Jimin estava exausto, seu corpo sucumbiu ao cansaço em meus braços, ele adormeceu após chorar por alguns minutos, resultado da mistura de emoções fortes e hormônios de sua gestação.
Então subi para nosso quarto me posicionando em suas costas para assim aliviar o peso e emanar calor, sabendo que o deixaria ele mais confortável para ter um sono profundo.
E quando penso o quão incrível e corajosos ele foi hoje me orgulho de meu esposo, que não exitou em atirar na cabeça daquele alfa, ele não sentiu medo, mas depois o remorso de ter que ir tão longe para poder ser respeitado, é um peso invisível sob suas costas.
E eu desejo aliviar essa carga, quero dividir com ele essa responsabilidade, eu prometi por o mundo aos seus pés e farei.
Batidas suaves na porta, acendem a chama da desconfiança em mim.
ㅡ Entre. ㅡ Digo na espera de ser apenas Jooheon preocupado com seu filho.
Mas quando vejo Eva passar pela porta, com seu rosto completamente sujo de sangue eu entendo que algo grave aconteceu, mas ela estende sua mão quando faço menção de me levantar.
ㅡ Não acorde Jimin, irmão estou bem, todos estamos, deixe que ele descanse, vamos conversar no escritório.ㅡ Ela diz calma, e com toda cautela que posso saio da cama, deixando Jimin confortável e aquecido.
Beijo sua testa, e o escuto suspirar exausto.
ㅡ Volto logo Angel Moye . ㅡ Sussurrei para que ele soubesse, mesmo em seu sono.
Saio com Eva do quarto e vamos ao escritório onde para minha surpresa está Alexei e Hanse, e também seu pequeno filhote, todos parecem cansados.
A última vez que os vi foi quando soubemos da notícia da morte de Don Mancini, Alexei compareceu por algumas horas no enterro mas não poderia deixar a Rússia por muito mais, então logo voltou ao seu posto.
ㅡ Irmão, o que houve? ㅡ É o que consigo dizer, ainda estarrecido com a cena.
ㅡ Um ataque em minha casa, bombas jogadas na localização exata de meu quarto, por sorte naquela noite estávamos dormindo na sala de TV, e só por isso sobrevivemos, alegaram nas reportagens que foi um erro de cálculo de um treinamento militar, mas eu tenho a plena certeza de que não houve erro algum, foi uma tentativa de extermínio, e quando estávamos nos movendo para a casa nas colinas, outro ataque, com a porra de um blindado.ㅡ Os olhos dele flamejavam, ele estava com ódio.
Um atentado contra a casa do Pakhan, quem seria tão imbecil, ou tão corajoso a esse ponto?
ㅡ Não foi um ataque qualquer, acreditem... Eu creio que isso veio da mesma pessoa que ordenou a morte de meu marido.ㅡ Jooheon surgiu na sala, suas mãos com sangue sua expressão raivosa.
Eu sempre o vi sereno, calmo e pacífico a maior parte do tempo, mas aquela expressão, eu já havia visto antes, mas em Jimin, a fúria de um ômega era algo a se respeitar.
ㅡ Porque está dizendo isso? ㅡ Alexei pergunta ficando em pé.
ㅡ Por que eu arranquei a porra da informação do maldito atirador, matar Don Mancini era a primeira ordem, a segunda ordem era matar o Pakhan e seu herdeiro, temos alguém querendo o poder.ㅡ Seus olhos se perdem, e não sei dizer se é a raiva ou seus pensamentos se alinhando, eu nunca duvido da sagacidade de um Mancini, e quando ele fareja o ar, eu sinto meu corpo endurecer.
ㅡ Peguem as armas, teremos visitas indesejadas!ㅡ Jooheon avisa, indo em direção ao cofre de armas.
ㅡ Vou colocar você junto com Jimin, você e Yuki ficaram bem.ㅡ Eu digo a Hanse, e ele assente, se vira para Alexei o beijando com afinco.
ㅡ Não ouse morrer alfa, não ouse morrer!ㅡ Mesmo que suas falas pareçam severas sua voz é doce e temerosa.
O alvo era Alexei até onde sabíamos, eu pego a Glock em meu coldre e subo com o ômega o filhote para o quarto, os outros não estavam na casa principal mas sei que logo irão para os quartos de segurança, pois o sinal estava sendo emitido.
Acordo Jimin que ainda tonto pelo sono tenta entender o que está acontecendo enquanto eu o carrego em meu colo para o quarto de pânico.
ㅡ Alfa... Alfa, não. ㅡ Ele não quer entrar no cômodo e tenta me segurar, mas ao ver Hanse e Yuki lá sua expressão muda.ㅡ Merda... Por favor, volte, eu só saio desse quarto com você, volte para nós.ㅡ Seus olhos marejam, entender toda a situação não a deixa mais fácil.
Eu o beijei, e depois me abaixei beijando nosso filhote, sentindo o cheiro de ambos.
ㅡ Eu sempre volto para você Jimin, não há outro lugar para ir, você é meu lar.ㅡ Eu sei que posso não voltar, sei que posso morrer, mas não vou encarar como uma possibilidade, não vão tirar de mim o que eu finalmente consegui.
ㅡ Eu espero que sim, eu te amo, alfa das neves.
ㅡ Eu te amo, Angel Moye.
Me despeço também de Hanse e Yuki, antes de fechar a porta de aço, e então ao ouvir os disparos no andar de baixo, sei que os visitantes chegaram.
Peguei o colete a prova de balas e mais algumas armas, e fui ao encontro dos filhas da puta.
Logo no corredor abati dois soldados que já estavam baleados, ainda assim resistiram, quando me aproximei dos corpos, a marca das armas me chamou a atenção.
Eram armas da Rússia...
Mas não tive mais tempo para observar, quando Jooheon subiu com uma metralhadora a jogando para mim.
ㅡ Hora de mostrar a eles o que é a Famiglia, meu querido genro.ㅡ Foi o que disse antes de se virar e acertar a cabeça de um dos homens que ia atacá-lo enquanto com uma faca cravava a jugular do segundo.
Ele estava em fúria, deixando a segunda fase do luto se esvair.
Mirando nas cabeças, eu vou descendo os degraus, cuidando da minha retaguarda estava Jooheon, que ia proteger a área do quarto me permitindo ir ajudar os outros.
Namjoon surge em meu campo de visão com duas nove milímetros descarregando os pentes, e tornando quase irreconhecíveis os rostos de alguns invasores que se prendiam aos vidros quebrados da janela.
Eu me coloco as suas costas quando vejo que de algum lugar surgiu mais um maldito, que como bom covarde ia atacar sem que ele pudesse ver, eu trato de o pegar pela mandíbula.
"Hora de alimentar nossos demônios." A voz a tanto tempo adormecida avisa, e com um pouco mais de força quebro sua mandíbula, mas não paro de apertar, até que veja deus olhos saindo das orbes, e finalmente ele pare de respirar.
E tudo se torna vermelho, tomado pelo meu demônio eu sinto a sede de sangue, cada maldito que entra em meu caminho é destroçado.
Os gritos do alfa que estou em minhas mãos são um deleite, então eu o jogo contra corrimão de mármore ouvindo o prazeroso barulho de sua coluna se desfazendo.
Ele urra em dor, agonizando com o sangue que sobe por sua garganta e em fim morrendo com os olhos em mim, provavelmente me amaldiçoando.
Mas um arrepio em minha espinha faz com que meus olhos se voltem para as portas, não há mais soldados entrando, porém o silêncio do lado de fora é interrompido pelo som similar de um helicóptero.
"Algo de errado, suba, suba agora." Ele avisa em minha mente, deixando meus olhos sem o véu do ódio.
E assim eu faço, subindo o mais rápido que posso, mas ao chegar no quarto, e ver a porta de aço do outro lado, completamente destruída, meus batimentos diminuem, e não posso respirar, ando passo a passo com dificuldade temendo o que vou ver.
E quando vejo a imagem de Jooheon ferido, com o pequeno Yuki chorando em seus braços eu vejo meu medo se tornando realidade, e com lágrimas nos olhos meu sogro me confirma.
ㅡ Levaram, Jimin e Hanse... Eles os levaram.
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La Famiglia. JJK+PJM
Fiksi PenggemarDimitri Mikhailov ( Jeon Jungkook) era o conselheiro da máfia russa, a temida Bratva, com uma mãe coreana e um pai das terras de gelo, desde criança se viu envolto em negociações, sangue e morte. A máfia era um lugar cruel, mas era o único que conhe...