Taemin continuou em guarda, ao lado de Babuska, Hanse havia despertado, e até mesmo comido, Jimin e Jungkook já haviam pousado e Alexei estava tentando contato com seu pai, o Pakhan precisava voltar o quanto antes.
— Parece que quero devorar o mundo. — O gestante disse escondendo a boca cheia.
— Yoongi é assim, ele acorda com a intenção de dar prejuízo! O alfa diz enquanto abre o suco natural que trouxe a pedido de seu marido para Hanse.
— Ele me disse que você cozinha muito bem e a culpa é sua, obrigado pelo suco e a comida, está perfeita. — Ele responde agradecendo a gentileza.
— Não há de que. — Lee sorri e leva um copo de suco para a ômega mais velha que parecia distante.
— Babuska, tome. Entrega fazendo ela finalmente olhar.
— Você é um doce querido! — Ela apertou sua bochecha.
Batidas na porta fazem o clima ficar minimamente tendo, o alfa leva a mão instintivamente para sua arma, mas ao ver a cabeça com cabelos loiros surgindo, relaxa sua postura.
— Hanse! — Jimin diz encarando o amigo com o rosto choroso.
— Jimin! — Ele afasta a bandeja de comida e abre os braços recebendo um abraço caloroso.
Logo Jungkook surge pela porta, sua postura é séria, mas diferente de seu esposo ele cumprimenta Taemin e sua avó, e fica a espera do abraço terminar para fazer o mesmo com Hanse.
— Dimitri. — Sua avó chama, olhando séria.
— Sim Babuska? — Ele responde ainda olhando seu marido e o amigo conversando.
— Vamos deixar esses dois conversarem, Taemin irá cuidar deles, vamos pegar um café para essa, ômega, velha e cansada. — Ela se levanta e segura no braço do neto, Taemin toma o posto de guarda e os amigos nem parecem perceber que eles saíram imersos em uma conversa chorosa.
Quando estão enfim no corredor do hospital, o alfa decide não se demorar, sua avó nem ao menos gostava de café de lugares que não fossem sua própria casa, era uma desculpa óbvia demais
— O que quer dizer, Babuska? — Ele encara a senhora que suspira profundamente.
— O dia em que te vi nascer... Céus foi um caos, nunca te disse, mas foram minhas mãos que te trouxeram ao mundo, e não foi fácil, você era um bebê enorme, mas nasceu em silêncio, precisei te por de ponta cabeça para ouvir algum choro... Ela se vira para o neto e leva a mão ao seu rosto.
— Não sabia disso, minha mãe me disse que nasci em um hospital. O alfa estava confuso, mas sabia que sua avó não era uma mulher de mentiras.
A ômega fecha os olhos, suspirando, aquilo poderia ser irreversível, mas estava decidida, a verdade deveria finalmente aparecer, seu amado filho Nikolai já não estava mais ali, ela deveria tomar as rédias.
— Isso... Porque Nara não é sua mãe, meu querido Jungkook.
Jeon fica estático, seus olhos procuram algum sinal de mentira, mas nada encontra.
— Babuska... — É o que sai de sua boca.
— Eu jurei guardar isso, mas jurei a Nikolai, e ele não está mais aqui, e eu não vou morrer com esse peso em minha alma, Jeon Nara não é sua mãe, sua mãe fora o grande amor de meu menino, ela se chama Haneul, está em sua casa, eu a convenci a vir, com a promessa de que você saberia que foi ela a te dar a vida... A velha ômega chorava, ao lembrar do rosto de Haneul ao precisar deixar seu filho, para que ele tivesse uma vida melhor.
— Por que vovó? Por que me tiraram de minha mãe? — O alfa sentia seu peito apertado.
— Seu pai, precisou fazer isso, ela havia engravidado depois que ele já havia se casado, e ela não poderia cuidar de você, não sem a humilhação de ser apontada como promíscua, querido a Coreia é um país cruel com quem não segue seus padrões... Mais cruel que a maioria, ela fez isso para te poupar, porque te amava o suficiente para não ser egoísta.— Ela termina vendo uma lágrima solitária cair dos olhos paralisados.
— Ela realmente está me esperando? — Uma sombra de um riso aparece no rosto do alfa.
A verdade é que Nara nunca foi nem de perto o que ele precisava como mãe, isso fez ele criar um laço mais forte com sua avó e seu pai, mas saber que não era ela sua mãe, pareceu reacender no seu coração a esperança que tinha de quando era filhote, a de ser amado por quem lhe trouxe ao mundo.
— Nara não é a mãe de Jungkook? — A voz séria faz com que os dois se voltem para trás, Jimin estava com uma jarra nas mãos e uma expressão confusa.
— Não... Não é, e em breve todos deverão saber disso. — Babuska diz calma, e fica aliviada.
— Posso matá-la então? — É o que o italiano responde.
A senhora ri, e Jeon esboça uma risada, mas ainda estava processando tudo aquilo, além da óbvia ansiedade.
— Mas por hora, vamos esperar Bóris voltar, e aí ele irá decidir o que faremos com a cobra. A velha ômega se recompõe, deixa um carinho na bochecha do neto e marcha para o quarto, após piscar para Jimin e sussurrar um em breve poderá.
— Alfa? Ele anda até o marido.
— Sim, angel moy? — Ele o puxa pela cintura.
— Não sinto tristeza, não sinto nada triste pela marca. — O mais baixo diz.
— Por que não estou triste, não há tristeza em saber que aquela mulher não é minha mãe.
— Vamos vê-la... — É a resposta do italiano junto a um beijo.
Jeon se sentiu grato, não precisou dizer muito, seu esposo sabia estar ansioso.
Voltaram ao quarto para se despedir brevemente de Hanse, Jimin iria voltar a noite, para ficar com seu amigo.
No caminho para a casa, a perna de Jeon não parou um segundo sequer, até o ômega por a mão com a aliança brilhante sob ela, além de deixar seu aroma mais forte, finalmente o acalmando um pouco.
Quando cruzam a porta de entrada ouvem risadas, e uma delas se destaca era Jin, seguem os sons e se deparam com a sala de estar com todos os seus amigos ali, mas o olhar do alfa vai para a mulher, de cabelos negros e compridos, os olhos redondos como os seus, ela o encara de volta, com um riso gentil.
Todos percebem a chegada do casal, mas estranham o alfa paralisado.
A ômega deixa a xícara de chá sobre a mesa, se levanta com calma indo até o alfa com quase o dobro da sua altura.
— Sou Kim Haneul... Como você se parece com Nikolai, mas os meus olhos estão aí, os lindos olhos de Bambi, que seu pai sempre dizia.— Ela abre seus braços, e Jungkook cai de joelhos em sua frente, a abraçando pela cintura.
O lobo em seu interior uiva, reconhecendo o cheiro maternal da ômega.
— Omma... Mãe... Mãe. — Ele diz se entregando ao choro silencioso.
— Eu estou aqui filhote, eu estou aqui. — Ela responde com a voz doce.
Todos observam confusos e emocionados, Jimin chora compartilhando a alegria de seu companheiro, mas também sentindo a satisfação.
Se Jeon Nara não era sua família, não haveria nada mais o impedindo de fazê-la pagar cada pecado que cometeu.
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Adendos.
Galerinha o pai do JK quando foi falar sobre "não ser o pai" dele estava mais preocupado em tudo isso vazar e expôr mais pessoas a Nara e a tudo, do que realmente em não ser pai, é ambíguo isso, eu sei mais eu estou deixando essa notinha pq poder ser meio difícil de entender, no fundo ele só não queria que tudo e sua "moral" fossem feridas.
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La Famiglia. JJK+PJM
FanficDimitri Mikhailov ( Jeon Jungkook) era o conselheiro da máfia russa, a temida Bratva, com uma mãe coreana e um pai das terras de gelo, desde criança se viu envolto em negociações, sangue e morte. A máfia era um lugar cruel, mas era o único que conhe...