Dark Paradise.

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  Alexei.

Já havia se passado um mês desde meu casamento, para minha sorte Hanse havia se adaptado bem com a Rússia, e eu devia muito disso a Jimin, ambos eram inseparáveis, de compras a jantares e receitas, estavam juntos em absolutamente tudo, e isso fez com que o olhar de meu ômega voltasse a brilhar, o que fazia o animal dentro de mim, ficar mais que satisfeito.

Para meu camarada isso era mais que benéfico, ter alguém para distrair o ômega italiano, lhe poupava tantas explicações, fosse sobre a Bratva ou sobre o tormento que tomava conta de sua alma.

Mesmo que agora, sendo o escolhido para guardar o segredo de Jungkook de que, o homem que ele acreditou ser seu pai, pode não ser, e estarmos no meio de uma investigação minuciosa e silenciosa para descobrirmos a fundo toda a história, ainda sim, chego em minha casa com a sensação de alívio, por ver meu esposo na sala de jantar, sempre bonito, sorridente, me aguardando com o jantar especial, que se dedicou a fazer.

Mesmo que haja silêncio a maior parte do jantar, a sua companhia me basta para que eu deixe na porta as obrigações da Bratva.

— Boa noite! — Ele arrisca em russo, ainda com seu sotaque japonês forte, e não evito o sorriso que me cresce.

— Boa noite! Ptichka , como foi seu dia? — Retiro meu relógio e me aproximo dele.

(Ptichka é "passarinho" em russo)

A algumas semanas ele tem estado mais perto de mim, segura minha mão, dava pequenos, beijos em meu rosto, por vezes se arrisca em meus lábios, já me deixou ensandecido em uma noite que se entregou a um beijo de forma completa, agradeci a cada deus existente por estar sóbrio e lúcido e guardar essa memória em mim, a memória de ter alguém que confia plenamente, mesmo sabendo que sou um alfa ruim.

— Fui ao médico... Como combinamos, Jimin foi comigo. — Ele diz corajoso, as bochechas denunciam a vergonha, mas ele não abaixou seu olhar, como eu lhe pedi, ele é meu esposo, deve estar com seu queixo erguido, sem medo, sem temor.

— E o que ele disse, ptichka ?

— Não houve consumação alguma naquela noite, provavelmente eu fui dopado... Fiz todos os exames imagináveis, Ivan mentiu. Há mágoa carregou em sua última fala, então me aproximo tocando seu rosto.

— Não sei os motivos de meu irmão para essa mentira, mas prometo que irei descobrir, ptichka peço que confie em mim. Ele segura minha mão em seu rosto, fechando os olhos.

— Como não confiar, Alexei? Se foi você a estar lá e me dar alguma moral, quando até mesmo meu pai desconfiou de mim, eu realmente não sei como parei na cama junto a Ivan, mas sei em meu coração que não foi de forma lúcida, eu nunca o faria, mas creio haver coisas na vida que tomam caminhos estranhos, mas nos levam onde devemos estar, e meu ômega e eu sabemos que nosso lugar é ao seu lado, como seu esposo, e é por isso, Alexei que peço, vamos consumar nossa união, vamos ser um só, pois mesmo que não fosse você o primeiro, ainda assim, você seria o único.

Suas palavras inundam meus ouvidos, levado com o desejo tomo seus lábios beijando com afinco, sugando sua língua, como se quisesse arrancar dele essas palavras que acabaram de ser ditas, pois, apenas ouvir não parece suficiente, ele disse que eu sou o único, ele disse que me quer como esposo, foram trinta e um dias de tortura, querendo ter e não podendo, o respeitando e aguardando e agora ele se desmancha em meus braços, entregue, doce, leviano.

Eu o carrego para nosso quarto, me deliciando com seu sabor, mordendo seu pescoço que irá carregar minha marca, sim, eu vou marcar meu esposo, eu serei o único, seremos únicos, unidos, um só.

Maldito e glorificado seja Ivan, que trouxe a minha vida o que eu nem sabia desejar.

— É como um paraíso negro Alexei, é como adentrar o inferno e se agradar do diabo. — Ele diz entre sussurros e eu vou arrancando sua roupa, peça a peça.

Eu encaro seu rosto, obscuro e repleto de desejo.

— Se entregue ao diabo, ptichka deixe-me fazer de você meu pecado favorito.

Que se foda Ivan e seu maldito plano por trás disso, pois eu o conheço bem o suficiente, sei haver muito mais em fingir tirar a honra de um ômega da máfia, há muitas coisas mais, porém nesse instante eu quero esquecer toda essa porra e me afogar em meu esposo.

Quando vejo seu lindo corpo livre das roupas, vejo também seus pequenos segredos, sua pele marcada por tatuagens típicas da Yakuza, mas a que me chama mais atenção é de um pássaro na cabeça de um tigre, logo abaixo de suas costelas, dedilho o local admirando a beleza da arte e de quem a carrega.

Subo meus olhos e encontro com os dele, que me sorri dócil, como em sua arte na pele, sou o predador domado pela sua presa, sucumbi a esse ômega como nunca fiz com nenhum algoz.

Abro suas pernas compridas que se encaixam em minha cintura, com dois dedos eu o abro lentamente, o vendo gemer e arfar, enquanto o beijo intensamente, como se eu precisasse disso mais do que de respirar.

— Eu o quero dentro, esposo, quero agora. — Geme em súplica.

Posiciono-me e olhando em seus olhos claros, domados por um azul mais belo que o do oceano, me afogar nele, tirando parte de sua pureza como o diabo que sou e nasci sendo.

— Darei o mundo a você, Hanse. — Declaro iniciando os movimentos, em seu interior o vendo arquear as costas e gemer em aprovação.

— Dê-me tudo em você, e já está bom, pois quero seu e te quero como meu. Diz levantando seu tronco beijando minha boca com lascívia.

Nossa resposta mútua é continuarmos nossos movimentos, com as peles se chocando, o barulho de gemidos e respeitadores ofegantes, ele rasga a pele de minhas costas com suas unhas, descontando a dor e o prazer, e eu gosto, pois, será o registro em minha pele dessa noite.

Ele revira os olhos, gemendo alto enquanto me aperta, vira sua cabeça me dando acesso ao seu pescoço, e eu o mordo com afinco, mesmo que não entenda o porquê necessito disso, de ter ele ligado a mim.

Gozo dentro dele, assim que sinto nossa ligação completa, deixo pequenas lambidas em sua pele de modo a ajudar na cicatrização.

Volto-me para encarar seu rosto, e ele me sorri, cansado e satisfeito, igualmente a mim.

Entrelaço nossos dedos, deixando que o cansaço nos tome, sei que quando eu despertar, ainda serei o irmão de Ivan, ainda estarei em plena uma guerra com os mexicanos, e que meu pai irá me cobrar para ser seu sucessor, mas por hora, nessa noite tão incomum e estranha, eu quero me deixar levar, ao nosso paraíso negro, impuro, pecaminoso e incerto, mas onde eu sinto que posso descansar.

Hanse, em pouco tempo, me deu o que ninguém antes nem ao menos tentou, paz, confiança mútua, e amor.

La Famiglia.  JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora