——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO
Dia seguinte.Ele acabou comigo. Não sei nem se consigo levantar depois da coça que levei.
Meu corpo ainda tá formigando e ele tá olhando pra mim como se não tivesse acontecido nada. Tipo... Tá inteiraço. Enquanto isso eu tô aqui... Parece que corri aquela maratona de São Silvestre inteira sem água e sem direito a parar um segundinho pra respirar. E olha que já é outro dia, imagina minha situação ontem? Porra. Eu tava destruída.
O Rowan sobe na cama e arranha a perna dele, soltando um miado que soa como “quem é você e tá fazendo o que aqui?”
—Acho que seu gato me odeia — O jogador faz uma careta enquanto encara meu gato.
—Fica quieto, Rowan — Briguei, puxando ele antes que avançasse e aranhasse a cara dele também.
—Como que é o nome dele? Rô o que? — O homem largado na minha cama pergunta.
—Rowan.
—Que nome estranho, porque? Tem um motivo ou sei lá, só saiu juntando umas letras aleatórias? — Soltou uma risadinha enquanto eu colocava o gato pra fora da cama.
—É o nome de um personagem literário — Expliquei — Ele vive naqueles livros ali — Apontei pra coleção de luxo de Trono de Vidro numa área especial da estante que tenho no quarto — E é um puta de um gostoso.
Ele aperta os olhos, ainda com uma careta no rosto.
—Tantos livros... Já leu todos? — Me olha de lado.
Ele tá achando isso aqui muito? Imagina se visse a quantidade de estantes e de livros que tem no quarto de hóspedes.
—Nem a metade — Balancei a cabeça negativamente.
—Então pra que tantos? — Soltou uma risada.
—Porque pretendo ler todos um dia — Dei de ombros. Que mentira descarada, tem livro por aí que tenho e não quero ler nem morta. A verdade mesmo é que sou capitalista, viciada em comprar — Proibido me julgar, você pediu pra te desenharem em todas as paredes da sua casa.
—Nossa, começou — Revirou os olhos — Já percebeu que a gente não consegue manter uma conversa inteira sem trocar farpas?
—Não posso fazer nada se sou a única que diz verdades na sua cara — Forcei um sorrisinho em sua direção. Ele gargalhou.
—Não foi exatamente desse jeito que eu imaginei quando te vi pela primeira vez, sabia? — Ergue uma das sobrancelhas.
—Como não? Eu ia te bater aquele dia se não tivesse me segurado — Soltei uma risadinha.
—Mas aquela não foi a primeira vez que te vi. Nem a noite do vestidinho curto naquela festa — Diz de um jeito divertido.
Eu deveria ter achado divertido também, mas na verdade esse papo de “me ver” sempre me deixa nervosa. Sempre.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙
FanfictionLuísa sempre foi uma pessoa dos bastidores. Além de trabalhar por trás das câmeras envolvida em entrevistas, coletivas de imprensa e zonas mistas, também é alguém invisível. Acostumada a não ser vista, a garota desconta todas as suas frustrações em...