Ana acordou sozinha na cama por volta das 11:30 da manhã. Quando levantou encontrou um bilhete de baixo do abajur no seu bidê.
“ Bom dia dorminhoca,
Desculpa sair sem me despedir mas é que você estava tão linda dormindo que fiquei com pena de te acordar.
A gente se fala.
R. Pattz”
Um sorriso involuntário surgiu no canto dos lábios dela enquanto escolhia uma roupa confortável para sair e aproveitar o seu dia de folga.
Enquanto lavava seus cachos grossos e pesados Ana tentava entender o que um homem como Robert fazia tanto enfiado num prostíbulo.
Ela constatou que não sabia muito sobre a vida dele... Ana se mantinha longe dos romances açucarados então não tinha como assistir nada sobre ele ... Também não tinha interesse em ficar pesquisando sobre como era a vida dos famosos...
Enquanto calçava o tênis a porta do seu quarto foi aberta e Rebeca, sua melhor amiga naquele lugar, uma garota dois anos mais velhas que Ana de cabelos castanhos e lábios pequenos, entrou.
- Vamos ensaiar?- perguntou se encostando no marco da porta.
Ana fez uma careta.
- Eu queria dar uma volta antes, pode ser?- perguntou. Rebeca tocava a bateria na pequena banda que ela tinham. Não era nada profissional,elas tocavam apenas na boate mesmo.
- Vai onde?
- Sei lá. Bater perna.
- Hummm... Eu vi seu amigo saindo daqui quase agora.
- Ele não é meu amigo.- ela se olhou no espelho pegando sua bolsa e seu livro preferido.
- É claro que não é... – as duas se olharam.- Qual é Ana, sou eu.
Ana rolou os olhos e tombou a cabeça para o lado, uma mania que ela tinha e não sabia de onde vinha.
- Eu sei que é você,Rebeca,então acredite quando eu digo que ele não é meu amigo.- e dizendo isso Ana saiu.
O dia não estava ensolarado mas só em poder sair da boate já era bom e saber que ao voltar não teria que atender ninguém era melhor ainda.
Ela colocou os fones no ouvido e apertou o livro nas mãos enquanto caminhava até o Lake Hollywood Park. O clima estava perfeito para se sentar em baixo de uma árvore e ler a tarde toda.
E assim ela fez, até que um casal a poucos metros a sua frente chamou sua atenção.
A garota de cabelos longos e louros estava deitada sobre o cara negro cor de ébano e os dois sorriam um para o outro enquanto conversavam sobre alguma coisa que Ana não conseguia entender.
Pareciam... Apaixonados.
- Sua mãe não te ensinou que é falta de educação encarar?
Ana tirou os olhos do casal de pombinhos e encarou o ator famoso que olhava para ela de cima com o sorriso mais lindo do mundo no rosto.
- Ela não teve tempo de me ensinar muita coisa.- Ela resmungou sentando com postura.- O que faz aqui?
Robert deu de ombros, sentando ao lado dela.
- Eu faço aulas de tênis aqui perto.- disse, Ana notou a roupa despojada que ele usava, bermuda e camiseta.- Estava indo para casa quando vi você aqui. Está fazendo o que?
Ela mexeu o livro nas mãos.
- Aproveitando minha folga para ler.
Robert sorriu de lado ao ler o título.
- O morro dos ventos uivantes- leu erguendo uma sobrancelha para Ana.
- O que foi?
- Não imaginei que você fosse uma pessoa romântica...
- Só por que eu sou puta?
Robert arregalou os olhos, olhando para os lados.
- Pra que falar isso desse jeito?
- Por que não falar? É a verdade.- resmungou incomodada pelo incomodo dele.- Acho que você devia ir embora, já pensou ser fotografado por algum paparazzi acompanhado de uma puta?
Foi a vez de Robert fazer uma careta.
- Eu quero que a mídia se exploda.
Os dois permaneceram em silêncio por alguns instantes, olhando para o casal que continuava a sorrir um para o outro.
- Parece que estão esfregando na nossa cara, não acha?
Ana encarou o ator,Robert tinha uma expressão ultrajada.
- O que?
- O amor.
- Qual seu problema com o amor?
- Com o sentimento nenhum- disse passando a mão no cabelo bagunçado, apoiando os cotovelos nos joelhos.- Só fico meio puto com a forma que as pessoas usam ele um contra os outros.
- Contra?
- É.- A resposta simples e direta de Robert deixou Ana mais confusa do que já estava, mas ela não insistiu.- Você já amou alguém, Ana?
- Não.- respondeu olhando para frente, fingindo ver duas crianças correrem descalças sorrindo como se a vida fosse um mar de rosas.
- Qual a sua idade?
- 25.- pela visão periférica ela viu a expressão de choque no rosto dele.- E antes que me pergunte por que eu estou nessa vida te digo que meus pais me abandonaram assim que eu nasci. Cresci no orfanato local e depois de muito tentar uma vida normal tive que dar o braço a torcer e fazer o que faço.
- Você não suporta isso, não é?
- E quem suportaria?
- Algumas meninas parecem... Confortáveis...
- Algumas sim...
- Mas por que você não usa o dinheiro que cobra pra sair disso?
Ela o encarou.
- E quando acabasse o dinheiro eu faria o que?- perguntou não obtendo resposta. Robert encolheu os ombros.- Eu já tentei, Robert. Mas ninguém da emprego pra uma puta.
- Desculpa...
- É que para você é bem simples- Ana largou seu livro entre os dois e abraçou os joelhos.- Você tem o mundo aos seus pés.
- Nem sempre foi assim.- o ator resmungou.
- Eu sei. Mas você conseguiu mudar a sua realidade por que te deram uma oportunidade, algo que eu nunca vou ter.
Robert se virou para ela, a expressão torturada.
- Não diga isso,Ana. .. Eu posso te ajudar ... Posso conseguir...
- Não. Você não pode. – ela sorriu sem humor.- Eu nem sei como você ainda não foi flagrado na boate.
Ela tinha razão... Ou não. Se Robert não temesse tanto...
- Me diz o que eu posso fazer por você.- ele pediu depois de um tempo.
- Está tudo bem, Robert.- Ana pegou seu livro e levantou, ficando de frente para o ator enquanto limpava o short que usava. Robert a olhou.- Eu já me acostumei. Tenha uma boa tarde.
Ele ficou onde estava, observando a garota se afastar aos poucos. Até de costas ela era linda, pensou. O quadril sinuoso quebrava de um lado para o outro enquanto os braços se agitavam na lateral do corpo.Ele tinha que ajuda- lá de algum jeito.
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ROBERT PATTINSON | Apaixonado por um Anjo
FanficEntrei em casa, jogando meus pertences no aparador ao lado da porta, batendo a mesma em seguida. Tirei meu tênis e fui direto me jogar no sofá, foi aí que eu quase infartei. - Ahhhhhhhhhhhhhh!- gritei olhando a mulher sentada na poltrona do outro la...