Problemas familiares.

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Infelizmente minha lua de mel havia acabado, e lá estava eu no meu maldito e frio escritório, ouvindo sobre as merdas que Ivan havia feito, Alexei o encontrou, ele fugira para o Japão, e não contente com sua pequena rixa com os mexicanos resolveu mexer com o filho ômega de um Yakuzá, tirou a virgindade do garoto, numa loucura bêbada de ambos, e quando descobriram que Alexei era seu irmão, o obrigaram a casar com o ômega.

Alexei foi atrás do seu irmão, e voltou casado.

— E ele escapou de novo deixando toda a merda na sua mão? — Pergunto tentando entender o que caralhos aconteceu.

— Se o ômega não fosse entregue com um casamento válido, seu pai ia o matar ou pior mandar para uma casa de prostituição, eu não podia, não depois que o vi, chorando e se culpando por cair nas mãos de Ivan, eu juro que eu mesmo meto uma bala nesse filho da puta quando o ver de novo.— A voz de Alexei escorria, raiva.

— E como está o ômega?— Tento tirar o foco de Ivan.

— Ele está bem, se assusta a cada mínimo movimento que faço, mas temos um convívio interessante, ele tem um talento em fazer mapas e decorar caminhos... Na verdade, queria te pedir um favor Jungkook, poderia deixar seu italiano com ele? Talvez ele vendo haver mais estrangeiros na Bratva de acalme, não quero um esposo com medo de tudo e todos, talvez o sangue quente do seu italiano ajude-o.— Ele dá, um meio sorriso ao fim da frase, mas conhecendo Alexei como conheço, sei que não é pela piada, não, ele nunca reparou num ômega a ponto de saber no que ele é bom.

— Claro, vai ser bom para Jimin, ele é novo em nosso país, mas eu tenho uma pergunta, Alexei, você gosta do seu esposo? Vai respeitar ele como um marido deve respeitar?

Alexei se ajeita na cadeira e me encara sério, ele emana sua aura de alfa.

— Não sou meu irmão, sabia dos riscos e necessidades que o casamento me traria, nunca deixaria um ômega sofrer assim, por um erro que envolve o nome de nossa Bratva, tenho honra Dimitri e você sabe disso, posso levar tempo até conseguir filhos e um casamento aceitável, mas irei me dedicar a isso, podemos não tem amor, ou paixão, mas teremos cumplicidade, no fim um casamento nada mais é que um negócio, podemos tirar o melhor dele e obter lucros ou ter a total perda, e te garanto camarada eu não o sou um homem que perde, estou disposto a ceder, mas também quero ganhar, e eu o farei.

Um riso de canto me escapa, sempre admirei Alexei e isso não muda.

— E os mexicanos? O que faremos? Sabe que eles não têm limites, estão nos atacando por todos os lados, você sabe que tentaram me atacar logo após meu casamento, isso me fode Alexei, poderia ter perdido meu ômega, não vou admitir que um fio de cabelo do meu esposo seja tocado, arde em mim o desejo de uma guerra onde eu vou pisar na cabeça de cada mexicano puto, que ousou pensar em machucar ele.

A expressão de Alexei endurece, e posso ver o sangue de seu pai fazendo jus a fama da Bratva, a alma orgulhosa, e o desejo animalesco.

— Faremos o que devemos fazer, vamos tentar conter, mas se eles querem retaliação, nós os daremos, vamos mostrar do que somos feitos, sangue e pólvora. — O brilho vermelho de seu alfa está no fundo, de suas íris.

Não contenho meu sorriso, saber poder devolver o que fizeram em minha lua de mel, me deixa satisfeito, não há misericórdia quando se envolve na máfia, nossas famílias, e companheiros são sagrados, nunca se deve atravessar essa linha,

Após colocarmos soldados a caça de cada mexicano em nosso território, finalmente posso ir para casa, minha cabeça está latejando, cada parte do meu corpo é rígida, tensa.

Meu marido está radiante, e para minha surpresa minha vó está junto a ele, e ambos riam alto, uma cena incomum.

— Jungkook! —  Jimin me avista correndo em minha direção, pulando em meu colo.

— Olá Moye solntse, como passou o dia? Beijo seus lábios macios, deixando meus músculos relaxarem.

— Fomos a uma aula de salsa, e Babuska ficou paquerando o professor boliviano, e no fim ela apertou a bunda dele. Dizia rindo, de forma gostosa.

— Estou velha e não morta amarelinho! Um tempero latino, levanta até morto! Minha avó respondeu com deboche.

Sinto um alívio em ver ambos se dando bem, mas ainda estranho o fato de minha avó estar aqui, mas logo a figura de meu pai aparece em minha visão, fazendo meu corpo endurecer.

— Temos que conversar, Jungkook.— Ele diz sério.

Deixo Jimin no chão beijando seus cabelos, ele me sorri doce, e fazendo um carinho em meu rosto.

— Não fique tão tenso, não gosto de você assim. Ele pede, e não posso conter minha vontade o beijando de novo.

Ele volta para perto de minha vó, aponto o caminho do escritório para meu pai.

Logo que adentramos ele se serviu de um copo de whisky, e suspirou apertando as têmporas.

— O que houve pai? Você exala medo e raiva. — Digo me aproximando.

— Dimitri, o que mudaria se eu não fosse seu pai biológico?— Seu tom de voz é seco, mas dolorido como se as palavras lhe estivessem rasgando a garganta.

Preciso piscar tentando me manter imparcial.

— Você é meu pai, nada mudaria isso.— Respondo.

— Não, Dimitri, eu não sou seu pai biológico, no dia que saímos daqui,  sua mãe endurecida me disse com todas as palavras que você é filho de Yohan, seu amante, ele é seu pai.

Ele põe sua mão em meu ombro, e seus olhos caem, se isso realmente for verdade e for exposto, meu pai precisará matar minha mãe, para limpar sua honra e garantir que estejamos a salvo, caso contrário a Bratva irá se virar contra nós, e não apenas eu, mas Jimin e sua família, até mesmo Babuska, nos tornarão alvos.

E entre meu ômega, e minha mãe, a resposta em minha mente é óbvia, meu esposo viveria nem que eu mesmo a matasse.

La Famiglia.  JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora