Os céus se escurecem.

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Seis meses depois.

Jimin alisava a pequena esfera que sua barriga havia se tornado, ele tinha adquirido essa nova "mania" vinha acompanhada de suspiros longos, com a mistura de ansiedade para ver nosso filhote mas também medo.

ㅡ É a décima vez que suspira olhando para sua barriga, angel Moye, estou ficando preocupado.ㅡ Me aproximei e o abracei, ele recostou sua cabeça em meu peito e fechou os olhos.

ㅡ É que sinto que algo não está certo, tudo está bom e bem demais por um tempo tão longo, há tanto silêncio daqueles que não gostam de nós, que chega a ser preocupante, eu prefiro quando eles fazem balbúrdia, a falta de ação me deixa receoso.

Eu beijo sua testa, sua bochecha e enfim seus lábios.

ㅡ Veja você, já é um mafioso completo, temendo o silêncio dos inimigos, o que mais eu poderia pedir aos céus? ㅡ Tento distrair sua mente, sei que esse momento o deixa fragilizado e hormonal, preciso prestar meu apoio como puder.

Aprendi muito com as palavras de meu pai, ele mesmo dizia que os alfas apoiam os ômegas incondicionalmente quando eles carregam seus filhotes.

Mesmo estando distante de minha mãe, e sob as garras de Nara, ele fez o que pode, e talvez por isso me instruiu tão bem no que fazer quando fosse minha vez de ser pai, sentimento que alimentei dentro de mim desde a infância, obviamente fui muito inspirado por ele.

ㅡPare com isso seu bobo. ㅡ Ele riu, logo se voltando totalmente para mim e me abraçando, eu não me solto dele, pelo contrário o pego em meus braços e vamos juntos para o divã que fica na sala de visitas, me deito e deixo que ele fique em cima de meu peito, e nossas respirações se sincronizem.

ㅡ Não diminui, suas preocupações Moye Sun, apenas creio que há outras coisas a serem pensadas, deixe sua mente linda e inteligente ocupada, se preocupe em ser lindo e saudável, eu cuidarei do resto.ㅡ Beijo o topo de sua cabeça, os cabelos macios e recém lavados me trazem um cheiro bom, talvez um cheiro de lar, coisa que eu não tinha experimentado antes de ter meu doce Jimin comigo.

ㅡ Confio em você meu amor, apenas não confio no mundo em que vivemos. ㅡSuspirou, e logo depois fechou os olhos.

Eu poderia argumentar, talvez tentar levar a conversa mais adiante, mas não havia necessidade, saber que ele confiava em mim era tão gratificante quanto saber que me amava, mas o que ele disse não deixava de ser verdade, podíamos confiar um no outro, mas não em todos que viviam em nosso mundo.

Acabamos dormindo ali mesmo na sala, e quando despertei Jimin ainda estava em sono profundo, então o levei para nosso quarto, o ajeitei e resolvi ir tratar de algumas poucas coisas que faltavam, eu detestava a burocracia da máfia, era pior do que a de um banco.

Me sentei em minha mesa, e trabalhei por algumas horas, até que ouvi batidas na porta, pela suavidade provavelmente era minha mãe, em sua rotineira visita da tarde.

ㅡ Filho, posso entrar? ㅡ A voz confirma minha tese.

ㅡ Claro mamãe. ㅡ Disse olhando para a porta enquanto ela entrava, com uma bandeja com alguns lanches.

ㅡ Trouxe para você, eu fiz a de Jimin e coloquei as vitaminas que ele precisa tomar, mas ele está dormindo tão profundamente que me recuso a acordar ele. ㅡSorrindo ela veio em minha direção.

Estava apaixonada pelo fato de ser avó, sua relação com Jimin era muito boa, e também com os meus sogros, de fato se tirarmos quem somos poderíamos ser facilmente uma família comum.

ㅡ Ele tem estado em cansaço constante, o corpo dele está produzindo uma pequena e agitada vida, então sempre que posso deixar que ele durma eu também o faço. ㅡ Respondi pegando a bandeja e a agradecendo, tomo um gole do café expresso, e ela se serve de seu chá.

ㅡ Eu me cansava tanto quando estava esperando você, parecia que iria entrar em hibernação a todo momento, você era tão grande que aos seis meses eu parecia estar esperando trigêmeos, o médico ficava assustado a cada nova visita, dizia que um parto normal seria impossível, mas eu consegui, dei a luz a um menino grande e forte. ㅡ Havia muito orgulho em sua voz.

ㅡ Jimin fica zangado, dizendo que sua barriga está pequena, fica com medo de nosso filhote ser pequeno demais, porém o médico disse que ele tem um tamanho bom e que está saudável.ㅡ Falei lembrando da última consulta.

ㅡ Eu ainda não entendo como podem não morrer de curiosidade em saber o que é meu neto, eu e Jooheon quase morremos de curiosidade todas as vezes que vocês voltam com os ultrassons, mas essa criança é discreta e tímida como o pai alfa. ㅡ Ela ri.

ㅡ Logo ele está entre nós mamãe, não temos pressa queremos aproveitar, é nosso primogênito.

Ela concorda, e assim vamos por mais algum tempo conversando trivialidades, coisas que eu nem poderia imaginar, ter uma mãe para contar.

Logo ela me deixa um beijo na testa e vai novamente para a cozinha, eu volto para o trabalho até que escuto um barulho, acompanhado de um formigamento em minha marca.

Subo apressado pelas escadas e o barulho de choro me faz ficar ainda mais em alerta.

ㅡ Jungkook! Meu pai! Jungkook! Ligue para lá! ㅡ Encontro Jimin em lágrimas ele está agitado.

ㅡ Certo, eu farei mas se acalme, o que houve?

ㅡ Eu sinto, eu sinto que ele não está bem! Eu o vi morto! Eu sonhei com isso, ligue para eles! ㅡ Seu desespero atraiu a atenção de todos, minha mãe entra no quarto, e vem até ele.

ㅡ Vou ligar para nossos sogros, mamãe traga um copo de água para ele por favor. ㅡ Pedi tirando o celular do meu bolso e discando o número de contato do Don Mancini.

O telefone chama por algumas vezes e para nossa surpresa não é ele a atender mas sim Jooheon.

ㅡ Olá? ㅡ A voz dele é tristonha.

ㅡ Papai? Papai? ㅡ Jimin se apressa, pegando o telefone de minha mão.

ㅡ Oh meu menino... Filhote eu precisava ouvir sua voz, ah querido... As notícias não são boas.

Sinto ele esmorecer, então o apoio, junto a minha mãe.

ㅡ O que houve papai?

ㅡ Houve uma emboscada, Don Mancini foi atingido, ele está morto.

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