Burya.

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Jimin parece em outro universo enquanto segura o pequeno filhote nos braços, mais uma vez ele e Hanse se colocam numa espécie de "bolha", onde eu e Alexei claramente não estamos e não seremos convidados a participar.

Resolvemos ir para a segunda parte do quarto, deixando eles conversarem.

— E como é, ser pai, como é? — Resolvi perguntar.

Alexei sorriu, mas não como ele costuma fazer, um riso diferente, que lembrou meu pai.

— Ele mal veio ao mundo e eu quero que seja feliz, eu quero ele seguro e protegido, quero vê-lo crescer, e... Não sei se quero o criar como meu pai me criou, Bóris era um bom Pakhan mas como figura paterna ele errou tanto, não apenas comigo mas com Ivan, olhe onde precisamos ir, porque ele resolveu ser um alguém, na vida de meu irmão, no exato momento em que deveria ser o líder, me impediu de seguir o código da Bratva, o código que jurou obedecer, pagou com a vida por um erro... Eu não quero que isso aconteça com meus filhos, não quero ter que chegar ao extremo para me dar conta que os amo.

Essa é a verdade, o afeto enfraquece, principalmente aqueles que não aprendem a lidar com ele, ser um bom líder não significa nada quando pode se ficar cego com o medo da perda e o arrependimento.

— E você não precisa, o passado está aí para aprendermos com ele, não para repeti-lo. — Digo pensando em mim mesmo também.

— Isso parece mais um pensamento que um conselho, camarada. — Devolveu Alexei.

— E é, meu pai quis encobrir seus erros, selando um pacto com Nara, veja o que isso custou para nós, ele não deixa de ter honras, e glórias, porém ele conseguiu derramar mais sangue, quando tentou impedir uma única morte, quantos enterramos por falhas, levadas ao extremos ao invés de contidas?

Ele me encarou por alguns segundos, depois suspirou profundamente.

— Não sou Bóris, e você não é Nikolai, não somos nossos pais, Dimitri, mesmo que sejamos assombrados com o peso de ter o sobrenome Mikhailov.— Ele parece irritado ao citar o sobrenome que herdamos.

— Você sabe que é mais sobre merecer ter ele, do que realmente o herdar, fizemos por merecer, nossos ômegas também, continuamos o legado, mas sem repetir a mesma merda de história. — Respondi, pegando uma xícara e me servindo do café da da cafeteira.

— Não sei se quero continuar sendo um Mikhailov, talvez eu não tenha punho pra isso, essa é a verdade. — Seu comentário me faz virar e para ver se havia verdade em seu olhar.

E me surpreendi ao ver medo.

— Que porra está falando? Você é um de nós, somos criados e forjados na Bratva, do que quer fugir Alexei? — Pego outra xícara e sirvo para ela a bebida quente.

— Todas as vezes que quase perdi Hanse, eu prometi não fazer novamente não deixar e não falhar, mas veja só, a maldita roda me leva sempre a beira, e não posso negar fui um imbecil ao desconfiar do ômega que entrou na frente de uma bala, por seu amigo, que carregava uma aliança com meu nome e nunca baixou a cabeça quando disseram que era o marido de um bastardo, ele me deu tudo, e eu sinto que não dei absolutamente nada, e quando tento me concentrar em ser o Pakhan entendo que se eu for um, não serei o outro, eu não posso perdê-lo, nem a ele, nem nosso filhote, e estivemos nesse beira de precipício vezes o suficiente.

E então eu entendi, meu amigo tinha muito a perder se continuasse sendo o rei nesse tabuleiro, mas se negasse sua posição, seria tratado como um covarde, e covardes não tem posição na Bratva.

— E o que sugere, camarada? — Pergunto e depois dou um gole grande na bebida amarga.

— Não é você o conselheiro? Nunca exigi demais de suas estratégias, mas agora eu pergunto, Dimitri, o que eu faço? — É sua vez de beber o café, sem tirar os olhos dos meus.

Acabo vendo o anel que fica em meu dedo, a marca da confiança de Don Mancini em mim, e em meu esposo.

— Me dê alguns dias, eu trarei a solução, aproveite seu filho, seu casamento, eu vou cuidar disso irmão.

Acabo de vez com a bebida, e estendo minha mão para eles que agarrou ela, com força.

— Eu conto com isso, Dimitri.

Após sairmos do hospital, o cheiro de Jimin denunciava que em breve seu cio iria chegar, meu alfa ficou eufórico, e era quase irreconhecível nesse momento, o mesmo animal que me domina quando estou torturando, ou matando, pela máfia.

Talvez esse seja o melhor exemplo do velho ditado de Babushka, o alfas mandam na Bratva e os ômegas mandam nos alfas.

Jimin sempre foi aquilo que eu almejava, não por seu dinheiro ou status, dinheiro não tinha prioridade em minha vida, eu almejava Jimin como um estado de espírito, por que eu só me sentia completo com ele.

E ali estávamos nós, em nossa casa, entramos aos beijos, as íris em cor de mel denunciavam a excitação, meu ômega queria ser tocado, subimos para o quarto, abrindo as roupas de frio.

— Me quer dentro de você?— Apertei sua bunda, e ele ofegou. — Fundo?— Mordi seu pescoço com força e ele gemeu. —Te enchendo? Me responda Angel Moy, me diz o que quer!

Ele segura meu rosto, e expõe a língua, eu a chupo com ganância de seu sabor tão bom, se afasta me encarando, sorrindo malicioso.

— Quero você fundo, enquanto eu monto em você, depois você vai me foder de quatro, e me fazer gritar e implorar pelo nó, é isso que eu quero e é isso que vamos ter.

E lá estava ele, montado em mim, apoiando as mãos em meu peito, subindo e descendo com maestria, sua cintura marcada pelas minhas mãos, era a oitava maravilha do mundo para mim, e Jimin ocupava todos os dez lugares nessa categoria.

— Você cavalga como, uma vadia Park! — Eu o provoco, e recebo um, tapa em meu rosto.

— Sua vadia! Seu ômega, seu! — Ele responde segurando em meu pescoço, dificultando minha respiração.

Em resposta eu lhe estapeio a bunda e coxas, deixando tudo em um tom lindo de rosa.

Viro-me ainda dentro dele, colocando suas pernas em cima de meu ombro, na intenção de estocar mais fundo dentro de si.

Ele está tão excitado que deixa a cama inteira molhada... Porra!

É um pecado ver Jimin assim, lábios entreabertos, ofegantes, pedindo por mais e mais do meu caralho.

— Goze em mim alfa! Me encha com sua porra, para eu poder gozar! — Pediu manhoso, eu sabia que ele estava implorando por mais um orgasmo.

E mais uma de suas peculiaridades era, Jimin apenas, no cio, só gozava quando eu o esporrava, assim que sentia minha porra quente em si, meu nò o preenchendo, meu ômega se desmanchava em um orgasmo múltiplo, era tão intenso que na primeira vez ele desacordou por pouco tempo.

—Quer minha porra, querido? Eu não posso negar com você pedindo assim, Angel Moy. —Me curvei tomando seus lábios em um beijo intenso, tão intenso quanto tudo em nós, e assim que estoquei mais uma vez, atingindo a próstata de Jimin, gozei intensamente dentro de si, o nó se formou nós unindo, Jimin veio logo em seguida, sujando nossos abdomens e um pouco do meu queixo com seu orgasmo.

Eu o beijei mais uma vez, porém agora com cuidado, deixando que minha mente se entregasse naquele momento, meu alfa eufórico por estar ali, dominado por instintos e sentimentos que evitei, por tanto tempo.

Mas há um ditado, que toda calmaria precede uma tormenta, e algo em mim dizia, que ela se aproximava.

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