49. Motivo

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Já se passou um pouco mais de uma semana desde a morte da Susie, agradeci aos céus por ter férias a validar, e passei todos esses dias presa no meu quarto, sem querer sair da cama.

Mas ontem chamei a Denise em casa e, após uma longa conversa, decidi que vou contar a verdade para minha família, porque a solução desse caso precisa acontecer o mais rápido que conseguirmos.

Estamos todos reunidos na sala nesse instante, porque eu os convoquei para uma reunião, esse é o momento da revelação.

Estou nervosa, minhas mãos estão frias e suadas.

Danny está me olhando, se certificando que estou bem.

— Preciso contar algo a vocês, a princípio eu não sabia como fazer isso, porque vai soar como a maior loucura que já ouviram em toda sua vida, mas estou sendo sincera gente- meus amigos estão me olhando com curiosidade, mas também medo.

— Fala de uma vez, Dakota- Jennie pede.

— É bem estranho falar isso em voz alta, mas vamos lá. Eu posso entrar no sonho de vocês, eu sei que parece loucura o que estou dizendo, mas é algo que acontece comigo desde os treze anos de idade e antes eu achava que poderia ser só uma loucura minha, mas eu estive dentro do sonho da minha mãe e no de todos vocês, não posso controlar em qual sonho vou entrar, só acontece. Recentemente quando fui visitar minha avó, ela explicou que é uma maldição da família e que ela também tem, também me falou como eu podia escolher o sonho que iria entrar. Entrei no da minha mãe, no sonho ela fala sobre essa maldição, pede para todos os presentes tomarem cuidado, porque eu poderia invadir seus sonhos e descobrir sobre o "Arquivo V" e é aí que entramos. Eles citam um segredo da família, Yan me disse que os nomes dos funcionários da antiga fábrica também sãos os nomes de quem participou do atentado ao shopping. Gente, acho que está tudo interligado de alguma maneira- todos estão me encarando.

Alguns de olhos arregalados, outros tão surpresos que não conseguem esboçar reação.

— Calma aí, Dakota, uma coisa de cada vez. Entrar nos sonhos?- Tom está confuso, assim como os outros.

— Isso. É como se fosse um filme e eu um telespectador, mas dentro da mente de vocês, não consigo interagir com vocês, nem tocar, eu só assisto- meu olhar desvia para Danny e nosso olhar se encontra.

Ela é a exceção e sabe disso. Porque nos beijamos várias vezes em seus sonhos durante essa semana.

Denise tenta disfarçar um sorriso, mas eu consigo notar.

— Você pode entrar no sonho de qualquer um?- concordo com a cabeça, olhando para Jennie.

— Sim, até de um desconhecido na rua. Basta eu ter notado você em algum lugar.

— Uau, isso é loucura, mas acredito em você- sorrio para Carla.

— Okay e você disse que descobriu uma forma de controlar isso e entrou no sonho da sua mãe. Como é isso? Pode fazer de novo?- me viro para Yan, para responder.

— Não!- Danny se apressa em responder, seu tom de voz assustado.

— Você já sabia sobre os sonhos, não é?!- Charly a questiona na frente de todos.

— Tem um motivo para isso que não vem ao caso agora. E, Danny está certa, eu não posso fazer de novo, tive que fazer meu coração parar de bater para só ter poucos minutos dentro desse sonho, é arriscado demais- eles assentem com a cabeça.

— Você o quê?- Tom não é o tipo de pessoa que aumenta o tom de voz falando com outras pessoas, mesmo que esteja com raiva, mas está sendo diferente dessa vez.

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