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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIROMesma noite do capítulo anterior

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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO
Mesma noite do capítulo anterior.

—Como você tá se sentindo?

Hum... Parece que a sala de casa tá duas vezes maior do que realmente é. E eu tô com as pernas por cima do colo do Gabriel e não fazia ideia que meu sofá era tãooooo macio assim.

—Drogada — Soltei uma risada.

—É porque você tá — Ele solta uma risada também, achando o máximo.

—É, eu tô mesmo. Muito — Ri também.

—Muito mesmo. Pra caralho, Lu.

—Pra caralho, tipo muito pra caralho — Passei a mão no rosto sentindo a mão dele tocar minha coxa. Ou foi meu braço? Hum... Não sei não, mas ele tocou porque eu tô... Sentindo?

—Caralho é uma palavra estranha pra caralho — Mamãe diz do outro lado da sala, soltando fumaça pra todos os lados.

Na verdade a sensação é que tem fumaça pra todos os lados, como se estivesse rolando um churrasco naquelas churrasqueiras beeem antigas à carvão e todas as janelas e portas estivessem fechadas. Ou talvez, sóoooo talvez, minha vista que esteja nublada.

—Sabe o que caralho significa? — Gabriel perguntou, erguendo o pescoço do mesmo jeito que um caramujo faz quando tira a cabeça do casco — Caralho significa... Porra — Ele solta uma risada e  se mexe no sofá.

Isso faz meu pé resvalar em partes que não deveriam e o olhar dele desce.

—Como assim caralho significa porra, então porra significa caralho? — Franzi o cenho olhando pra ele.

—Então porque um caralho e o outro porra, se é tudo a mesma coisa? — Mamãe quer saber, me estendendo o baseado já pela metade.

—Se eu mando alguém pra casa do caralho, tô mandando pra porra? — Perguntei, tentando balançar a cabeça pra negar o baseado.

Gabriel continua olhando pra onde meu pé toca, e passa a mão pela região, arrastando-o para longe.

—Porque a cadeira tem 4 pernas e não 8? — Gabriel perguntou, fazendo exatamente do mesmo jeito e esticando o pescoço — Porque se tivesse 8 estaria muito mais segura, ninguém ia cair. Nunca.

—Se fosse assim o ser humano ia precisar ter três, mas não tem — Mamãe entra no papo.

—Como não? — Gargalhei — Tem gente que tem três pernas sim.

—Nãooooooo — Gabriel gargalhou, relaxando o corpo ainda mais no sofá.

Me vejo prender o lábio inferior entre os dentes, assistindo o short subir e marcar tudo por ali. Meus rosto esquenta e eu até começo a enxergar as coisas melhor.

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora