Capítulo 31

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Era por volta das quatro horas da manhã, quando o avião aterrissou, Maraisa e Marília estavam no portão esperando o táxi que as levariam para o Windsor Barra Hotel quando a mãe da loira liga desesperada.

— Alô... — Marília atende ainda sonolenta.

— Oi filha, você chegou bem? Onde está? Seu pai já vai buscar você. — Ruth diz do outro lado da linha.

— Mãe eu já cheguei, fica calma e não mande papai vir me buscar! Eu estou à trabalho. Estamos indo para o hotel perto de casa, amanhã à tarde eu vou ver vocês. — a loira diz.

— Oh sim, havia me esquecido de que estava com sua chefe. Então espero você amanhã, beijos. — Ruth diz.

— Beijos, mãe. — a loira diz e finaliza a ligação.

— Pais protetores... — Sorri sem graça.

— Dona Almira versão brasileira. — Diz apertando a mão da loira. — Você poderia ter ficado com seus pais, Mali, amanhã você me encontrava.

— Estou aqui à trabalho, antes de qualquer coisa. — Firmou o olhar. — E eu não perderia a chance de passar esses dias com você, será como chegar em nossa casa, só que sem crianças. — sorriu para a morena que também lhe abriu um largo sorriso.

O táxi chega e o rapaz ajuda as meninas a colocarem as malas no carro, a loira passa o endereço para o taxista que segue viagem. Chegando no destino, ela paga a corrida depois de muito insistir com a mais velha.

— Eu ainda acho que poderíamos ter ficado em um hotel mais simples, não sei como você conseguiu ganhar no banco imobiliário. — Marília diz colocando as malas no chão do quarto.

— Marília, pare de frescura, esse hotel é completo e o preço está ótimo, amanhã precisamos ir em uma locadora de carros, sabe alguma? — diz retirando os brincos na frente do magnífico espelho de bordas douradas.

— Tem a localiza, mas eu escolho o carro, você vai exagerar como sempre. — Rolou os olhos.

De fato o quarto onde estavam era bem luxuoso, ficaram na cobertura e tinha uma belíssima sacada de frente para o mar com duas cadeiras de palha muito bem moldadas e uma pequena mesa de vidro, o quarto era muito bem iluminado, havia uma cama de casal contendo uma suíte com banheira de hidromassagem, o armário embutido à pia com algumas toalhas brancas dentro e alguns frascos de sabonete líquido e sais de banho, o outro encontrava-se uma cama de solteiro e uma bela vista para a rua.

— Vamos tomar banho e dormir, amanhã será um longo dia. — Marília diz abraçando a morena por trás.

— Vamos...? — a morena diz sorrindo.

— Sim, Srta. Pereira... — Mordiscou a nuca da mais velha enquanto tirava o terninho.— Vamos...

Regina acordou e viu que Marília não estava na cama, deu um leve sorriso lembrando-se do momento que passaram horas atrás.

"Que milagre é esse, ela acordar primeiro que eu?" — Pensou.

Caminhou até a sacada e a viu trajada apenas com uma blusa larga e cueca boxe feminina, abraçando-a por trás depositou beijos em seus ombros fazendo a loira se arrepiar.

— Bom dia para você também. — a loira diz virando-se.

— Bom dia, meu anjo loiro. — Sorriu.

— Você quer tomar café aqui no quarto, ou descemos? — Pergunta sem se soltar do abraço.

— O que você acha melhor? — Maraisa devolve a pergunta.

— Não sei, já são dez horas, daqui a pouco temos que ir para a inauguração da empresa. — Fala enquanto acaricia o cabelo da mais velha.

A estrangeira - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora