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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× SÃO PAULOCerca de uma semana depois

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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× SÃO PAULO
Cerca de uma semana depois.
26 de agosto de 2023.

Tanta coisa que eu podia fazer e me pediram pra buscar o bolo de aniversário do outro lado de São Paulo. Sério.

A sacola tá pesada e o meu celular vibra no bolso da calça, preciso fazer um malabarismo dos grandes pra conseguir pegar. Tudo isso pro que como se não bastasse pegar o bolo, também me fizeram pegar uns enfeites encomendados numa rota completamente diferente da confeitaria. Agora tô aqui, segurando uma sacola gigante com um bolo de aniversário surpresa e tentando não deixar as plumas do bagulho escapulir de outra sacola enquanto desbloqueio o celular e dou de cara com uma notificação do Instagram.

De um verificado.

Apertei os olhos encarando a resposta ao story de mais cedo —— uma foto ainda dentro do avião —— li e reli o "SP?" e cliquei em cima da foto só pra ver se não era uma miragem ou algo assim, mas não... É o Diego mesmo. Tava pra responder quando alguém para do meu lado.

Isso me faz dar um pulo tão grande que o celular escorrega da minha mão e sai girando, girando e girando até se estabanar no chão. Daí como se não tivesse como ficar pior... Quem se abaixa pra pegar é ele... A pessoa que menos podia me ver agora...

—Está muy asustada, cariño — Joaquín diz, me estendendo o celular.

Pelo amor de Deus. Que essa bomba esteja desligada, por favor. Por favor. Por favor.

MEU DEUS! O BOLO!

O aniversário dele foi dois dias atrás e eu ainda tô querendo me matar por só ter mandando um "Feliz cumpleaños" que ele nem me respondeu. Que droga. Agora já era a ideia de aparecer completamente de surpresa na festa dele. Vacilei e ele me viu. MEEEEEEERDA.

—É... Oi! — Tirei um lado do casaco que tô usando e deixei com que caísse por cima da sacola do bolo — Tá quente, né? É... — Olhei pro elevador que não chegava nunca.

PUTA MERDA, MERMÃO.

—¿Quieres ayuda? — Ele aperta os olhos e encara a outra sacola na minha mão. A porra da sacola cheia de enfeites.

—Ahn... Não, não — Neguei depressa — Na verdade minha mãe tá precisando disso tipo... Puff pra ontem então eu vou subir de escada. Correndo. É. Isso. Tchau!

PUTA QUE PARIU, BOCETA, CARALHO, DESGRAÇA.

Jesus.

Que zona eu sou.

Já não basta ter desejado só um feliz aniversário, sem nenhum coraçãozinho ainda tive que deixar o coitado falando sozinho. Que merda.

Meu coração tá batendo na garganta quando abro a porta do apê da minha mãe. Eu tô suada, com o celular escorregando da mão e a marca da alça da sacola no meio do braço.

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora