Prólogo

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- Você está terminando comigo?- Suki guinchou para mim,seu rosto ficando vermelho escarlate. Encolhi meus ombros, ilusão minha achar que seria fácil.- Quatro anos, Robert! Como você tem coragem?

Olhei ao redor, algumas pessoas nos olhavam com curiosidade. Me enganei achando que terminar com ela num restaurante chic faria ela conter sua fúria.

- Não está mais funcionando, Suki.- falei soltando um longo suspiro.

- Você disse que me amava ontem!

A culpa me atingiu como um soco.

Mas, poxa, ela estava nua em cima de mim, quicando daquele jeito gostoso... Eu tinha que dizer algo que a motivasse.

- Olha, Suki... Me perdoa, ok...

- Eu não aceito!- ela gritou dando um soco na mesa, ao nosso redor as pessoas franziram o cenho. Merda, aquilo ia parar em alguma manchete.- Você tem outra pessoa?

- Não tenho ninguém, Suki.- rolei meus olhos.- Eu só não quero mais ficar num relacionamento assim?
Era tão difícil entender? Ela abriu os olhos e ergueu as mãos.

- Assim como?

- Assim como o nosso.

- O que tem de tão ruim no nosso relacionamento?

- Olha só, você não precisa mais de mim, ok!?- soltei de uma só vez.- Eu não vou mais doar meu nome para você se promover.

Ok, talvez aquilo tenha sido demais para ela. Suki me olhou  enfurecida.

- Eu. Odeio. Você.- grunhiu para mim levantando da cadeira e saindo do restaurante feito um raio.

Apertei meus olhos e bebi o resto do vinho em minha taça.

- Se eu soubesse que precisava apenas dizer aquilo em voz alta já teria dito antes.- falei para mim mesmo.
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- Terminou com ela?- Tom me perguntou do outro lado da linha.

- Terminei.- Entrei no elevador em meu prédio e apertei o botão do meu andar.

- E ela não surtou?

- Surtou. Um pouco.- bem menos do que eu esperava, pensei saindo no meu corredor.

- Você acha que ela vai se vingar?

- Não sei. Espero que não.- suspirei.-Tom, eu estou chegando em casa, nos vemos mais tarde, ok?

- Beleza, irmão.

Coloquei o celular no bolso e peguei minha chave, lembrando que Suki não tinha me entregue a sua cópia. Seria mais fácil eu mandar trocar a fechadura...

Entrei em casa, jogando meus pertences no aparador ao lado da porta, batendo a mesma em seguida.

Tirei meu tênis e fui direto me jogar no sofá, foi aí que eu quase infartei.

- Ahhhhhhhhhhhhhh!- gritei olhando a mulher sentada na poltrona do outro lado da minha sala me olhando furiosa.

- Você está mesmo fadado a fazer da minha existência um verdadeiro inferno, não é mesmo?

- Quem é você?- perguntei ao mesmo tempo que observava o quão linda ela era.

Pele negra, cabelo no melhor estilo Black Power, corpo com curvas generosas. Mas o que mais me chamava atenção era o seu rosto. Em formato de coração, com lábios carnudos, nariz de coxinha e olhos castanhos.

Ela usava vestido longo florido,muito florido.

- Por que você terminou com ela?

- Quem é você?- perguntei de novo.- Como você entrou aqui?

Ela bufou,fazendo uma cara engraçada ao franzir o cenho e cruzar os braços.

- Não interessa como eu entrei aqui.-disse irritada.

- Interessa sim,está é minha casa...

- Você é uma pedra no meu sapato- disse balançando a perna cruzada.- ou seria se eu usasse um. Eu estava muito bem,sabia? Estava tudo perfeito mas você tinha que TERMINAR COM ELA! POR QUE?

Pisquei. Ainda sem entender.

- Você é alguma repórter? Estava no restaurante e me seguiu?

Ela riu. Uma risada de sinos que soaram afinados demais.

- Quem dera eu fosse.- disse me encarando.- Eu sou sua cupido.

Fiquei dois segundos em silêncio.

- Cupido?- me sentei direito, relaxando. – É sério?

- Me poupe dessa sua cara de incredulidade.- bufou fazendo um bico fofo.- Sabe como foi difícil fazer vocês dois ficarem juntos? Você é um homem muito exigente, muito grudento... As mulheres não gostam disso...

Como se eu fosse acreditar naquela história de cupido.

- Olha moça, você trabalha para qual revista?- perguntei por que minha experiência com o mundo mitológico me dava a certeza de que ele não existia.- Você quer um furo de reportagem? Eu te dou uma declaração. Nós terminamos e pronto. Acabou.

Ela grunhiu ficando de pé.

- Eu não sou uma repórter – disse descruzando os braços ao mesmo tempo que um vento estranho rodopiava pela sala, balançando meu cabelo. O que era estranho porque não tinha nenhuma janela aberta.- Eu sou um anjo!

E eu gritei de novo.

Asas imensas, douradas e brilhantes surgiram nas costas dela ao mesmo tempo que seu vestido sumia dando lugar a... Nada... Ela estava nua... Ou quase nua . Uma névoa branca cobria seus seios voluptuosos e firmes, assim como seu sexo, seu quadril era largo e suas pernas torneadas. Sua pele negra cintilava e seu cabelo triplicou de tamanho batendo quase na sua cintura, em cima de sua cabeça pairava uma.... Auréola? Sim... Era isso mesmo. Mas o que prendeu minha atenção foram seus olhos. Era de um dourado brilhante.
Lindo.

Hipnotizante.

E ela flutuava. Seus pés não tocavam o chão e sua cabeça quase batia no teto.
Aquilo era enorme, abraçava todo o espaço da minha sala.

- Puta que pariu.- falei depois de um tempo. Eu só podia estar ficando louco.- Onde isso estava escondido?


Mais uma loucura da minha cabecaaaaaaa

umalufanazinha
Mclararibeiro35
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ROBERT PATTINSON | Apaixonado por um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora