011

10.8K 1K 416
                                    

——— 📚✨ NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× SÃO PAULO ———05 de julho de 2023Dia seguinte

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

——— 📚✨ NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA
🏟️ ~× SÃO PAULO ———
05 de julho de 2023
Dia seguinte.

Acho que nunca dormi tão bem em toda minha vida.

Dormir é algo que eu tenho muita dificuldade em fazer, desde nova. Minha mãe vivia enchendo a cabeceira da minha cama com filtros dos sonhos e minha vó vivia de promessas para o Divino Pai Eterno. Tudo isso pra uma criança de 6 anos conseguir dormir.

E mesmo assim eu sempre tive muita dificuldade. Minha cabeça simplesmente funcionava melhor de madrugada. Era deitar a cabeça num travesseiro e explodir de ideias, revirar no colchão, chorar de desespero e desistir. Então eu levantava, ligava o notebook e passava a madrugada mergulhada em universos que me contavam suas histórias.

Depois que comecei a morar sozinha, as coisas pioraram. Faziam semanas que eu não sabia o que era passar uma noite inteira dormindo. Tranquila. Relaxada. Até agora.

Minha bochecha tá em cima do braço do jogador e o outro braço dele tá ao redor da minha cintura. A respiração lenta dele bate no meu pescoço e um arrepio inconsciente se espalha pelo meu corpo.

Tá quentinho, mesmo com a porta da varanda aberta e uma chuva fina do lado de fora. Me remexo dentro da conchinha e ele me aperta, fazendo com que eu me mantenha no lugar.

Acho que acordou. A respiração fica um pouco mais pesada, os dedos me apertam um pouco mais. Eu facilito o contato, arqueado minha coluna. Isso faz com que minha bunda toque em determinadas partes dele e posso ainda estar dormindo, talvez sonhando, porque geralmente não faria algo assim.

Estamos os dois seminus. Lembro de termos levantado, trocado o lençol da cama e transado de novo. E agora tem pele demais dele tocando em mim e tem a mão dele se enfiando debaixo da camisola.

Meu quadril se movimenta praticamente sozinho contra o dele, buscando proximidade, querendo mais. Os dedos dele descem, fazendo minha calcinha embolar até o meio do quadril. Meu coração acelera, ciente do que vai acontecer dentro de segundos.

Me pego pensando se minha mãe já chegou, se ela escutaria minha cama batendo na parede também, mas não tenho tempo pra pensar nisso, a porcaria do meu celular começa a tocar na cabeceira da cama.

Os dedos apertam um pouco mais o meu quadril como se dissesse "deixa tocar". A chamada cai na caixa postal. Os lábios dele tocam meu ombro. Os dedos no meu quadril escapam até o meio das minhas pernas...

O celular toca de novo.

Merda.

—Vou precisar atender — Resmunguei me esticando inteira pra alcançar.

O nome da Carina aparece na tela e eu faço uma careta. Será que atendo? O relógio diz que é 6:43 da manhã, é muito cedo pra ela me ligar e se ela tá acordada tão cedo deve ser algo importante.

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora