A estrangeira - Malila

Capítulo 12

Quando entra em casa, Marília vê vovó preparando o jantar e aprecia o cheiro, do bolo de carne com purê de batata.

— Que delícia... — Diz fungando o cheiro que impregnava a cozinha.

— Onde a mocinha estava? Não mandou mensagem, não deu satisfações. — vovó diz colocando as mãos na cintura.

— Eu fui para o Parque Stanley, gosto de passar um tempo ao ar livre, fazia isso lá. — Disse beliscando um pedaço do bolo.

— Querida, não sou controladora, mas vou dar a você a mesma regra que dei à Luísa. Avise onde vai, para eu não ficar preocupada. — Diz e dá um tapa na mão da menina, para que não toque na comida antes da hora.

— Certo vovó, me desculpe, agora vou tomar banho, esse bolo está me chamando.

Marília subiu as escadas correndo, e quando chegou no quarto, pegou o celular e mandou mensagem para a morena.

— Adorei o passeio! Poderíamos fazer mais vezes. Ei! Chegou bem?

Jogou o celular na cama, aproveitou para abrir seu livro de Leis. Precisava estudar, mas apenas o abriu, desfez-se das roupas e foi para o banho.

Maraisa chega em seu apartamento com Léo nos braços e ao abrir se depara com Maiara e Simone transando no sofá. Se esquece completamente que o filho está dormindo em seus braços quando grita.

— MAS QUE PORRA É ESSA?!

Léo que acorda na mesma hora chorando, faz Maraisa se sentir culpada e começa a aninhar a criança.

— Ahn... Sexo? Muito bom por sinal e que inclusive você atrapalhou. — Maiara diz ainda com Simone em suas pernas.

— Eu sei o que isso é! Quer dizer... Não sei.. eu sei, mas não... Ah! Vistam-se! — Diz abaixando a cabeça e caminhando para a escada.

Maraisa entra no quarto do filho, deixa a bolsa sobre o criado mudo e caminha com ele até o banheiro, enquanto a banheirinha enchia, tirou o macacãozinho verde que ele usava, e sua fralda encharcada.

"Como você consegue fazer tanto xixi?" Pensou.

Colocou Léo na água e a criança adorou, batia as mãozinhas na água e ria para a mãe que retribuiu o sorriso. Enquanto o secava, o menino não parava, estava ganhando firmeza em suas perninhas cheias, soltava pequenas gargalhadas enquanto movia-se para cima e para baixo, como se estivesse pulando.

— Ta brincando é filho... Mamãe ama muito você. — Dizia sorrindo enquanto tentava vestir o filho.

— mamama... — Léo balbucia.

— MAIARA CORRE AQUI! — Grita a irmã.

Maiara corre para o quarto da irmã, desesperada e a fulmina com os olhos ao ver que nada grave acontecia.

— Filha da puta, assusta a mãe! — Diz.

— Sabe que acabou de xingar a sua mãe também... Não é? — Diz e arqueia a sobrancelha.

— Te encontraram no lixo. — Diz aproximando-se de Léo.

— Muito engraçado, mas eu não tenho mais dez anos e manera o linguajar perto do meu filho que balbuciou suas primeiras palavras hoje!

— Não acredito, sério? — Olha para Léo e sorri.

— Sim, ele estava dizendo mama.