Capítulo 26

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De supetão Bruno pula do colo do homem que estava sentado no sofá, assustou-se com a chegada inesperada de Marília e Luísa, as amigas não sabiam com quem ele se encontrava escondido.

— Bruno, como assim você está saindo com o Gold? — Marília diz atônita.

— Eu to no chão. — Luísa diz boquiaberta.

— Ai minhas prega! A gente não pode nem transar em paz. — Bruno diz vestindo- se sem se importar com a presença das meninas.

Gold fecha o zíper da calça e caminha para os fundos da casa em busca de seu paletó, quando volta, vê os três conversando sobre o ocorrido quando Luísa se levanta e vai em sua direção.

— Você não é tio dele? Não é casado com Milah? — Pergunta curiosa.

— Eu não sou tio dele. — Diz sentando-se na poltrona.

— Mas o Matheus é primo dele, e você é pai do dele. — Marília diz.

— Docinho, isso aqui não é interrogatório. Gold não é meu tio, Matheus é meu primo de consideração, meus pais conheciam Gold e Milah, então Matheus e eu fomos criados juntos. — Diz e caminha para o lado de seu parceiro.

— Isso está confuso, e como vocês começaram a ficar? — Marília pergunta.

— Eu sempre me senti atraído pelo Bruno desde seus dezesseis anos, mas ele era menor então eu não podia falar nada ou sequer me aproximar, quando ele fez dezoito, ele deu uma festa e eu fui com meu filho, foi aí que tomei coragem de dizer que gostava dele e ele disse que sentia o mesmo, mas em respeito à Milah, não quis falar nada, quando foi ano passado, descobri que ela me traía, procurei por Bruno e contei à ele, mesmo não amando Milah como mulher eu a amava como amiga, companheira de viagem, o mínimo que ela poderia ter feito por mim, era ser sincera, depois de toda a confusão, nos separamos, mas continuamos a viver na mesma casa para não levantar boatos, sou Reitor de uma das maiores universidades, tenho uma reputação a zelar.

Depois de contar toda a história, Gold preferiu ir embora, não queria que ninguém mais soubesse de seu caso com Bruno e não queria que as meninas pensassem que agora tinham algum tipo de liberdade com ele.

Bruno e as meninas foram para a piscina, o tempo estava agradável e era uma ótima forma de matar o tédio do domingo, conversaram sobre alguns assuntos aleatórios, ora sobre ele e Gold, ora sobre Maraisa e Marília, ora sobre o caso indefinido de Maiara e Luísa. A tarde foi devidamente agradável, o que já era de se esperar, levando pelo fato de que boas amizades tornam qualquer domingo tedioso, agradável.

— Marília, o que você fazia lá no Brasil aos domingos? — Bruno pergunta.

— Quando não tínhamos lugar pra ir, chamava o pessoal lá pra casa e assistíamos Domingão do Faustão. — Disse mordendo um pedaço do seu pão com pasta de amendoim.

— Que tédio, ficar assistindo televisão em pleno domingo? Eu quero mais é rebolar o cuscuz. — Disse saindo da piscina.

Bruno caminhou até dentro de casa, ligou o som e pegou o seu celular.

— Viado, vem aqui pra casa, estamos dando uma festinha particular.

— Mano, eu to com uma situação aqui em casa.

— As meninas estão aqui, tráz ela também, vou chamar o Phillip.

Bruno bloqueou o celular e caminhou para os fundos da casa, onde estavam as meninas.

— Docinhos, se não se importam eu chamei o Matheus e a menina que ele está ficando, e claro, chamei o Philip. — Disse ajeitando sua sunga rosa no corpo.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora