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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIROMesma noite do capítulo anterior

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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO
Mesma noite do capítulo anterior.

—Você tá roubando! — Joguei água na cara dele, que soltou uma risada segurando minha mão.

—Você perdeu. Só aceita — Estalou a língua no céu da boca.

—Quem brinca de guerra de dedões e usa o peso todo do braço? — Revirei os olhos — Claro que você ia ganhar, um braço desse tamanho todo.

—Não usei o braço. Só os dedos — Me mostrou um sorrisinho sacana, joguei água nele de novo.

Estamos a tempo demais dentro da banheira, deve ter passado de meia noite e a tá tudo tão silencioso que tenho certeza que somos os únicos acordados. No condomínio todo.

O climinha aqui dentro é tão agradável que não consigo não chegar mais perto, não consigo não passar meus joelhos por suas pernas e sentar em seu colo, não consigo não aproximar minha boca da dele.

—Lu... — Ele desvia o rosto — Era só um banho, lembra?

As mãos pousam suavemente na minha cintura e os olhos se encontram com os meus.

—Eu sei — Falei um pouco mais baixo, assistindo ele deslizar os olhos até meu busto. Meu corpo todo se arrepia e meus seios ficam rijos.

—Então? — Sobe o olhar até o meu de novo.

—Então... — Mordi o lábio, me movimentando no colo dele. É mínimo, mas ele aperta minha cintura e entreabre os lábios.

—É tipo meu castigo por ter trapaceado na brincadeira? — Fecha os olhos quando chego mais perto — Se for tá funcionando.

—Talvez eu só queira te agradecer — Olhei pra ele, que me encarou de volta.

—Você não precisa me agradecer — Eleva um pouco mais o queixo. Isso me dá um pouco de espaço e eu começo a trilhar as tatuagens do peitoral com os dedos. — Não fiz nada.

—Claro que fez — Respondi, subindo meus dedos até o cabelo. Os fios estão curtos e eu raspo as unhas pela região sentindo um arrepio se espalhar na pele dele logo abaixo.

—Sério — Entreabiu os lábios — Vamos só sair daqui.

—Porque? — Entreabi meus lábios também, chegando perto dos dele.

—Não é o momento, tá bom? — Os dedos dele afastam meus cabelos do ombro — Não é a hora certa.

—Achei que você fizesse quando e com quem quisesse — Apertei os lábios.

—Esquece. Esquece isso agora — As mãos voltaram a pousar na minha cintura — Não é hora de fazer o que eu quero, é hora de cuidar de você.

—Eu tô bem — Falei no automático.

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora