Perdone.

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Eu realmente gostava de sexo matinal, mas não qualquer sexo com um desconhecido eu gostava de fazer sexo matinal com meu marido.

Ele estava lindo gemendo contra meu ombro enquanto suas coxas me apertam, ele está perto do orgasmo, as bochechas vermelhas, o cabelo se grudando a sua testa, parte por culpa do cio, e também do esforço.

Ele acordou sedento, implorando para que eu afastasse a dor, substituísse por prazer, e eu o fiz.

— Alfa, alfa. — Ele repete como um mantra.

— Me diga, e te darei angel moy! — Eu declarei enquanto mordia seu pescoço, deixando mais marcas em sua pele, eu era possessivo e não nego.

Nunca o impediria de nada, meu ômega é livre, ser desumano e abusivo, mas eu deixaria seu corpo com registros que estive ali, que estou nele.

— Acerte de novo, me encha de novo, eu quero filhotes. — Choraminga, os olhos com de mel brilham quase dourados.

Eu rosnei, me afundei com tamanha força em seu interior que seus olhos reviraram, eu gozo e sinto o nó se formar, Jimin geme satisfeito, caindo exausto sob meu corpo.

Eu preciso esperar, até podermos nos separar, o que não agrada meu marido, que franze o cenho.

— Precisa de um banho, e dormir. — Repito beijando sua bochecha.

— Preciso comer, estou faminto. — Ele aponta a barriga lisa. — Tenho que ter forças para fazermos filhotes.

Eu beijo sua testa, não sei o que farei se não conseguirmos uma gestação, Jimin ficará de coração partido, não só ele mas eu também.

Após o banho e o café da manhã reforçado estou agarrado a meu ômega, ele segura minha mão junto a sua em seu abdômen, é sua nova mania.

— Meu coração será estilhaços de não conseguirmos, mas ainda assim terei esperança de tentar mais uma vez. — Ele diz, e logo se vira para olhar para mim.

— Vamos conseguir, não somos velhos, temos saúde e você é fértil, sabemos disso, não preocupe, sua cabecinha bonita com isso, vamos mudar o assunto.

— O que conversou com Alexei naquele dia?

Eu encaro os olhos curiosos, e não posso evitar o riso.

— Sabia que cedo ou tarde iria me perguntar sobre, porém não sei se é um assunto interessante agora, é mais um possível caminho, uma probabilidade, algo que temos que saber lidar se necessário.

— Ele não gosta do posto que tem, não é? Hanse me disse que ele tem se culpado por ser o Pakhan, mas o que ele não entende é que sua posição não é a fonte dos problemas mas sim o fato de ter sido desonesto. — Meu ômega acaricia meu peito, e parece ressentido como provavelmente seu amigo também está.

— A verdade rodeia Alexei, mas não o habita, por isso ele era o melhor para ser o Pakhan, e veja bem querido no fundo sempre queremos culpar outras coisas ou outras pessoas por nossas escolhas estúpidas que nos causam problemas, no fundo meu camarada quer apenas dizer que o problema é Bratva, mas na verdade quem cometeu o erro foi ele.

Escuto um suspiro, longo e pesado, algo está errado.

— O que há Angel Moy? — Pergunto.

— Não quero que eles acabem, não quero ver Hanse magoado, ele já esteve várias vezes na linha de perda, meu amigo já foi forte por duas vidas e seus karmas, quero que ele seja feliz, como sou com você.

Eu sorrio, beijo os lábios doces e grossos, nos aprofundamos ali com paixão, deixando que as palavras se tornem ações e eu possa mostrar ao meu homem o quanto o amo, o quão preciso e único ele é.

Enquanto isso na residência do Pakhan.

Alexei estranha a falta do marido na cama, se levanta assustado e resolve conferir no quarto de seu filhote, lá estava seu ômega, com seu menino nos braços enquanto adormecia na cadeira de amamentação.

O pequeno bebê estava acordado mas não agitado, como se zelasse pelo sono de quem lhe alimentou e cuidou por tantas horas na madrugada.

Com cuidado o alfa pegou seu menino, ele não pareceu gostar muito se sair do colo quente e agradável, além de que o aroma de Hanse era naturalmente calmante para ele, mas ainda sim não chorou.

— Eu também o amo, mas precisamos que ele durma e descanse. — Ele sussurrou para seu bebê.

O colocou no berço após ninar um pouco e vê-lo sucumbir ao sono, então foi até seu esposo acariciando seu rosto admirando o quão lindo estava.

—Acorde Ptichka, você precisa dormir direito. — Falou perto do ouvido do outro na intenção de acordá-lo.

E conseguiu, o ômega abriu os olhos meio sonolento, e seu instinto foi procurar seu bebê.

— Yuki está dormindo, não se apavore. — O alfa avisou.

— Acabei dormindo depois de amamentar, meu pescoço dói. — Resmungou.

— Venha, vou te levar para cama e passarei algum medicamento para que não doa. — Alexei pediu, já o pegando no colo.

Hanse colocou os braços em volta do pescoço do marido, o fato do quarto de seu bebê estar a uma parede de distância não o deixava tão preocupado mas não completamente tranquilo.

— Você tem sido ótimo com nosso bebê, obrigado por isso. — O russo disse beijando a bochecha do outro.

— Você também, no fim das contas estamos conseguindo, mesmo sendo tão recente, agradeço pelo apoio.

— É parte da minha função, ele é meu filhote também.

Alexei deitou seu marido, e aplicou um gel para que seu pescoço não doesse tanto, depois o ajeitou entre as cobertas e se deitou atrás dele, o abraçando, ele não ligava que provavelmente era manhã, ele não queria estar em lugar algum que não ali.

Passou anos trocando o dia pela noite, mas sem descansar completamente, diferente de como se sentia ao dormir com seu marido, a verdade é que Hanse era seu anjo particular.

— Eu perdôo você. — O ômega murmurou.

Mas isso foi o suficiente para que o alfa se mexesse e o virasse, queria olhar nos olhos bonitos e felinos, que o cativaram desde a primeira vez, queria ver a verdade transbordar.

— Mesmo? Por que? — Alexei era um alfa de crença abalada.

— Você é meu marido e aquele que eu amo, essa mágoa que sinto me corrói muito mais do que você, é algo meu, e que me tomou tanta energia e tempo que não há quero mais, se quebrar meu coração mais uma vez Alexei será a última vez por que não restará nada, então não o faça se realmente me quer.

E mais uma vez as lágrimas correram pelo rosto de Alexei, era estranho antes de ter Hanse em sua vida chorar era um ato de fraqueza, e agora era de alívio, não era a primeira vez que chorava por seu esposo, e provavelmente não seria a última.

— Eu prometo, eu te quero, eu te amo! A você e a nossa pequena família.

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