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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIROMesmo dia do capítulo anterior

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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO
Mesmo dia do capítulo anterior.

Não consigo manter minha perna parada e nem consigo parar de ligar e desligar o celular pra ver se a Carina mandava alguma coisa.

—Então... Pedimos um aumento salarial em torno de 20% nas primeiras tratativas — O empresário diz — Eles propuseram um bônus por metas e disputas de títulos.

Do meu lado o jogador apertou os lábios. Tenho certeza que ele tá odiando todo esse papo tanto quanto eu. Qual éeee, o que eu tenho a ver com o tanto de dinheiro que eles querem pegar do Flamengo na próxima temporada?

Meu salto faz um barulhinho que me acalma quando bate no piso de mármore, até consigo esquecer o coitado do meu mindinho todo lascado e apertado por conta da tira da sandália.

—Eu achei que iam pedir um aumento de pelo menos 50% — O assessor pessoal diz do outro lado da mesa. Bocejei. Ele quer um aumento de 50% e já ganha mais de um milhão por mês, o que será que faz com todo esse dinheiro? Joga pra cima numa parte das festas que eu ainda não conheci? Distribui em casas noturnas? Acho bem a cara dele.

—Eu disse que a primeira tratativa foi de 20% — O empresário faz um adendo — O clima na diretoria não é dos melhores e aposto que nosso cliente tem algo a nos dizer sobre isso.

Silêncio na mesa. Todo mundo vira pra encarar o cara do meu lado. De repente o único barulho na sala inteira é meu salto batendo no piso e acho que isso incomoda o jogador porque ele mete a mão na minha coxa.

Só não solto um grito com o susto porque consegui me controlar a tempo, mas meti minha mão embaixo da mesa e empurrei a mão dele de lá o mais depressa possível.

—Ele começou e eu respondi. Só isso — Um sorriso do tamanho do mundo no rosto. Não consegui me controlar, soltei uma risadinha.

—Algum comentário, tigresa? — O assessor pessoal pende a cabeça pra me encarar.

Luísa — Corrigi — E não. Obrigada — Forcei um sorriso.

—Vem cá — Um outro cara se remexe na mesa — Desde quanto você traz suas peguetes pra esse tipo de reunião?

—Oi? — Pisquei sem entender, virando na cadeira pra fuzilar o cara do outro lado. Fiquei esperando o jogador dizer alguma coisa, mas ao invés disso ele tá olhando pra mim com um sorrisinho no rosto — É sério? — Revirei os olhos.

Meu celular vibra algumas vezes em cima da mesa e meu coração começa a bater contra os ouvidos.

Puta. Merda.

É o Joaquín.

—Não sou peguete de ninguém — Murmurei balançando a cabeça enquanto desbloqueava o celular e lia a mensagem.

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora