MY CRYSTAL CHILD (Wenclair)

Capítulo 77

Olha quem chegou :D

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Sinclair começou a correr pelo quarto, pegando roupas e enfiando dentro das mochilas, Crystal parecia apavorada, sentada na ponta da cama, abraçada a sua mantinha, com a pontinha do dedinho indicador na boca, as sobrancelhas baixas, as palavras da mamãe Bianca invadiam sua mente.

"Você precisa obedecer, ou a mamãe Enid vai ser levada para longe de você."

- Mamãe – a menina falou chorosa e isso fez com que Sinclair travasse os pés imediatamente e virasse para a filha – eu não quero que você vá embora. – Crystal começou a chorar descontroladamente com lágrimas grossas escorrendo por seu rostinho.

- Não, não, meu amor – Enid ficou de joelhos de frente para a menina – a mamãe não vai para canto nenhum, a mamãe vai ficar com você, a gente vai voltar para a mamãe Wednesday, entendeu?

- Eu quero a mamãe – Crystal falou entre soluços.

- A mamãe também – Sinclair concordou. – Nós vamos voltar para casa, e hoje a noite você vai dormir no seu quartinho, a mamãe promete.

- Não – a menina balançou a cabeça negativamente. - Eu quero dormir com você e a mamãe.

- Está bem – Enid sorriu para acalmar a filha – vamos dormir nós três juntinhas, abraçadinhas, mamãe promete.

Batidas fortes na porta de madeira soaram pelo quarto e fizeram com que Enid e Crystal desse um sobressalto, assustadas. Sinclair apertou as mãos da filha, antes de se levantar, para passar confiança a menina. A mulher de cabelos loiros andou cautelosamente até a janela coberta por uma cortina grossa bordô e viu Greta parada na porta, Enid respirou aliviada e foi até a porta, virou a chave e abriu.

- Oi, Greta, decidiu ir antes? – Enid perguntou com um sorriso simpático que tentava disfarçar seu nervosismo.

- Você sequestrou essa criança, não sequestrou? – A mulher gorda e com rosácea falou levantando a tela do celular, mostrando o alerta Amber que provavelmente havia soado mais uma vez.

- Não – Enid falou.

- Sequestrou sim. - Greta falou impondo sua voz e dando passos para dentro do quarto, fazendo Enid dar passos para trás para não ser atropelada pela mulher raivosa que bateu a porta – eu vou chamar a polícia.

- Não, por favor – Sinclair esticou as mãos em sinal de pare – ela é minha filha, eu juro.

- Qual é seu nome de verdade, Princesa? – Greta virou para a menina sentada na cama, curvando o corpo e segurando seu pulso.

A menina olhou para a mãe sobre os ombros de Greta e Enid assentiu.

- Crystal – a menina falou baixinho.

- Essa mulher – Greta apontou – ela tirou você da sua mamãe? Ela fez alguma coisa para você?

-Não – Crystal franziu o cenho indignada pela pergunta – ela é minha mamãe, minha mamãe princesa.

- Ela é minha filha, Greta. Ela é minha filha do coração. Minha e da minha namorada – Enid explicou.

- E cadê essa tal namorada?

- A história é longa, mas eu preciso que você acredite em mim, estamos tentando proteger a Crystal.

- E como esse alerta apareceu? Quem prestou queixa?

- Provavelmente a pessoa que quer tirar ela da gente. Por favor, eu preciso que você acredite em mim.

Greta olhou para Crystal sentada na beira da cama e depois para Sinclair. Na verdade, desde que as duas chegaram ao hotel da família, Greta observava mãe e filha toda vez que passavam pela recepção, a mulher loira sempre andava de mãos dadas com a filha, brincando, gargalhando, carregando a menina no colo, dando beijos e abraços, brincavam de apostar corrida até a entrada do estacionamento, que claramente a mãe deixava a filha ganhar. Greta não tinha motivos para prestar queixa.