Depois do episódio cômico em que Ruth se meteu, achou que era conveniente ir para o quarto onde estava dormindo com Mario. Não que ela estivesse incomodada com as risadas que tomaram o local, entendia o motivo e surpreendendo à todos, até ela acabou-se por rir da situação. Acontece que, àquela pequena social não se encaixava nos seus planos, por mais que Marília insistisse para que a mãe ficasse, ela sabia que a filha ficaria constrangida e não se soltaria como sempre fizera.
— Sra. Ruth, fique conosco. – Pediu Maraisa, alcançando o ombro da sogra.
— Acho melhor subir e ver como Mario está. – Sorriu tímida. — Além do mais, eu tenho certeza que não será uma boa ideia ficar aqui. Posso ser um impedimento para a diversão de vocês.
— Bobagem. Vem se divertir conosco, tenho certeza de que Marília vai adorar! — Pegou na mão da mais velha, conduzindo-a de volta para perto dos amigos.
Bruno havia chamado alguns amigos da universidade, aproveitando também para chamar o primo. Philip chegou acompanhado de um amigo fazendo com que o loiro ficasse enciumado. Tratando logo de averiguar quem era o rapaz ao lado de seu namorado, Bruno cruza o salão ignorando os chamados dos amigos.
Marília estava com uma pequena garrafa de cerveja em mãos, quando viu a mãe e sua noiva se aproximar, tratou logo de pegar uma bebida para ambas. Ruth rejeitou, mas deu-se por vencida quando a filha insistiu que ela a acompanhasse apenas para um brinde.
— Mãe, o pessoal é bem retardado, mas logo você se acostuma. – Disse perto de seu ouvido, devido ao volume um pouco alto da música. — Vou chamar Henrique para ficar com você, Amanda está de palhaçada com ele. – Ruth assentiu dando um gole em sua cerveja.
Saiu pela sala de mãos dadas com Maraisa, enquanto procurava o amigo. Ao avistar, avisa para que ele fique com a mãe enquanto ela resolvia os últimos detalhes que faltavam para a pequena festa. Coisas como; copos suficientes para todos, verificar se o barulho estava incomodando o andar de cima, mesmo sabendo que as paredes eram grossas e quase que impossível de se ouvir toda a barulheira que acontecia, verificar principalmente se teria comes e bebes o suficiente para a noite toda.
Depois que tudo estava nos seus conformes, ela e Maraisa fizeram o caminho de volta para onde estava acontecendo a festa, mas é impedida pela morena.
— Hey, espera. – Disse puxando sua mão.
Marília sem entender, atende ao pedido da noiva que corre até o quarto onde deixou Léo dormindo. Retorna com uma pequena caixa nas mãos e um sorriso apaixonado nos lábios.
— Você disse que não queria presentes, e mesmo assim me deu... – estendeu a caixinha na direção da loira. — Então, terá que aceitar o meu também.
— Amor... – Maraisa a interrompe.
— Nada de amor, amorzinho, amorzão; Marília Mendonça! – repreendeu-a. — Eu estou certa, você está errada. – Brincou.
Marília arqueia uma das sobrancelhas, olhando para a pequena e autoritária advogada em sua frente, solta uma risada sarcástica pegando a pequena caixinha nas mãos.
Abrindo a caixinha com destreza, os olhos da loira brilharam ao ver o que havia dentro. Intercalando o olhar entre Maraisa e o presente, um lindo sorriso se forma em seus lábios constatando sua felicidade.
— É-é lindo... – Diz abobada, pegando um dos pingentes.
— Esse em formato de coroa, sou eu. – aproximou-se de Marília, abraçando sua
cintura. — Como você vive me chamando de rainha, e faz questão de me comparar a rainha má da branca de neve. – Diz acariciando as costas da noiva. — O que já quero deixar claro, adoro. – riram juntas. — Enfim... Eu só queria que você tivesse um pedacinho meu, junto de você – explicou olhando para o pulso da loira, onde tinha a pulseira com os respectivos símbolos que representava os amigos. — Agora eu também estou aqui. – Finalizou, apontando para a pulseira.
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A estrangeira - Malila
FanfictionMarília, sai do Brasil para fazer intercâmbio em Vancouver, começará sua faculdade de direito e terá de conseguir estágio para se manter. Maraisa Pereira, uma advogada reconhecida em toda Vancouver, seu nome não sai do New York Times, severa, rígida...