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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRODia seguinte

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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO
Dia seguinte.

Passei a mão pelo colchão encontrando-o vazio.

Sinceramente? Não faço ideia de porque procurei por alguém. Ele dorme comigo, mas nunca acorda comigo. Não é como se fosse mudar da noite pro dia.

Sentei. Apertei os olhos tentando encontrar sei lá... Dor de cabeça? Pra uma pessoa que só tinha fumado uma única vez no ensino médio o que aconteceu ontem foi loucura. Bingo.

Uma dor de cabeça fina sobe pela minha nuca e eu me jogo no colchão de novo. Um cheiro forte de chá de erva-doce invade meu nariz e eu enfio o rosto no travesseiro pra afastar a sensação de ânsia que vai se formando em meu estômago.

Minha mãe não cansa desse negócio de ervas? Passou a noite toda fumando e tá fazendo chá sete horas da manhã?!

Levantei depois de muita luta, tomei um banho rápido e coloquei o pé pra fora do quarto me arrependendo no memso instante.

Mamãe tá na cozinha... E Gabriel também. Os dois estão num papo tão bom que só me percebem quando encosto o ombro no batente que divide os cômodos.

—Acordou a bela adormecida! — Mamãe soltou uma risada, caminhou até mim e deixou um beijo apertado na minha bochecha.

—Também, depois do boa noite Cinderela de ontem... — Gabriel levanta uma sobrancelha.

Mamãe deve ter pensado que estava falando sobre o baseado, mas com certeza esse vagabundo tá falando de outra coisa. Lhe mostrei uma carranca.

—Quer um chá pra limpar as impurezas, filha? — Mamãe vira e abre as portas do armário.

—Se for mesmo pra limpar as impurezas vai precisar dar seu chá todo, tia — Gabriel me abre um sorrisinho de lado.

—Ata. Se fosse pra eliminar as suas impurezas nem o estoque todo de erva-doce que ela tem em casa ia dar conta — Briguei de volta.

—Por isso que a gente se dá tãoooo bem assim — Ele diz, estalando a língua no céu da boca.

—Nossa, muito bem — Estalei a língua no céu da boca também — Tão bem que nem tenho nada a dizer sobre você ter me ignorado ontem.

—Eu te ignorei ontem? Que horas? — Ele ri, levando uma xícara cheia de chá até a boca — Fiz tudo do jeito que pediu.

—Inclusive não aparecer na minha casa — Lhe mostrei um sorrisinho frio. Ele me encara trincando o maxilar.

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora