Harry Potter e o Sol Poente - Harry Potter ( Tradução )✓

Capítulo Seis - Lia

Uma semana se passou desde que a família Cullen retornou para Forks e Harry se adaptou bastante bem. Na maior parte, a família parecia estar dando espaço a Harry. A única interação que Harry teve com qualquer um deles foi a conversa que foi forçado a ter com Emmett Cullen na sala de estudos. Houve, no entanto, alguns pequenos ajustes que ele teve que fazer, como onde almoçava.

O ajuste mais difícil que Harry teve que fazer envolveu a quimioterapia. Harry não tinha certeza se os vampiros estavam cientes de seu câncer ou de seus tratamentos semanais. Se estivessem cientes, não fizeram nada para indicar que sabiam. Carlisle Cullen era médico e por isso teria acesso aos seus registros médicos, mas não havia razão para ele ter ido procurá-los. A visão sobrenatural que os Cullen possuíam teria garantido que eles soubessem que ele estava usando uma peruca, mas eles não tinham motivos para suspeitar que ele era careca por baixo, em vez de apenas procurar um certo visual. Era até possível que os vampiros pudessem sentir o cheiro dos efeitos dos tratamentos; entretanto, Rosalie disse que eles prenderam a respiração perto dele por causa do forte fedor de lobisomem.

Foi uma questão de saber se os Cullen sabiam ou não o que Harry estava passando. Se eles não soubessem, ele pretendia continuar assim. Independentemente disso, ele não queria visitantes indesejados se intrometendo em seus tratamentos. Infelizmente, isso significava ir para o tratamento sem Leah ou Jacob, porque o cheiro muito mais potente deles alertaria Carlisle no momento em que entrassem no hospital. O cheiro um pouco mais suave de Harry tinha muito mais probabilidade de passar despercebido ou, pelo menos, ser atribuído a qualquer uma das dezenas de indivíduos da Reserva que mantinham contato regular com a matilha.

Então Harry foi sozinho para o hospital. A falta de companhia durante o tratamento na sexta-feira anterior fez com que a pressão arterial de Harry subisse perigosamente. O médico recomendou fortemente a Harry que trouxesse algo para ler ou que seus amigos começassem a acompanhá-lo novamente. Esta última, é claro, não era uma opção.

A tarde de segunda-feira encontrou Harry e Leah caminhando de braços dados nos penhascos com vista para First Beach. A maneira como o casal andava frequentemente agarrado um ao outro levou mais de um cidadão de Forks a teorizar que eles eram um casal. Tais teorias também fizeram com que alguns dos candidatos da cidade balançassem a cabeça em desaprovação pelo suposto relacionamento.

A temperatura estava um pouco acima de zero e o vento soprava forte, mas a presença de Leah e o sol, que brilhava para variar, mantinham Harry confortável.

"Pare de ficar deprimida", disse Leah.

"Eu não estou deprimido", protestou Harry.

"Sim, você é. Eu sempre posso dizer. Sou brilhante e observadora assim", brincou Leah.

Este era o lado de Leah que estava reservado apenas para Harry. Para seus companheiros de matilha e para todos no mundo, Leah era sarcástica e amarga. Na verdade, Harry fez algumas comparações mentais nada lisonjeiras com o Professor Severus Snape quando conheceu o metamorfo. Leah e Harry se uniram, no entanto, por causa de suas respectivas dores de cabeça. Não muito depois, Leah começou a mostrar seu lado mais suave para Harry. O bruxo se perguntou em várias ocasiões se era assim que ela estava perto de Sam quando os dois estavam namorando antes do imprinting.

"Não é deprimente. Na verdade não."

"Então o que é? Você quer chorar? Porque eu odeio quando as pessoas choram. Fico desconfortável quando as pessoas choram na minha frente."

"Não", Harry disse com uma risada, "eu não preciso chorar. Não chorei desde aquela noite na floresta."

"De jeito nenhum?" Leah perguntou, claramente surpresa.