42. Meses atrás

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— E o que aconteceu com a menina?- Jennie queria saber o final da história.

— Uma tragédia, óbvio- olho para Yan, mas eu já sei a resposta.

Eu estava lá.

— Quando a menina se aproximou a sombra sumiu, como se fosse água e tivesse evaporado- ela mente.

A sombra não foi embora, a menina não se safou. Carla morreu nesse sonho e foi por isso que nós acordamos.

Desvio o olhar de todo mundo e bebo meu drink, sem tentar demonstrar expressão.

Mas Danny me viu, seu olhar estava grudado em mim quase à noite toda. Ela deve ter notado o motivo de eu estar dessa maneira.

— Caramba, história foda- Charly come seu marshmallow.

Eles continuam conversando, mas eu não consigo mais me concentrar em nenhuma conversa. Me sinto cansada.

Saio da roda sem avisar ninguém, sinto meu pé tocando a areia, a sensação é muito agradável.

A cada passo o meu pé afunda mais, a areia ainda está quente, apesar de já ser onze e alguma coisa da noite.

A brisa que faz meus cabelos balançarem também é muito agradável, deixa meu rosto fresco e me lembra como é bom viver.

Sinto um suspiro perto da minha nuca, fazendo meu corpo inteiro arrepiar. O sorriso está no meu rosto antes mesmo de ver quem está atrás de mim.

É Denise, é claro que é ela.

Danny coloca sua mão na minha cintura e acompanha meus passos.

— Achou mesmo que ia sair e eu não notaria sua ausência?- dou risada e nego com a cabeça.

— Imaginei que notaria, mas achei que você gostaria de ficar, aproveitar um pouco com nossos amigos- ela sorri e mesmo estando à noite e escuro eu consigo notar o brilho em seu olhar.

"nossos amigos"?- concordo com a cabeça.

— Sim, eles já te consideram da família, você os conquistou- Danny está iluminada, ao luar é ainda mais poética.

Eu sinto o ar parando na minha garganta.

— Eu estava indo deitar, quer ir comigo?- as segundas intenções por trás das minhas palavras são tão vívidas que é quase possível sentir como se elas fossem um beijo no pescoço.

— Mas é claro que eu te acompanho.

Eu não sei quando ou até mesmo como chegamos tão rápido, mas em poucos segundos estamos na sala de jogos.

É a sala com a porta mais próxima que encontramos, já que é a sala mais perto da saída para a praia.

Danny me coloca em cima da mesa de sinuca enquanto me beija, é tão clichê, tão excitante.

Se contassem para a Dakota, de um pouco mais do que três meses atrás, que ela estaria neste instante sendo beijada em cima de uma mesa de sinuca- mas não qualquer mesa, mas sim a mesa da sua Casa de Veraneio- pela mágica que estava brincando de cartas em cima daquele palco, Daki nunca acreditaria.

Mas é real, aquela Daki, eu mesma, estou sendo beijada pela mulher mais linda do mundo em cima de uma mesa de sinuca. Danny coloca sua mão no meio das minhas pernas, mas eu seguro seu punho a fazendo parar.

— Vamos jogar, se você ganhar, eu te deixo me tocar. Uma única chance- sussurro perto do seu ouvido e ela fecha os olhos com um sorriso no rosto.

Denise ri negando com a cabeça, sem acreditar que eu estou jogando baixo desse jeito.

— Devia ter acreditado quando me disseram que você é competitiva- reviro os olhos rindo.

— Às vezes o que as más bocas dizem por aí é verdade- Danny ri e escolhe um taco para jogar.

— Se fossemos cores, eu seria azul e você vermelho e por essa razão irei escolher a bola roxa, no buraco da ponta na esquerda. Certo?- Danny se posiciona, se inclinando em cima da mesa como eu fiz mais cedo.

Uma única tacada e é certeira. A bola branca dá um toque no centro da reta onde ela quer deixar a bola cair e após esse toque vai direto na bola roxa que cai no buraco que Danny indicou.

Ela ganhou.

Denise nem espera minha declaração a anunciando como vencedora, ela me se vira e me beija. Deitando o próprio corpo na mesa me fazendo ficar por cima dela.

— Vamos para o quarto- eu paro o beijo para dizer.

Denise ri e nós duas vamos até o quarto entre alguns beijos e provocações. Deixo-a passar primeiro pela porta e a tranco após eu entrar.

Seguro o pulso da Danny e a beijo, nos levando até a cama. A deito, me fazendo ficar por cima, tiro minha camisa enquanto ela tira a dela.

Em poucos segundos, nos revirando e rindo, tiramos todas as nossas roupas. Beijo a Danny, desço com os beijos, distribuo beijos pelos seus seios, desço mais um pouco até sua barriga, abaixo do umbigo, mudo a rota até sua perna esquerda, desço os beijos pela sua coxa, para virilha, até o meio das suas pernas, até a coxa direita.

Dou uma risada contra sua pele ao ouvir seu suspiro frustrado, mas paro de provocar, coloco cada uma de suas pernas nos meus ombros e beijo o meio das suas pernas.

De beijo passo a chupar, chupo com vontade. Sentindo minha própria vagina ficando cada vez mais molhada.

A penetro com um dedo enquanto a chupo, adiciono mais um dedo quando a sinto mais confortável.

Chupo Denise até ela chegar ao orgasmo e eu sentir sua vagina contraindo contra meus dois dedos. Subo com meus beijos até seus lábios.

Nos beijamos, minha língua passando pela sua, sua mão entrelaçada no meu cabelo, alguns gemidos entre o beijo. Danny leva sua outra mão entre minhas pernas e espalha minha lubrificação por toda minha vagina.

— Quero tentar uma coisa- um sorriso malicioso, meio brincalhão, aparece no meu rosto.

— Tudo o que você quiser- ela morde o meu lábio e assopra em seguida.

— Então fica de quatro pra mim- deixo uma risada escapar, por não estar esperando por esse pedido.

— Porra, Dakota. Uma risada fofa agora? Assim você me quebra- dou outra risada, mas dessa vez sendo uma gargalhada.

— Eu não tenho culpa- roubo um beijo da Danny e rolo na cama.

Fico na posição de quatro como Denise pediu e escuto um assovio em resposta.

Danny inclina seu corpo por cima das minhas costas e enrosca meu cabelo entre seus dedos.

Sua respiração perto do meu ouvido me leva a loucura. Estar de quatro nunca tinha sido uma posição torturante, até agora. Denise está criando seu próprio inferno.

Seu corpo força contra mim, como uma estocada. Um movimento que eu não estava esperando e a surpresa dessa ação faz meu útero contrair, como frio na barriga, seguido de um arrepio que percorre meu corpo inteiro.

Meu corpo está sustentando nossos corpos, sua mão desce até minha vagina que já está molhada desde sua primeira provocação.

Ela me toca, mas não me masturba. Só molha seus dedos e os trás até minha boca.

Eu sinto meu próprio gosto em seus dedos enquanto ela puxa meu cabelo fazendo minha cabeça inclinar para trás.

Denise me proporciona o que eu sempre quis.

O caos no meu interior por me sentir verdadeiramente desejada

Denise volta sua mão para o meio das minhas pernas, dessa vez me tocando de verdade, passando seus dedos pelo meu clitóris, pelos meus lábios, até me penetrar e enquanto me penetra seu corpo pressiona o meu.

Ela me faz chegar ao orgasmo nessa posição e eu consigo sentir minha vagina apertando seus dedos.

Danny sai de cima de mim e se deita ao meu lado, me deito ao seu lado, minha cabeça em cima do seu peito e fecho meus olhos.


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