Estávamos nos últimos dias de nossa lua de mel, apenas, mais um dia de descanso e eu teria que voltar a frente da Bratva, os mexicanos estavam endurecidos e para piorar Ivan havia sumido dos contatos, seu irmão Alexei estava em sua caça, e sinceramente nenhum de nós se preocupava, pois, sabíamos que os latinos não estavam com ele, como sempre Ivan estava fugindo de suas responsabilidades, e como sempre Alexei estava consertando seus problemas, como se fosse ele o mais velho.
Era assim desde que eu me lembre, porém, o que Ivan não espera é que o Pakhan está cansado de suas atitudes, e valorizando o esforço de seu outro filho, irá passar o comando da Bratva para ele, e isso será um golpe ao orgulho de Ivan, a tendência é o que o caos se espalhe, ao ponto de irmãos atacarem irmãos.
O inferno iria começar.
Era a noite do jantar, em que Jimin irá conhecer meus pais, e obviamente minha vó, Babuska era de longe minha maior preocupação, se ela não se agradasse de Jimin, a convivência seria difícil, pois ela abusava de seus direitos de matriarca da família.
Jimin estava deslumbrante, com sua camisa de seda branca, e os Jeans claros, que lhe davam leveza, mas exaltava a beleza natural, os olhos marcados com uma sombra alaranjada, que o fazia ainda mais parecida com o sol, como se a Toscana se materializasse em um ser, e esse era meu marido.
— Estou pronto.— Anuncia terminando de colocar um de seus brincos, eu achava engraçado sua demora em escolher os apetrechos.
— Está lindo, angel moy. — Beijo sua bochecha.
— Obrigada, você está lindo também.— Ele se põe na ponta dos pés, puxa minha gravata, no seu novo modo de me pedir um beijo.
Eu abaixo, e ele sela nossos lábios, me sujando com seu hidratante labial, tinha seu sabor doce ali, não posso evitar sorrir.
Logo estamos na sala, minha mãe chega na frente, abraça e cumprimenta Jimin tentando esconder seu desconforto em estar sozinha.
Meu pai e ela já nem fazem questão de esconder a separação física e emocional em que estão.
Babuska chega junto a meu pai, ele cumprimenta Jimin e nos parabeniza pelo casamento, e então minha avó encara Jimin por algum tempo, a ômega russa tem um olhar duro, quase feroz.
— Italiano?— Pergunta-lhe.
— Italo-coreano, nasci na Coreia mas vivo e tenho cidadania italiana, Babuska. Ele responde simpático.
— Sabe fazer lasanha? Bruschetta?— Ela indaga, ainda séria.
— Massas são minhas especialidades, Nonna, e também trouxe uma mala inteira de vinhos.— Jimin fala quase como se fosse um segredo.
Babuska ri, na verdade, ela gargalha, assustando todos ali, há muito tempo ela estava trancada, seria e gélida.
— Eu gosto do seu ômega Jungkook, eu gosto dele, é bonito, e bom, seu rosto denuncia.— Ela se aproxima apertando as bochechas de meu esposo.
— Ele é Babuska. Eu respondo simples.
— Olhe Jimin, você cresceu num país caloroso, onde a família é importante, aqui isso é necessário, precisamos da fidelidade e do calor, então olhe em meus olhos, que em breve se fecharam para sempre, e me prometa, que não irá trair meu neto! Pois, eu não lhe quero, o futuro que teve meu filho.— A fala de minha vó, faz minha mãe quase se fundir a parede, meu pai enche um copo de vodka engolindo todo de uma vez.
Jimin coloca as mãos pequenas nas bochechas de Babuska, ela e ele são da mesma altura e chega a ser engraçado.
— Traições não fazem parte do meu sangue, Nonna, eu jurei diante a minha família, e prometi minha fidelidade a Jungkook, não irei quebrar o seu coração de gelo, prometo, farei do seu neto meu companheiro, tem minha palavra. O tom de Jimin é firme, e constante.
E uma lágrima solitária cair pelo rosto de minha avó.
— Eu acredito em você, классики!
(Amarelinho.)
Eles se abraçam, e a impressão que tenho é de que sempre fora assim, que Jimin sempre pertenceu a minha família e aquele buraco gigantesco que foi aberto após a infidelidade de minha mãe, finalmente havia se fechado.
No jantar Jimin conversou até mesmo com meu pai, e após alguns anos eu o vi esboçar um sorriso.
Enquanto Jimin apresentou sua coleção de vinhos a minha avó, minha mãe se aproximou de mim, com seu sorriso ensaiado.
— Ele parece um bom ômega, mas ainda me dói o fato de você não ter escolhido Veruska, ela era uma boa ômega, e vocês pareciam se dar bem.
A ômega que minha mãe cita, é alguém que conheci na infância, ela era afilhada do Pakhan, e nutria uma paixonite ridícula sobre mim, para todos ela era a ômega ideal para, mas para mim ela era uma tremenda dor de cabeça, e motivação de eu correr de compromissos por tanto tempo, até eu aceitar o compromisso com Jimin.
— Veruska era alguém difícil de lidar, além de sermos incompatíveis, agora ela é casada com Yerik, então por favor mantenha esses comentários apenas em sua cabeça, você é tão boa em esconder o que sente e o que pensa, continue assim quando se tratar do meu casamento, não o estrague como fez com o seu.— Digo-lhe seco.
— Ótimo, mantenha sua cabeça como a de seu pai, fique nessa encenação ridícula de afeto e vai ser destroçado, Veruska te amava ela poderia te dar uma vida melhor, mas você é tão burro e inconsequente quanto qualquer um dentro dessa Bratva.
Meu peito arde, sinto a raiva escondida por esses dias de alegria ao lado de meu esposo, voltar, minha garganta seca, e me levanto batendo os punhos fechados na mesa, mas antes que eu fale algo, a figura de Jimin aparece de braços dados a Babuska, em meu campo de visão.
— Não importa o que diga, querida sogra, ela é o passado, eu sou o presente eo futuro, essa é minha casa, se não apoia minha união e de Jungkook, se retire, não darei de comer a cobras, então levante de minha mesa e saia pela porta que entrou. Minha avó sorri orgulhosa, e o rosto de meu marido não repassa nenhuma insegurança.
Minha mãe me encara, com a expressão incrédula.
— Jungkook!— Ela protesta.
— Você ouviu, a casa é de Jimin, ele decide sobre ela também, e eu o apoio.
Ela nos lança um olhar odioso, mas pega sua bolsa e sai acompanhada de seu segurança, e até mesmo ele sorri minimamente pela cena.
Jimin vem até mim, sentando-se em meu colo, passa suas mãos pelo meu rosto, e o ódio se esvaiu tão rápido quanto veio.
— Não me importa o que ela diz, respeitei pelo fato de ser sua mãe, mas a palavra de uma traidora não me afeta, então acalme se, estou aqui, sou teu pilar, estamos juntos, lembre se disso.— Ele sussurra em meu ouvido, e depois beija meu queixo e lábios.
Quando meu pai e minha avó se vão, nós os acompanhamos a saída, Babuska aperta as bochechas de Jimin, numa cena cômica.
Sinto um peso em meu ombro, e me deparo com meu pai ao meu lado, ele me encara com seus olhos azuis, que um dia brilharam.
— É um bom ômega, um ômega fiel. — Ele diz poucas palavras, mas com tamanha significado para mim.
Era mais do que ouvi do meu pai, desde meus quinze anos, ele não opinava e nem contradizia, vivia em seu modo automático trabalhando sem medo de morrer, como se a morte lhe desse o descanso que toda sua vida, fora negado.
— Obrigado, pai.— Respondo, antes de vê-lo ir para o carro com minha avó.
Jimin vem para meus braços, sorrindo caloroso, eu beijo seus cabelos dourados, e suspiro aliviado, pelo menos em uma parte de minha vida há um pequeno paraíso, e ele é meu esposo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
La Famiglia. JJK+PJM
FanfictionDimitri Mikhailov ( Jeon Jungkook) era o conselheiro da máfia russa, a temida Bratva, com uma mãe coreana e um pai das terras de gelo, desde criança se viu envolto em negociações, sangue e morte. A máfia era um lugar cruel, mas era o único que conhe...