Calamidade

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Aconteceu pela primeira vez quando eu tinha apenas treze anos, suspeitam que o número treze é amaldiçoado, mas eu posso afirmar que ele é.

Eu estava em um ambiente completamente diferente do habitual, mas conhecia todos os rostos presentes, estavam doze anos mais novos do que alguma vez eu já cheguei um dia conhecer, só que ainda eram os mesmos rostos.

Não tinha como eu não reconhecer aquelas pessoas, porque era minha família antes de conhecê-los.

O assunto da roda era desconhecido por mim, algum tipo de segredo da família falado em códigos ou de uma forma que eu, com meus míseros treze anos de idade, poderia compreender.

Tudo parecia diferente e estranho do que eu estava acostumada, mas não dei importância, aquele sonho poderia ser de uma memória fotográfica por alguma foto antiga que eu já havia visto ou de algo que meus pais já haviam comentado, porém, tudo mudou no dia seguinte.

Na hora do café, minha mãe comentou do seu sonho da noite anterior, ela havia sonhado com uma reunião familiar, os detalhes batiam exatamente com o que eu mesma tinha sonhado.

Foi nesse dia que eu descobri que podia sonhar junto com outras pessoas.  

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