Jennie só está um pouco melhor hoje, quase três semanas depois do ocorrido, ainda é difícil, mas ela está tentando, o que é um grande começo.
Noite passada eu sonhei o mesmo que Jennie e ela sonhou com o que acontecimento do prédio vizinho. Agora eu sei com detalhes como foi, mas eu não posso contar para ninguém sobre isso.
Primeiro, porque ninguém sabe sobre minhas habilidades especiais indesejável.
Segundo, mesmo que soubessem sobre o meu segredo, eu não contaria, os detalhes do sonho são quase tão pesados quanto ter visto o que aconteceu no momento do ocorrido.
Não posso contar sobre os sonhos, não posso contar sobre o manuscrito que estou lendo, não posso contar sobre nada o que se passa em minha mente e isso está ficando cada vez mais sufocante.
Quando me dou conta estou de frente para a porta dos fundos de um pub. Esse é o pub que a Denise trabalha. O pub do drink doce.
O pub que tem o cheiro de melancia.
Estou parada em frente a porta, hesitando para entrar, desistindo de entrar. Dou um passo para trás, pronta para ir embora, mas alguém abre a porta e eu paro no lugar.
É Denise. Ela está com seu cabelo curto bagunçado e com algumas ondas, seu rosto meio virado para trás como se estivesse conversando com alguém, sorriso no rosto, um cigarro que ainda não foi acendido entre o indicador e o dedo do meio da mão esquerda. Ela é canhota, já tinha reparado nisso da outra vez.
Denise vira seu rosto totalmente para frente e me nota, não sei se é possível, mas seu sorriso parece aumentar ainda mais. Denise se afasta da porta, a deixando se fechar atrás de nós.
— Oii, que surpresa te ver aqui. Ainda mais porque você nunca vem vestida de acordo para ocasião- ela ri, sua frase meio afirmando, meio perguntando.
Eu não respondo, não sei como ou por que estou aqui. É como se eu tivesse entrado em uma espécie de transe e só despertei quando parei de frente para essa porta azul da cor horrorosa.
— É sério, por que você nunca está vestida de acordo com o lugar?- meu olhar desvia para o cigarro entre seus dedos, ela nota meu olhar.
— Ah! Isso aqui. Você fuma?- ela oferece para mim e eu desvio o olhar. Por que estou agindo desse jeito? Parecendo uma adolescente perdida.
Deve ser porque realmente estou me sentindo como uma adolescente e perdida.
— Não. Quero dizer, às vezes sim. Tanto faz. Eu não sei por que estou aqui e sobre minhas roupas, aquele dia me vesti para um barzinho entre amigos, não para um pub e hoje vim direto do trabalho. É melhor eu ir embora- falo sem parar e esperar pela resposta e me viro para sair.
Denise segura meu pulso, sem nenhuma força, só para me fazer parar no lugar. O toque queima em minha pele de uma maneira que nunca senti antes, com ninguém, em nenhuma circunstância.
— Fica. Eu sei o que aconteceu, Charly me contou. Deve estar difícil para você, entra, vou te dar uma dose daquela bebida que você gostou- reviro meus olhos, mas deixo um riso escapar.
Denise continua sorrindo para mim, ela guarda o cigarro no bolso da calça e, ainda segurando meu pulso, me puxa para dentro do pub.
Não tinha me dado conta de que era cedo demais para abertura do local, até notar neste momento que o lugar está vazio, além dos funcionários.
— Denise, vocês ainda nem abriram...- minha voz sai baixa, tímida.
— Está tudo bem, você é minha convidada e não cliente- Denise continua me levando com ela até chegarmos nos seus colegas de trabalho.
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Submersão de Fênix
Ngẫu nhiênO zéfiro enquanto observa o mar é uma sensação de outro mundo, uma tarde tranquila, um sorvete em mãos e amigos ao redor: tudo perfeito. Até surgir uma tempestade e tudo virar de cabeça para baixo. A sensação é de afogamento, distanciamento, quanto...