Capítulo 23

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Permaneceram naquele beijo até o ar se fazer necessário, quando colaram suas testas e olhando uma para a outra sorriram, não era preciso palavras para saber que uma era da outra, não foi preciso dizer nada, para saber que se amavam, estavam dentro do próprio mundo onde só elas tinham acesso.

Mas como tudo que é bom dura pouco, o momento foi cortado por Maiara que batia insistentemente na porta.

— Estão vivas? Gozaram? — Pergunta enquanto bate.

— Maiara, quantos anos você tem? — a morena diz.

— Eu estava quase lá, mas você fez o favor de atrapalhar, cunhadinha. — a loira diz entrando na brincadeira.

— Marília! — Maraisa a repreende.

A loira segura a risada, enquanto a morena vai até a porta para saber o motivo do incômodo.

— O que você quer? — Resmungou.

— Deveria ter deixado a loira completar o serviço, você é um porre quando não transa. — Disse.

— Fala logo o que você quer e não me torre a paciência em pleno sábado — Disse já irritada.

— Calma, calma. — Disse levantando as mãos em rendição. — Ana está aqui com o pai, aconteceu algo?

— Havia me esquecido completamente com toda essa confusão, eu quero aumentar o salário de Ana, para que ela possa estudar de manhã e vir apenas à tarde, mande-os entrar. — Disse enquanto encaminhava para a sua poltrona.

Marília fica admirada com a ação de sua namorada, não imaginava que ela pudesse fazer tal coisa, não que a morena fosse uma pessoa má, mas a mesma achava que a relação com o empregado deveria ser estritamente profissional, levantou e foi na direção da morena que estava distraída redigindo alguns documentos no computador que ficava sobre a mesa grande de frente para o sofá que elas estavam sentadas, abraçando-a, tirou dela um enorme sorriso, depositou um beijo molhado em sua nuca fazendo Maraisa se arrepiar.

— Adoro seus beijos. — Disse ainda sorrindo para sua loira.

— Só adora? — Disse, fingindo estar chateada.

— Você sabe que eu amo, pare de ser tão carente. — Disse fazendo Marília sentar de lado em seu colo.

A loira distribui beijos por toda a face de Maraisa que está com os olhos fechados, sentindo o efeito daquele pequeno gesto de sua loira, era incrível a sensação que ela lhe causava com tão poucas ações.

— Um beijo pelos seus pensamentos. — Sussurrou no ouvido da morena.

— Quero um beijo. — Disse sorrindo.

— Só um? — Disse mordendo os lábios.

— Na verdade, eu tenho direito a dois, porque eu disse o que pensava. — Sorriu.

Marília balançou a cabeça em negação e em seguida tomou seus lábios para um beijo sensual, a língua da morena pediu passagem e ela cedeu, apertando a coxa de Mendonça, Pereira mordiscava seus lábios arrancando gemidos da loira que sentia as paredes de seu sexo latejar, queria Maraisa, queria naquele exato momento, no instante que a loira desceu as mãos para os seios de Maraisa alguém bateu na porta.

— Com licença srta. Pereira eu... — Ana envergonhada, torna a fechar a porta.

Marília desce do colo da morena e se recompõe, enquanto vai até a porta, Maraisa arruma a roupa no corpo e senta-se novamente na cadeira quando Ana e o pai entra.

— Desculpe ter atrapalhado, srta. Pereira. — Ana disse ainda acanhada.

— Sem problemas. Bom, vamos conversar? Sentem-se. — Disse apontando para os lugares.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora