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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO25 de julho de 2023

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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× RIO DE JANEIRO
25 de julho de 2023.

Só pode ser um sonho.

E nesse sonho eu tô dentro de um banheiro enorme. O chão é de porcelanato, tem uma banheira grande e vazia e a ducha está ligada. Levando em consideração que consigo enxergar pelo box, é um banho gelado. E pode ser gelado, mas eu tô quente.

Na vida real eu provavelmente não chegaria mais perto, mas é um sonho e a Luísa de lá decide que é uma boa chegar mais perto e parar na divisa do box.

Ele claramente não tá me vendo. Os olhos estão fechados e a cabeça tá jogada pra trás enquanto a ducha forte cai toda sobre seu corpo.

Meus olhos analisam cada centímetro de pele exposta. A tatuagem "predestinado" no peito, o "9" no pé da barriga... A análise para por aí. Meu coração começa a bater forte quando ele abre os olhos, mas aparentemente sou invisível nesse sonho.

—Droga — A voz rouca dele diz. O punho fechado bate contra a parede e ele olha pra baixo. Eu acompanho o olhar e encaro o tamanho do problema.

Caralho.

A respiração dele tá pesada e ele pragueja baixo demais quando envolve o pau com a própria mão.

Perco algumas batidas.

—Tá pensando em mim? —A Luísa do sonho perguntou.

Ele não responde. Os olhos continuam fechados e está mordendo com força o lábio inferior enquanto sobe e desce a própria mão.

Me deixa fazer por você — Meu eu do sonho diz, querendo chegar mais perto.

Porra — Ele vira no box, a testa toca a parede e ele olha pra baixo com a boca aberta enquanto continua com os movimentos. A velocidade aumenta, meu corpo esquenta.

A Luísa do sonho cruza as pernas e prende a respiração, começando a se imaginar entre ele e a parede, com a água gelada caindo entre os corpos e ele se movimentando exatamente do jeito que a própria mão está fazendo agora. Rápido. Forte.

Não consigo mais perguntar em quem ele estava pensando ao fazer aquilo, fico presa no jeito que ele xinga e bate com o punho fechado na parede, como se estivesse fazendo com ódio. Então eu paro e assisto ele se tocar, aprecio a vista. O jeito que as gotas de água deslizam pelo peitoral dele, o jeito que as veias saltam do braço pela forma que ele bombeia... Quase vou de arrasta pra cima quando ele, finalmente, goza.

O rosnado baixo que solta diz que realmente odiou ter que fazer isso sozinho. O maxilar tá trincado do mesmo jeito que estava na empresa, os olhos fechados com força enquanto a água cai.

Não sei por quanto tempo estou prendendo a respiração, mas perco o restante do ar quando ele abre os olhos e me encara.

Eu não era invisível nessa merda de sonho? Já não basta ter perdido esse posto na vida real agora me veem em sonho também?

𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora