39. Mudamos de ideia

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Acordo com a van ainda em movimento, uma música tão baixa tocando que se aparece com toque de elevador.

Os outros estão dormindo, eu olho para frente e Yan também está dormindo, isso é bom, ele precisa descansar.

— Como você está se sentindo?- olho para o lado da Denise.

Jennie está do outro lado da Danny, mexendo no celular com o brilho baixo.

— Estou bem. Mais preocupada com o Yan do que comigo- Jennie concorda com a cabeça.

— Ele está em estado de choque ainda, Ivan deu um remédio para ele dormir- olho para Ivan que também está dormindo.

— E por que você não está descansando?- Jennie dá uma risada baixa.

— Estou empolgada com o livro que estou lendo, mas já estou indo- dou um sorriso para ela e olho pela janela.

O lado de fora está muito escuro, indicando que já escureceu de novo e que nossa viagem está sendo mais longa do que imaginei.

Essas ruas não têm nem postes de luz, são completamente desertas.

Eu observo o restante da viagem enquanto o restante dorme, agradeço por ter ficado acordada, porque eu noto que pegamos uma balsa, poucos minutos depois o carro para em frente uma casa.

Chegamos.

A casa da ilha, não a do lago.

Como sou a única acordada no momento, sou a primeira a descer, Rodrigo que estava dirigindo também desce, ficamos parados olhando para a frente da casa.

— Eu não tive a oportunidade de me desculpar antes por aquele dia, me desculpa por ter pegado pesado com você, não devia ter falado aquelas coisas, minha irmã fez suas escolhas e eu fiz as minhas, não devo sair culpando todo mundo por aí só porque as coisas não saíram como planejei- concordo com a cabeça e fico em silêncio por alguns segundos.

— Está tudo bem, Rodrigo. O que você disse me despertou sobre algumas coisas que eu já devia ter reparado há tempos, além do mais, com quem você pôde desabafar por todos esses anos?- ele sorri fraco e abaixa a cabeça.

Eu entendo a sua resposta.

Ouvimos um barulho e olhamos ao mesmo tempo para a van, é a Carol.

— Pedi para me avisar quando chegássemos- Rodrigo ri.

— Foi mal, você dorme com cara de brava, não queria correr o risco de levar um soco por te acordar- ela dá um soco no braço dele, dá para notar que foi um pouco forte, mas na brincadeira.

— Nada que não possa ser resolvido, eu soco agora- os dois dão risada.

Rodrigo nunca mais vai ter sua vida antiga, nem sua irmã de volta, mas ele conheceu a Carol e eles formam uma boa dupla. Sorrio para mim mesma.

— Tá, mas o que vocês estão esperando para abrir a casa?- encolho os ombros e vou abrir a porta.

O cheiro dá casa é igual ao lado de fora, maresia.

Faz tantos anos que não venho para cá, havia me esquecido como era.

Ligo a luz depois de me certificar que não há cheiro de gás, nem de nenhum combustível e olho ao redor.

Os porta-retratos ainda são de quando Tom e eu éramos apenas crianças, felizes e sem preocupação.

Carol e Rodrigo foram acordar aos outros que começam a entrar aos poucos.

— Caralho, que lugar lindo!- Ivan é o primeiro a entrar.

— Parece minha casa dos sonhos- Charly confessa.

Submersão de FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora