduz?

— Prefiro mostrar, quando sairmos daqui, vamos para o Mint Night.

— Não dá, Marília meu filho...

— Não está com sua mãe?

— Sim, mas... — Diz, mas a loira a interrompe.

— Então nós vamos.

— E Maiara? Ela vai suspeitar.

— Estamos fazendo algo? Não. Qual a próxima desculpa? — Marília semicerra os olhos, tentando parecer brava.

— Está bem. — Bufa.

Marília sorri para a morena que retribui, em seguida o garçom chega com os pedidos, elas conversam sobre coisas aleatórias, Marília falando da vida dela no Brasil, Maraisa contando de como aprendeu pouco a língua portuguesa, nesse papo maravilhoso e descontraído, Marília ensina algumas coisas para Maraisa que arrisca falar algumas frases, e a loira gargalhada do sotaque carregado da morena. O jantar havia terminado, mas elas continuaram conversando, Maraisa havia pedido uma dose de Whisky puro e Marília de um Martíni com vodka entre conversas e risadas, Marília envia mensagem para Maiara, avisando que elas iriam ao Mint Night.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora