Luísa sempre foi uma pessoa dos bastidores. Além de trabalhar por trás das câmeras envolvida em entrevistas, coletivas de imprensa e zonas mistas, também é alguém invisível.
Acostumada a não ser vista, a garota desconta todas as suas frustrações em...
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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO Uma semana depois.
—Não — Foi a primeira coisa que falei quando abri a porta de casa e dei de cara com o Gabriel do outro lado.
—“Boa noite, Bi. Amei te ver” — Ele abre um sorrisinho debochado.
—Meu Deus — Passei a mão no rosto — Você não pode simplesmente ficar aparecendo aqui em casa sem nem me avisar antes, tá maluco?
—Posso entrar? — Piscou algumas vezes — Eu trouxe lanche — Levantou algumas sacolas do MC Donald's.
—Você me deixa louca, sério — Dei espaço pra ele entrar — Custava mandar uma mensagem perguntando se pelo menos eu tava em casa? E se eu não tivesse?
—Você reclama demais — Estalou a língua no céu da boca, dando um pulinho quando o Rowan soltou um miado e saiu correndo lá do outro sofá — Opa, calma aí gatinho. Ainda tô todo arranhado da última vez. E eu trouxe uma coisinha especialmente pra você também...
Fiquei assistindo ele abrir uma das quatro sacolas que tinha em mãos enquanto o Rowan ficava rondando igual uma onça rondando a presa. Daí não me aguentei e soltei uma gargalhada quando vi o que tinha dentro da sacola.
—Você tá tentando comprar meu gato? — Gargalhei de novo vendo-o mostrar um daqueles ratinhos cheios de penas pro Rowan.
—Aqui óh, comprei até um bagulho pra ele ficar arranhando e não querer descontar em mim — Diz, tirando um tapetinho da sacola.
Rowan adorou o ratinho e saiu tentando pegar ele por toda a sala.
—Viu? Sabia que ele não ia me odiar pra sempre — O homem diz com um sorriso no rosto se levantando com o restante das sacolas.
Eu acho o gesto meio fofo. Acho legal ele se preocupar em agradar até meu gato já que aparentemente o safado do Rowan tinha escolhido um lado. Ele se importar deixa um quentinho no meu estômago.
—Hum — Murmurei limpando a garganta — Tá tentando fugir da bronca que eu tenho pra dar.
—Você podia ter outra coisa além da bronca pra me dar. Sei lá, a bo... — Começou.
—Nem termina de falar isso, se terminar vou te expulsar — Avisei enquanto ele ria.
—A boca. Era só isso que eu ia dizer — Ergue uma sobrancelha e passa por mim indo direto pra cozinha.
Impressionante.
Será que ele é assim sempre? Se sente em casa em todos os lugares, fica pelado quando quer, não tem um pingo de vergonha e tudo mais?
—Gabriel tô falando sério. A conversa que a gente teve na última reunião não adiantou de nada? — Perguntei, lembrando sobre o papo dele me perguntar antes quando quisesse me ver.