Luísa sempre foi uma pessoa dos bastidores. Além de trabalhar por trás das câmeras envolvida em entrevistas, coletivas de imprensa e zonas mistas, também é alguém invisível.
Acostumada a não ser vista, a garota desconta todas as suas frustrações em...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO Alguns dias depois
—Desculpa tia, mas o Gabriel é muito superior — Carina estala a língua no céu da boca enquanto enfia a mão no potinho de amendoim da minha mãe. Levando um tapa por isso — Ai! A senhora tá jogando sujo, hein?!
—Come o seu — Mamãe reclama, elevando o potinho acima da cabeça — Não sei de onde vocês tiram essas ideias. O Jopi é perfeito.
—O Gabriel simplesmente diz tudo o que sente — Carina contrapõe, roubando dos meus amendoins agora.
—Não, ele age por impulso — Mamãe diz — Ele pensa e faz, não para um segundo sequer pra pensar.
—E o Piquerez é um bobão que vive pensando demais e fazendo de menos — Minha amiga continua a discussão — Desculpa amiga, nada contra.
—Só tudo — Brinquei. Ela soltou uma risada como se dissesse “é isso aí”.
—Ele se importa com o que ela sente, não quer machucar — Mamãe continua defendendo o seu queridinho.
—O Gabriel também? — Carina diz como se fosse óbvio — Ele presta atenção, tia. Ele sabe que ela tem dificuldade de dizer não, sabe que ela precisa se sentir a vontade e parou de ser um inconveniente do caralho, o que é um passo e tanto.
—E o Jopi não? Ele veio de São Paulo pra cá porque sabia que o pai dela ia tá aqui, só pra cuidar dela — Minha mãe diz — Os bad boys são bons. Fumar maconha, transar em local público e se aventurar é foda... Mas ter alguém pra cuidar de você, respeitar seu espaço e só dormir as vezes é a melhor escolha. É pra vida.
Silêncio na sala.
—Você tá muito calada — Carina me cutuca.
—Não tenho o que falar, concordo com as duas — Soltei um suspiro e me joguei no sofá.
—Qual dos dois tem o pau maior? — Pasmem... Não foi a Carina que perguntou.
—MÃAAAAAE! — Joguei uma almofada nela, que soltou uma gargalhada.
—Tem que ter alguém na frente nessa disputa — Diz como se não fosse nada demais.
—Essa pergunta é muito muito boa mesmo — Carina ri também — E aí?
—E aí NADAAAA — Joguei uma almofada nela também — Eu não vou ficar comparando o pau alheio, eu hein.
—Ah pelo amor de Deus. Pois eu comparo sim. Falar mal do pau alheio é tipo reparação histórica — Carina disse. Silêncio de novo.
—Eu não vou falaaaaaar — Gargalhei, percebendo que estavam esperando uma resposta.
—Então vou reformular a pergunta — Minha mãe se remexe na poltrona — Qual dos dois já te deu o melhor orgasmo?
