Epílogo

9K 835 467
                                    

(meta de 400 comentários)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

(meta de 400 comentários)

——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA

CERCA DE UM ANO DEPOIS.


—¿Qué vamos a hacer en nuestra primera Navidad? (o que vamos fazer no nosso primeiro Natal juntos?) — Perguntei pra ele.

—Hum... Siempre lo pasé con mis padres ¿y tú? (eu sempre passei com meus pais e você?) — Mexe no meu cabelo.

—Minha mãe nunca faz nada nessa data, tipo... Ela não celebra. Por causa das crenças ou algo assim — Apertei os lábios.

—¿Entonces no tienes una tradición navideña? (então você não tem uma tradição de Natal?) — Perguntou, analisando meu rosto enquanto eu balançava a cabeça negativamente algumas vezes — En Uruguay hacemos parrilladas y tomamos mate junto a la piscina (no Uruguai fazemos churrasco e tomamos mate na piscina).

Lembro de ter passado o Natal algumas vezes na casa da minha avó quando ela ainda era viva. Minha mãe e ela não se davam tão bem por conta de escolha religiosa, por isso mamãe sempre deixou que vovó me levasse à igreja e fizesse todos aqueles ritos católicos. Mesmo assim cresci com pouquíssimas tradições, já que dona Celeste é completamente desapegada. Em todos os sentidos. Tipo... Aquele papo que tivemos sobre o amor da vida e o amor pra vida? No final de tudo acho que ela estava certa sobre ser o próprio amor.

—Parece ótimo — Cheguei mais perto.

—¿Ven conmigo? — Convida, deixando com que eu deitasse em seu peitoral — Puedes tener tu primera tradición con mi familia y luego la próxima Navidad tendremos la nuestra (você pode ter sua primeira tradição com minha família e então no próximo Natal vamos ter a nossa).

—A nossa tradição?

—Sí. Y nuestra familia (sim. E nossa família).

Meu coração começa a bater na garganta. Sempre soube que esse tipo de conversa ia acontecer mais cedo ou mais tarde. E não é que eu não o ame ou que não confie nele pra ser o pai dos meus filhos, acho que só... Não consigo me livrar de uma hora pra outra dessa sensação de que nasci pra ser minha mãe dois ponto zero. Mesmo que ela tenha mudado depois de tantos anos e tudo mais.

—Você... Quer ter uma família comigo? — Cocei a garganta.

—Por supuesto que quiero (é claro que quero) — Se remexe no colchão o que faz com que eu fique mais nervosa a cada segundo — ¿No quieres tener una familia conmigo? (você não quer ter uma família comigo?)

—Não é isso. É só que... — Travei — Deixa pra lá.

—No, mi amor... Dime — Pede um pouco mais baixo — Quedamos en contarnos siempre lo que estábamos sintiendo, ¿recuerdas? (combinamos de sempre contar o que estamos sentindo, lembra?)

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora