Seguimos com mais capítulo!
Votem e comentem MIOS PICCOLI!!!
Desço do helicóptero e avisto Jimin com sua família me aguardando, Don Mancini tem seus olhos de águia em mim, parecem flamejar, numa mistura de ameaça e admiração.
ㅡ Bem-vindo as terras da Itália, russo. ㅡ Ele estende sua mão, quem o vê nessa figura baixa, um pouco acima do peso e sorridente, nem imagina que ele matou um homem com uma colher de chá, no olho esquerdo dele.
ㅡ Don Mancini, agradeço a hospitalidade, pretendo retribuir em suas visitas a Moscou. ㅡ Respondi apertando sua mão, com força igual à sua, e acabo ganhando um sorriso de meu futuro sogro.
Assim que solto seu aperto, Jimin anda alguns passos acompanhado de seu pai ômega, um homem esguio, seu semblante calmo, mas belos olhos em cor de mel, cujo qual Jimin teve a sorte de herdar. Park Jooheon é com toda certeza quem deu os genes de beleza ao filho.
ㅡ O-Olá. ㅡ Ele estende sua mão, eu a seguro, levando aos meus lábios, e deixando um beijo suave, ele está frio, suando, apesar de sua descontração por mensagens, ele mesmo admitiu ficar tímido perto de mim, e, no fundo, eu apreciava isso.
Nossa diferença de altura é quase cômica, Jimin com seus 1,60 parecia minúsculo perto de mim, me despertava um instinto protetor intenso.
ㅡ Olá Jimin, você está lindo, moye solnyshko. ㅡ Eu digo encarando os olhos brilhantes e bonitos, que logo somem em meio ao sorriso doce.
ㅡ É assim que soa, meu apelido? Eu gosto da sonoridade, é melhor ouvir do que ler. ㅡ Ele diz espontâneo, como eu gosto que seja.
Um pigarro alto de seu pai, interrompeu nosso momento, então volto a cumprimentar seu outro pai, que ri gentil, e seus irmãos, e irmãs, alguns com simpatia outros com desafio, pouco me importa, sou noivo de Jimin, conselheiro do Pakhan, essa situação não me amedronta.
Perdido em trocar olhares com Jimin, mal percebo quando estamos em meio a mesa de jantar, Eva parece gostar da atmosfera da Toscana, pois está conversando até com os talheres, nem ao menos parecemos parentes nesse instante.
Atenção leitor, nesse trecho será citada a tradição do "lençol" deixando claro para que os comentários pelo menos diminuam não há nenhum conforto de ambas as partes ( Jimin e JK )em fazer isso, porém é um tradição dentro da organização Famiglia, por favor não resumam o capítulo a essa parte.
Não compactuo com essa tradição, porém ela terá sua "importância" na fic futuramente, nos próximos capítulos.
A autora.
ㅡ O casamento acontecerá amanhã, ao nascer do sol, como a tradição pede, e quanto à exposição do lençol, quando pretendem fazer. ㅡ O Don não perde tempo, eu sabia que meu casamento seguiria as tradições da Itália, incluindo a maldita exibição do lençol.
Para os italianos o casamento consumado era motivo de orgulho, a virgindade do ômega tomado por alguém da máfia, deveria ser provada, e para isso o lençol sujo de sangue deveria ser pendurado na janela do quarto onde as núpcias foram celebradas, e isso me incomodava pra caralho.
Busco os olhos de Jimin, e ao contrário do que pensei, apesar das bochechas rosadas tem o nariz erguido, com certo orgulho.
"Moye solnyshko... Tem coragem."
Não quero que sua primeira vez, ou mesmo nossas núpcias sejam ruins, estudei sobre, para deixá-lo bem e confortável com tudo, não posso negar que tive parceiros de cio, mas eram apenas isso, sem mais envolvimento, e também a regra clara, sem toques demais, sem beijos, desde que assumi o posto na máfia, sei controlar instintos, sei controlar emoções, e para isso criei essa regra, meus beijos seriam daquele que carregaria uma aliança com meu nome.
ㅡ Papa, não vejo problemas de ser na manhã seguinte, Jungkook precisa retornar a Rússia, já foi bondade demais celebrarmos o casamento aqui com tão poucos convidados da parte dele. ㅡ Jimin se diz convicto.
Don Mancini encara o filho com um leve sorriso, e assente.
ㅡ Ótimo, então ao amanhecer, seguinte, como a tradição manda, é uma pena não passarem a lua de mel aqui, na casa da Famiglia, queria ter mais tempo para me despedir de meu pequeno passarinho. ㅡ O alfa parece que vai se desmanchar, sua expressão corporal entrega, ele está abalado com toda a situação.
ㅡ Trarei Jimin sempre que puder, para ele vir vê-los. ㅡ Eu digo em tom seco, mas passo confiança necessária para que todos na mesa relaxem os músculos e olhares tensos.
ㅡ Ótimo, ora mangiamo, e brindare al tuo matrimonio. (Agora vamos comer, e brindar ao seu casamento.) ㅡ Deixa o idioma natal tomar conta em sua última frase, e eu aceno com a cabeça erguendo minha taça de vinho.
Após o jantar, deixam com que eu e Jimin fiquemos sozinhos, na biblioteca, mesmo que por pouco tempo.
Seu irmão mais velho, Matteo fecha a porta me lançando um olhar furioso, e ameaçador, que de nada vale.
ㅡ Perdoe Matteo, ele é protetor demais. ㅡ Jimin diz suspirando.
ㅡ Creio que todos na sua família são consequências do ofício. ㅡ Comento me aproximando dele, e pegando a pequena mão gelada.
ㅡ Você é maior de perto e também é maior que eu me lembre. ㅡ Comenta olhando profundamente em meus olhos.
ㅡ Isso é ruim, moye malen'koye solnyshko? ㅡ Pergunto deixando mais um beijo em sua mão.
ㅡ Não... Alfa das neves. ㅡ Ele ri.
ㅡ Não seja abusado, moye solnyshko. ㅡ Devolvo, aproximando meu dedo de seu rosto, como se precisasse tocar, para entender ser real, tão belo é meu menino.
ㅡ Diga de novo... Por favor, me chame pelo meu apelido. ㅡ Ele choraminga.
Então me aproximo, com um riso satisfeito, me abaixo e alcanço a altura de seu ouvido, para sussurrar.
ㅡ Moye malen'koye solnyshko. ㅡ Digo vagarosamente.
Jimin observará meu rosto, ficando a milímetros do seu, por fim agarrou o colarinho de meu terno e sela nossos lábios de forma terna, rápida, voraz.
Eu sei ser seu primeiro beijo, ele me confidenciou isso, então deixo ele tomar conta de sua atitude, logo abrindo a boca e me dando permissão para ir além, e eu faço, envolvo sua cintura fina, com minhas mãos, o puxo para mim e deixo que meu cheiro o marque, afinal iremos nos casar, mas desde agora somos um do outro.
O sabor doce do vinho ainda está em sua língua, e eu a chupo com ganância antes de enfim me afastar e ver meu garoto com as bochechas vermelhas, aconchegado a mim.
ㅡ Eu deveria me desculpar? ㅡ Ele diz sorrindo.
ㅡ Não. ㅡ Respondo acariciando seu rosto, e o vendo quase ronronar.
ㅡ Deveríamos conversar, e eu fui apressado. ㅡ Ele diz fechando os olhos na carícia.
ㅡ Teremos a vida toda, para você falar e eu ouvir, moye malen'koye solnyshko. ㅡ Ao ouvir a repetição do apelido ele ronrona, como um gatinho feliz.
ㅡ É injusto, quero que meu apelido lhe afete também. ㅡ Ele deixa o beicinho se formar nos lábios grossos.
ㅡ E afetam, eu apenas não transpareço tão bem, sou realmente, alguém vindo do frio. ㅡ Respondo admirando seu rosto.
ㅡ Uma vez você disse, que eu fui o único a deixar seu coração gelado, um pouco morno ao menos, então não me importo tanto, desde que você sempre seja sincero comigo, me respeite, e seja leal. ㅡ Ele abre os olhos de mel, suspirando.
Pego sua pequena mão levando acima de meu peito, onde tenho, a tatuagem do brasão da máfia russa, além de todas as outras.
ㅡ Minha lealdade é sua, meu respeito é seu, e eu não minto Jimin, abomino a mentira, sou sincero a ponto de às vezes magoar, mas sempre te darei a verdade. ㅡ Digo firme.
Ele então pega minha mão, levando ao seu peito, acho bonito como quase ocupo todo o espaço ali.
ㅡ Minha lealdade também é sua, minha verdade e respeito. ㅡ Sua fala é firme, graciosa.
Eu sei da força de Jimin apenas por sua linguagem corporal, ele tem coragem e age pelo que acha correto, sabe ser direto e constante, isso me agrada, ele é independente, porém não deixa de mostrar que pode ser frágil.
No mundo animal, as espécies bonitas, coloridas e de cheiro adocicado, possuem venenos poderosos e ataques mortais, porém eles não precisam ser desagradáveis e demonstrar isso o tempo todo, e é assim que meu noivo se parece, alguém que sabe e pode se defender, tomar a frente, mas não faz questão de provar.
ㅡ Vou cuidar de você, moye solnyshko.
ㅡ Eu também, vou cuidar de você, alfa das neves.
VOCÊ ESTÁ LENDO
La Famiglia. JJK+PJM
FanfictionDimitri Mikhailov ( Jeon Jungkook) era o conselheiro da máfia russa, a temida Bratva, com uma mãe coreana e um pai das terras de gelo, desde criança se viu envolto em negociações, sangue e morte. A máfia era um lugar cruel, mas era o único que conhe...