Harry Potter e o Sol Poente - Harry Potter ( Tradução )✓

Capítulo Trinta e Quatro - Reunião, Parte Um

Charlie Weasley estava observando a anarquia habitual da casa Weasley do que ele considerava uma distância segura. A hora do jantar na Toca era sempre complicada, mas era significativamente pior durante o verão.

Havia uma dúzia de pessoas aglomeradas na cozinha em ruínas. A matriarca do clã Weasley, Molly, estava agitada entre os convidados, tentando ao máximo colocar o jantar na mesa. Seu marido, Arthur, estava sentado à mesa lendo o exemplar do Profeta Diário que não conseguiu ler naquela manhã. À esquerda de Arthur estava seu filho mais velho, Bill, e a nova esposa de Bill, Fleur. Em frente de Gui e Fleur estavam os gêmeos, Fred e Jorge. O mais novo dos meninos Weasley, Rony, estava sentado em frente ao pai. Ron estava esmagado entre sua irmã mais nova, Gina, e sua namorada, Hermione Granger.

Charlie estava encostado no batente da porta que dava da cozinha para a sala. Ele era uma das três pessoas que vieram jantar e para as quais não havia lugar para sentar. Remus Lupin e Nyphadora Tonks também estavam parados na cozinha fazendo o possível para não atrapalhar Molly Weasley.

Todo mundo estava conversando sobre essa pequena informação sobre o esforço de guerra e aquele boato sobre as tentativas do Ministério da Magia de se opor Àquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. A conversa foi tão alta que Charlie mal ouviu batidas na porta da frente.

O domador de dragões ruivo olhou para sua família para ver se mais alguém havia ouvido o som. Ou ninguém percebeu ou ninguém quis se voluntariar para abrir a porta. Charlie decidiu que poderia muito bem atender; mesmo que ele não fosse o único que ouviu, ele era o mais próximo da porta.

Assim que Charlie saiu da cozinha e foi para a sala, ele gritou para quem estava na porta esperar um momento. Ele enfiou a mão no bolso e tirou sua varinha. Embora a Toca estivesse equipada com os melhores encantamentos e defesas que Albus Dumbledore poderia fornecer, nunca se pode ser muito cuidadoso em tempos tão sombrios.

Se alguém escrevesse uma lista de todas as coisas que Charlie Weasley esperava ver quando abrisse a porta da frente, Harry Potter não estaria nem entre os 100 primeiros.

Apesar das mudanças óbvias no menino – ele era um pouco mais alto, mais magro e seu cabelo era mais claro e tinha um estilo muito diferente – Charlie o reconheceu imediatamente. Quem em toda a comunidade bruxa britânica não reconheceria Harry Potter? Seus olhos eram igualmente verdes e a borda da famosa cicatriz em forma de raio era visível sob a ponta de seu cabelo.

Charlie pode ter reconhecido Harry imediatamente, mas o oposto não era verdade. Harry só conheceu Carlinhos Weasley uma vez, brevemente em seu quarto ano em Hogwarts. Fora isso, a única vez que ele se lembrava de ter visto o segundo filho Weasley foi em uma foto publicada no Profeta Diário quando a família Weasley foi ao Egito no verão, entre o segundo e o terceiro ano de Harry em Hogwarts. A foto, como Harry lembrou, apareceu porque a viagem foi financiada por uma grande soma de galeões ganhos por Arthur Weasley no Grande Prêmio do Sorteio de Galeões do Profeta Diário.

Como todos os meninos Weasley, Charlie era alto, ruivo e cheio de sardas. Embora Harry não conhecesse muito bem os dois meninos Weasley mais velhos, ele sabia que Gui usava brinco e tinha cabelo comprido. A falta dessas duas características de identificação levou Harry a concluir que foi Charlie quem atendeu a porta.

"Olá, Charlie," Harry cumprimentou um tanto sem jeito.

O ruivo abriu e fechou a boca diversas vezes antes de conseguir formular uma resposta. "Maldição", ele sussurrou finalmente.

Harry não pôde deixar de sorrir com a reação. Uma rajada de vento particularmente violenta quase arrancou o guarda-chuva da mão esquerda do moreno. O movimento repentino e brusco que a ação causou tirou Charlie de seu estupor.