37. Não estou Brincando

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POV Robert Pattinson

Algumas semanas depois...

Me surpreendi ao ser abordado no aeroporto por uma penca de fotógrafos perguntando sobre meu casamento que aconteceu em Londres.

Santo Deus,eram duas da madrugada,essa gente não tem família?

- De onde vocês tiraram isso?- perguntei para um deles.

- Sua namorada misteriosa voltou de Londres com uma aliança ouro.- justificou o repórter.

- Ela não é misteriosa- falei sorrindo.- O nome dela é Ana Carla Hold.

- No que ela trabalha , Robert?- perguntou outro.

- Ela é cantora.- falei seguindo em frente.

Deixando inúmeras perguntas sem respostas para trás.

Eu estava com pressa, alguém muito mais importante me aguardava em casa.

Peguei um táxi qualquer e tamborilei os dedos enquanto me aproximava do nosso bairro.

Usei minha senha para entrar no portão e porta de casa. Esperava encontrar tudo silencioso,mas fui surpreendido de novo.

Dessa vez pelo som afinado do meu piano sendo tocado.

Eu não conhecia a melodia... mas a voz que cantava era a minha preferida. Adorava ouvi-la bem ao pé do meu ouvido gemendo baixo enquanto me enterrava dentro dela.

Coloquei minha mala no chão devagar,tirei meu sapato para não fazer nenhum barulho e segui o som devagar.

Ela estava linda,como sempre claro.
Usando uma camisola de cetim preto que, por algum motivo , eu parecia conhecer. Apesar de nunca ter visto ela usando aquela lingerie.

Me apoiei na porta e prestei atenção no que ela estava fazendo.

NOTA AUTORA MUSICA Depois do universo na playlist


Ana tinha a voz grave e suave ao mesmo tempo, seus dedos pareciam deslizar pelas teclas e o som fluía de maneira impar pela sala.

A letra da música me chamou atenção... eu não conhecia... e ela cantava com tanta propriedade,com tanta emoção que não tive outra escolha a não ser pegar meu celular e gravar um vídeo seu, mandando logo em seguida para Marcus.

Quando Ana terminou de tocar eu decidi me mostrar presente antes que ela se assustasse.

Dei duas batidinhas no marco da porta e mesmo assim ela deu um pulo no banco que estava.

- Meu Deus!- exclamou colocando a mão no peito.

- Oi...- sorri para ela.

- Oi... você me assustou... – ela levantou,vindo até mim. Estava envergonhada.- Está parado aí a muito tempo?

Não respondi nada, segurei sua cintura e a puxei para mim, expremendo seus lábios nos meus.

Como eu estava com saudade!

Foi apenas duas semana, e quando ela disse que não ia comigo me senti frustrado.

Sorri em seus lábios ao sentir o gosto do vinho em sua língua.

- Você me disse que fazia tempo que não praticava.- me afastei apenas para olhar em seus olhos. Ela estava corada.- Como que alguém que não prática toca desse jeito?

- Desculpa.

Franzi o cenho.

- Do que está falando?

- Abri um vinho seu da adega, não faço ideia do valor e toquei o seu piano.

- Tudo aqui é nosso, Ana.- a repreendi.- Não existe nada só meu.

Ela sorriu.

- Eu sou só sua.- disse risonha.

Sorri também.

- Quanto você bebeu?- eu estava curioso, aqueles olhos pequenos e sorriso frouxo...

Ana mordeu os lábios e depois fez um bico.

- Uma garrafa ...

- Inteira?

- Desculpa!

- Não peça desculpa.... toca pra mim...

Ao contrário do que pensei ela não me negou... e nem pareceu envergonhada ao me soltar e saltitar até o banco do novo.

- Senta aqui...- ela bateu com a mão do seu lado. Fiz o que ela pediu.- O que você quer ouvir?

- Me surpreenda.- de novo, pensei.

Ana me deu um sorriso matreiro e pareceu se concentrar.

NOTA DA AUTORA MUSICA Duas Metades, Jorge e Mateus na playlist


Eu tinha certeza que estava com a maior cara de bobo, mas não estava nem aí.

Ela era perfeita e eu tinha certeza que não estava tocando e cantando tão lindamente assim por causa da bebida.

- Você que fez essa música?- perguntei quando ela me olhou ao terminar.

- Você tem sido minha inspiração.- sorri lisonjeado.- Obrigado, Robert, por me mostrar a cada segundo que eu mereço ser feliz. Eu realmente te amo muito.

Não me restava mais forças.

Eu precisava dela, precisava estar dentro dela.

A puxei para o meu colo e quando ela entrelaçou as pernas em minha cintura subi com ela pela escada,chutando a porta do nosso quarto.

Fui calmo, paciente, decorando cada parte do seu corpo, memorizando cada gemido que ela soltava.

Era minha.

Totalmente minha.

- Casa comigo?- perguntei deitado sobre ela.

Ana arregalou os olhos.

- Não brinca assim comigo...

- Não estou brincando.- falei acariciando seu rosto, seus olhos rajaram de lágrimas.- Casa comigo?




ElisaMesquita0
umalufanazinha


ROBERT PATTINSON | Apaixonado por um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora